quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Redes realizam curso de produção de referências escritas em Londrina

A equipe das Redes de Referências para a Agricultura Familiar se reuniu em Londrina, com o intuito de organizar o plano de edição das referências produzidas pelo projeto. O encontro ocorreu entre 13 e 16 de setembro.

Estiveram reunidos 30 participantes, entre pesquisadores, extensionistas e bolsistas vinculados ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e ao Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Essa foi a primeira etapa da capacitação e, nesse momento, as atenções estiveram concentradas na obtenção de relatórios técnicos referentes às diversas regiões de trabalho. No mês de outubro, será realizada a segunda parte do curso.
O evento foi dividido em três módulos, levando em conta a organização das informações da tipologia, do diagnóstico e dos planos de ação por sistema.
Para o coordenador estadual das Redes pela Emater, Sérgio Luiz Carneiro, a oportunidade de reunir as equipes de assistência técnica para dialogar sobre o andamento do trabalho é muito importante. “No atual momento, é fundamental tonar explícito os estudos das Redes acerca da realidade rural e promover o debate a respeito da melhoria de renda e da qualidade de vida na agricultura familiar. Além disso, os eventos programados deverão gerar referências escritas sobre inovações tecnológicas validades nas condições de campo e propor subsídios para formulação de políticas públicas”, afirma.
O coordenador estadual do projeto pelo IAPAR, pesquisador Rafael Fuentes Llanillo, explica que a produção escrita de referências é a forma mais característica de valorizar os dados obtidos pelas Redes. “Nossos textos são resultado de anos de estudos de pesquisa e extensão até chegar a sistemas de produção melhorados. Nesse ponto se transformam em referências técnicas e econômicas para um processo de difusão mais amplo e nada melhor que elaborar materiais escritos como base para a capacitação de técnicos e agricultores.
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar são desenvolvidas pelo IAPAR e pela Emater e têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Renata Santos - bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo) do Programa Universidade Sem Fronteiras/SETI/IAPAR/EMATER

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Redes de Referências promovem curso de capacitação para produtores de leite em Pato Branco

A equipe das Redes de Referências para a Agricultura Familiar realiza, nesta quinta-feira, dia 26, um curso de capacitação a produtores de leite, com ênfase na área das forrageiras de inverno. O evento ocorre na Unidade Regional de Pesquisa do IAPAR, em Pato Branco, e conta com um público estimado em 40 pessoas, entre produtores, técnicos, pesquisadores e outros agentes envolvidos nos trabalhos das Redes.
“A ideia principal é trazer à Unidade os agricultores e todo o pessoal que está envolvido nas Redes de Referências, para que eles conheçam melhor o trabalho e as atividades que são feitas no IAPAR”, conta o assistente de Ciência e Tecnologia do Instituto, José Nilton Sanguanini. “Às vezes as pessoas não sabem o que acontece exatamente, então o objetivo do encontro é fazer essa integração entre o produtor e a Instituição”, complementa.

No curso, serão ministradas palestras sobre temas que compõem a atividade leiteira, como manejo, integração lavoura-pecuária e pastagens. No período da tarde, os participantes farão uma visita a campo, para conhecer a coleção de forrageiras, bem como outras tecnologias desenvolvidas pelo IAPAR.

A pesquisadora do Instituto em Pato Branco, Norma Kiyota, esclarece que, como boa parte das famílias participa das Redes há, relativamente, pouco tempo (cerca de 1 ano), o curso faz parte de um processo de formação, que teve início com o diagnóstico das propriedades.

“É interessante ressaltar que este curso não é uma iniciativa estanque, ele faz parte de todo um processo de formação dos produtores”, diz Norma. “Outro ponto é que estamos formando, estruturando, uma equipe com profissionais novos e pretendemos agora regionalizar a pesquisa, adequá-la às características aqui da região sudoeste”, acrescenta a pesquisadora, que também destaca a importância da integração entre as famílias atendidas pelas Redes e a Unidade do IAPAR em Pato Branco.

“Então, antes de começar o curso, nós vamos apresentar os pesquisadores e a Instituição, para fazer com que os produtores conheçam a realidade aqui do IAPAR”, conclui Norma.

As Redes em Pato Branco – O extensionista da EMATER em Pato Branco, José Antonio Nunes Vieira, conta que, no momento, as ações das Redes de Referências no município têm se concentrado no fechamento das áreas de lavoura, com o objetivo de analisar os benefícios que o sistema integração lavoura-pecuária pode trazer aos agricultores no próximo ano, tanto com a produção de grãos, quanto com a atividade leiteira.

“Estamos analisando para que ele, o produtor, não tenha somente grãos ou leite, mas o conjunto que envolve toda a sistemática da agricultura familiar. Está sendo feito, também, um mapeamento, para trabalhar a rotação de culturas e o manejo, dentro do sistema de integração lavoura-pecuária”, explica Vieira.

“E um dos objetivos deste curso do dia 26 é fazer com que os produtores também consigam entender esse processo, os benefícios que esse sistema pode trazer”, completa o extensionista.

Programação:

Curso sobre integração lavoura-pecuária
Data: 26 de agosto de 2010 – quinta-feira.

Horário: 8:30 às 16:00 hs.

Local: Iapar – Pato Branco.

Participantes: famílias do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar e técnicos (40).

Coordenação do evento: Dra. Norma Kiyota – Pesquisadora da Área de Socioeconomia.

Programação:
08:30 Recepção

09:00 Abertura
Alceu Luis Assmann – Coordenador Regional Técnico de Pesquisa do Iapar
Ilário João Caglioni – Gerente Regional Emater
Responsável: Norma Kiyota

09:15 Atividades do Iapar.
Apresentação dos pesquisadores dda Unidade de Pato Branco
Responsável: Dr. Alceu Luis Assmann

09:45 Integração lavoura e pecuária e resíduos da adubação química para a forragem de inverno
Palestrante: Dr. Alceu Luis Assmann

10:30 Consorciação de pastagens e cultivares de aveia
Palestrante: Dr. Elir de Oliveira

12:30 Almoço

14:00 Coleção de forrageiras (campo)
Palestrantes: Dr. André Luis Filnkler da Silveira
Eng. Agr. Francisco Migliorini

14:30 Cultivares de aveia (campo)
Palestrante: Dr. Elir de Oliveira

15:15 Outros experimentos da Estação Experimental do Iapar (campo)
Responsáveis: Dr. Alceu Luis Assmann
Téc. Agr. José Nilton Sanguanini
Téc. Agr. Eloir Myszka

16:00 Encerramento.

As Redes de Referências – Conduzidas pelo IAPAR e pelo EMATER, as Redes de Referências constituem um programa de colaboração e desenvolvimento à agricultura familiar. As Redes atuam em diversas regiões do estado, visando a aplicação do conhecimento científico na construção de sistemas produtivos melhorados. As Redes de Referências para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).

Jornalista Flávio Augusto
Mtb 7907
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / SETI / IAPAR
Telefone: (43) 3376-2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

Socioeconomia do IAPAR debate perspectivas da agricultura familiar durante 48º SOBER

Pesquisadores e bolsistas da área de socioeconomia do IAPAR participaram do 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER) ocorrido entre os dias 25 e 28 de julho. Ao todo, foram apresentados quatro trabalhos, dois deles através da exibição de pôsteres, pelos bolsistas Luis Sérgio de Oliveira Jr. e Julia Viana Ribeiro; e os outros dois em palestras ministradas pelos pesquisadores Antonio Carlos Laurenti e Norma Kiyota.
Inscrito no painel “Agricultura Familiar e Ruralidade” e com o título “A Evolução da Renda das Pessoas na Nova Ruralidade Brasileira”, o artigo de Laurenti trata da ocupação e rendimento das pessoas residentes no meio rural.

“Trabalhamos, basicamente, com dados da PNAD [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios], no período de 2001 a 2008”, conta o pesquisador. “A importância desse artigo é apresentar as tendências no período sobre renda no meio rural para as atividades agrícolas e não agrícolas, utilizando metodologia desenvolvida pela área de socioeconomia do IAPAR. Um conjunto de sínteses de processamento de dados é feita com dados da PNAD, pesquisa anual, que é, hoje, uma das principais fontes de informações sobre o meio rural, economia e ocupação das pessoas”, acrescenta.
Um dos resultados, segundo Laurenti, é a percepção de que o meio rural já não depende apenas da agricultura em sua nova dinâmica. Embora no Paraná o processo ainda ocorra de forma inversa, o pesquisador salienta que, na maioria das grandes regiões brasileiras, a população rural vem crescendo, sustentada, no entanto, por ocupações não agrícolas.
“Esse tipo de população tem taxas elevadas de crescimento, ao contrário da população economicamente ativa que trabalha na agricultura, que no Brasil vem caindo: aí o Paraná não é exceção, continua caindo também”, observa Laurenti.
“Com o desenvolvimento tecnológico, a mecanização da agricultura e a substituição de lavouras por empreendimentos agropecuários que usam menos mão-de-obra, a expectativa que se cria, normalmente, é de redução do pessoal ocupado com a agricultura. E reduzindo o pessoal na agricultura, automaticamente, as pessoas não ficariam no meio rural, iriam para a cidade”, continua o pesquisador. “Isso ainda acontece, mas o que tem se revelado é que sair da atividade agrícola não corresponde, necessariamente, a sair do meio rural. Em São Paulo, a população que trabalha em atividade não agrícola e que mora no meio rural, já é maior do que a de atividade agrícola”, completa.
Para Laurenti, os dados indicam a necessidade de fortalecer atividades de cunho não necessariamente agrícola, mas que sejam voltadas à população rural. “Porque no fim é uma valorização do meio rural, é uma alternativa à ocupação das pessoas no meio. [Como opção], entendemos que aquelas atividades que são complementares à agricultura - o processamento de matéria-prima, por exemplo, que, aí sim, é uma atividade não agrícola - possam estar mais próximas a essa linha de trabalho”, destaca. “Esse é, realmente, o caminho que estamos nos acostumando cada vez mais, com pessoas que moram no meio rural, mas cuja atividade não está mais relacionada à agricultura. E é um quadro econômico relevante”, conclui o pesquisador.
Agricultura Familiar e Ruralidade – Também presente no 48º SOBER, o pesquisador da Socioeconomia, Dimas Soares Jr., destacou a importância do painel “Agricultura Familiar e Ruralidade”, que foi fundamentado em dados do último censo agropecuário do IBGE, divulgado em setembro de 2009. “Foi um painel bastante rico, que teve apresentações dos responsáveis pelo censo, mostrando uma nova proposta de levantamento de informações para o setor, que deve entrar em vigor a partir de 2012, 2013”, conta Dimas.
“Acredito que eles farão uma pesquisa por amostragem de estabelecimentos rurais e pretendem que ela seja feita a luz do que é hoje a PNAD. Creio que isso vai enriquecer bastante, dar uma nova dinâmica às estatísticas do setor rural do Brasil. Hoje temos muita carência devido ao lapso do tempo: os censos são decenais e há, também, um lapso grande entre a coleta e a divulgação dos dados, que, no último censo, foi de três anos”, complementa o pesquisador.
Soares Jr. diz ainda que, além do aprimoramento profissional, o congresso foi importante, também, para a percepção e a consolidação do trabalho de socioeconomia realizado no IAPAR. “Foi uma oportunidade de vermos para onde o barco está navegando. E até nessa perspectiva, observamos que o que fazemos aqui está numa direção que segue o que está dentro das temáticas, principalmente em nosso foco, a agricultura familiar. O nosso conteúdo e a nossa ação estão muito próximos daquilo que se está discutindo entre os especialistas”, afirma.
Extensionista e coordenador estadual do projeto Redes de Referências, pela EMATER, Sérgio Carneiro concorda: para ele, além de trazer mais segurança ao trabalho desenvolvido, a linha de pensamento comum entre pesquisas de várias regiões do Brasil proporciona, também, inspiração para novas iniciativas no campo da extensão rural.
“Além de questões conjunturais, de ordem macroeconômica, tratadas nos painéis organizados, as apresentações de artigos técnico-científicos ofereceram explicações e soluções de problemas comuns ao meio rural”, diz Carneiro. “Temos feito um esforço em acertar na forma de fazer a intervenção e, muitas vezes, precisamos nos retroalimentar, buscar em outras fontes. Acredito que as Redes de Referências tem que estar cada vez mais presentes em congressos, apresentando os trabalhos e se posicionando, mas, também, com a possibilidade de trazer novas ideias para cá”, completa.

48º SOBER – Também compareceram ao 48º SOBER o pesquisador Rafael Fuentes, coordenador estadual das Redes de Referências pelo IAPAR, e os extensionistas da EMATER, Adenir de Carvalho, Antonio Carlos Gerva, Belmiro Ruiz Marques, Carlos Magno de Paiva Rolla e Ciro Daniel Marques Marcolini.

Jornalista Flávio Augusto , da equipe de Comunicação das Redes de Referências para a Agricultura Familiar - Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR / Emater
Área de Socioeconomia - IAPAR/Londrina
Fone: 55 43 3376.2249
comunicacaoredes@iapar.br

Redes de Referências visitam propriedades no Assentamento Pó de Serra

A equipe das Redes de Referências para a Agricultura Familiar visitou, na última quinta-feira, 12, três famílias integrantes do projeto no Assentamento Pó de Serra, em Lerroville, distrito de Londrina. O intuito do encontro foi elaborar planos de melhoria dos sistemas de produção com base no debate, com os agricultores, sobre os resultados do diagnósticodas propriedades.
O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) esteve representado pelo coordenador das Redes pela instituição, Rafael Fuentes, e pelo bolsista, Jorge Falkoski Filho. O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) contou com a presença dos gestores locais do projeto "Redes de Inovação e de Transferência de Tecnologias em Assentamentos de Tamarana, Londrina e Ortigueira”, Cristina Krawulski e Paulo Mrtvi, e pelas extensionistas Genny Seifert e Rhona Ortenzi.

O projeto “Redes Assentamentos” no Sistema Grãos + Outras Rendas e no Sistema Hortaliças teve início em abril de 2009 e nesta fase estão sendo elaborados os planos de melhoria de forma consensuada. Entre os meses de abril e dezembro do ano passado, a equipe executou os diagnósticos, considerando os objetivos da família, o uso da terra, a mão de obra familiar e contratada, a matriz das atividades, margens, autoconsumo e outras rendas, assim como os pontos fortes e fracos e as oportunidades ameaças. Em janeiro e fevereiro deste ano, os dados foram processados e desde março as discussões dos produtos de diagnóstico com as famílias têm sido feitas.

Foram visitadas as propriedades de Daniel de Oliveira (Sistema Grãos + Outras Rendas), Marcos Martins da Costa e Lucas Matheus Maciel (Sistema Hortaliças). De acordo com Paulo Mrtvi do Emater, as linhas principais propostas envolvem a conservação de solo e alternativas para o aumento da renda familiar. “Para o Marcos, foi sugerido o trabalho com piscicultura e com citricultura orgânica. Ao Daniel foi proposto café adensado orgânico. Para o Lucas, a comercialização junto a uma rede de mercados locais, o desenvolvimento de uma embalagem própria à mandioca produzida na propriedade., conta.

Segundo Genny Seifert, o projeto busca também a inclusão social dos moradores, com a regulamentação de documentos pessoais e de previdência social. A extensionista mencionou, ainda, os trabalhos para a preservação do ambiente, como o saneamento básico rural, proteção das minas e o tratamento do esgoto doméstico.

Para Rafael Fuentes, “os aspectos fundamentais no trabalho das Redes de Referência são a utilização do enfoque sistêmico, o envolvimento de equipes multidisciplinares de especialistas e a elaboração objetiva de planos de melhoria dos sistemas de produção de forma compartilhada com as famílias produtoras para atender seus próprios objetivos”.

As Redes de Referências para a Agricultura Familiar são desenvolvidas pelo IAPAR e pelo Emater e têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Renata Santos (com informações do bolsista, Jorge Falkoski; do Gestor Local do Projeto -Redes de Inovação e de Transferência de Tecnologias em Assentamentos de Tamarana, Londrina e Ortigueira - (Emater), Paulo Mrtvi; da extensionista do Emater, Genny Seifert; e do Coordenador Estadual das Redes pelo IAPAR, Rafael Fuentes Llanillo.)
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo) do Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR / EMATER
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Equipe das Redes de Referências realizam visitas técnicas em 14 propriedades com produções orgânicas no Vale do Ivaí

Entre os dias 20 e 28 de julho, a equipe das Redes de Referências atuante no Vale do Ivaí realizou visitas técnicas em 14 das 19 propriedades atendidas pelo projeto “Construção e transferência de referências tecno-econômicas em sistemas de produção familiares orgânicos do Vale do Ivaí”.
Os bolsistas entregaram e capacitaram os agricultores sobre o uso dos cadernos de registros econômicos e financeiros. Tal medida permite aos agricultores controlarem os custos e os lucros do sistema produtivo. Foram visitadas as cidades de Nova Tebas, , Jardim Alegre, Cândido de Abreu, Borrazopolis, São Pedro do Ivaí, Ivaiporã e Ariranha do Ivaí.
Além da entrega dos cadernos, nestas visitas técnicas foram esclarecidas dúvidas dos produtores. O projeto ‘Orgânicos do Ivaí’ foi iniciado em abril de 2009, a próxima etapa é o plano operacional, onde ocorrem as ações práticas de ajustes, melhorias e inovações, recomendadas às famílias de agricultores. Para a continuidade dos trabalhos são consideradas as condições financeiras, a mão – de – obra, bem como o interesse e as metas de cada família.
Recentemente, a equipe se reuniu com o coordenador das Redes pela EMATER, Sérgio Luiz Carneiro, e com pesquisadores do IAPAR de Londrina para ajustar melhor as propostas de intervenções a serem feitas nos sistemas produtivos.
Os principais sistemas produtivos integrantes do projeto agroecológico das Redes tem na fruticultura orgânica, grãos e cereais orgânicos e olericultura orgânica, seus principais produtos. No município de Nova Tebas, a principal receita é oriunda da produção de frutas onde se destaca o maracujá orgânico, entretanto, a produção leiteira é crescente.
O grupo que atua na região é composto por 25 pessoas, entre bolsistas, extensionistas e o corpo de apoio do Iapar e do Instituto Emater. As Redes de Referência para a Agricultura Familiar, no Vale do Ivaí, tem o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras e da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Renata Santos (com informações da Bolsista, Maria Elisa Vicentini, e do coordenador do projeto “Orgânicos do Ivaí”, Paulo Henrique Lizarelli)
Bolsistas na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR / EMATER
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br


'Soja Louca' mobiliza pesquisadores

Nova doença tem causa desconhecida, mas na última safra já provocou prejuízos econômicos em algumas regiões produtoras da oleaginosa
Os sintomas observados são o afilamento das folhas do topo das plantas e o engrossamento das nervuras; vagens e grãos também apresentam deformações
Um debate sobre a Soja Louca II, problema de causa desconhecida que provocou, na última safra, prejuízos econômicos a algumas regiões produtoras de soja, será destaque na abertura da 31 Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil (RPSRCB) que será realizada nos dias 10 e 11 de agosto, no Centro de Eventos e Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), em Brasília, DF.
A alta incidência de soja louca ocorre indistintamente entre cultivares de soja, transgênicas RR ou convencionais, dificultando a colheita e podendo causar reduções de produtividade de até 40%. Várias causas têm sido atribuídas a este problema, mas até o momento nada foi cientificamente confirmado.
Durante a Rodada de Discussão sobre a Soja Louca II, realizada no início de julho, em Cuiabá (MT), pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi formado um grupo de trabalho para estudar o problema. Cerca de 30 participantes, sendo representantes da Embrapa e de outras instituições de pesquisa, de ensino, da Aprosoja e de empresas parceiras compõem o grupo.
Para o chefe de pesquisa da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias, a Soja Louca II é uma anomalia complexa que pode estar associada a vários fatores. ''A idéia é estabelecermos um protocolo de pesquisa, que possa auxiliar os pesquisadores no melhor entendimento sobre o problema, para que posteriormente possamos orientar a tomada de decisões a campo'', diz.
O gerente técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas, destaca que uma das sugestões feitas durante a reunião é que o Grupo de Trabalho possa evoluir para um consórcio nacional. ''Tecnicamente ainda não há dados consistentes para fazer indicações aos produtores, mas a criação do grupo deverá auxiliar os sojicultores no melhor entendimento sobre o problema''.

Sintomas

Segundo os pesquisadores Embrapa, os sintomas observados são o afilamento das folhas do topo das plantas e o engrossamento das nervuras. As folhas apresentam uma tonalidade mais escura em relação às sadias. As hastes exibem deformações e engrossamento dos nós. As vagens também apresentam deformações, redução do número de grãos e apodrecimento de grãos.
Plantas com problemas registram alto índice de abortamento de flores e vagens. Esse abortamento é mais intenso na parte superior das plantas, diminuindo em relação à base, o que impede o processo natural de maturação, fazendo com que a planta permaneça verde no campo, fenômeno conhecido como Soja Louca.
Até que sejam completamente esclarecidas as causas dessa anomalia e os mecanismos que a desencadeiam, não existe nenhuma recomendação específica para o manejo, ou controle desse problema. ''Sugere-se seguir as tecnologias de produção da soja oriundas das reuniões técnicas regionais de pesquisa,'' explica Farias.

Folha de Londrina
Reportagem Local

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Cursos do SENAR em Ibiporã

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado do Paraná (SENAR) oferece diversos cursos em IBIPORÃ e em ASSIS CHATEAUBRIAND.

CTA IBIPORÃ

Mecânico de Tratores e Máquinas Pesadas
- Módulo: Transmissão - linha pesada da Valtra
- Período: 2 a 6/08
Mecânico de Tratores e Máquinas Pesadas
- Módulo: Motor Valtra
- Período: 16 a 20/08
Bovinocultura de Corte
- Módulo: gerenciamento técnico e econômico do rebanho I
- Período: 23 e 24/08
Bovinocultura de Corte
- Módulo: gerenciamento técnico e econômico do rebanho II
- Período: 25 e 26/08
Florestamento (essências florestais nativas)
- Módulo: Vegetação ciliar (silvicultura e nucleação)
- Período: 26 e 27/08
Bovinocultura de Corte
Módulo: Avaliação técnica e econômica da pecuária de corte (Atepec)
- Período: 27/08

CTA ASSIS CHATEAUBRIAND

Operação e Manutenção de Colhedoras Automotrizes
- Módulo: Intermediário em New Holland
- Período: 2 a 06/08
Produção Artesanal de Alimentos
- Módulo: Básico de morango
- Período: 5 e 6/08
Armazenista
- Período: 9 a 13/08
Fruticultura Básica
- Módulo: Citros para mesa
- Período: 16/08
Fruticultura Básica
- Módulo: Mamoeiro e maracujazeiro
- Período: 17/08
Fruticultura Básica
- Módulo: Uva para mesa
- Período: 18/08
Tratorista agrícola
- Módulo: Tratores e implementos
- Período: 23 a 27/08
Embutidos e Defumados
- Período: 23 a 27/08

Informações: Esses cursos destinam-se a famílias de produtores e trabalhadores rurais (esposas e filhos) maiores de 18 anos. Mais informações no telefone (44) 3528-4213 ou e-mail: ctaassis@senarpr.org.br, em Assis Chateaubriand. Em Ibiporã, ligar para (43) 3258-2533 ou 3258-4070 ou acessar o e-mail: ctaibi@senarpr.org.br. A programação de cursos está disponível no site do Senar-PR, clicar na opção cursos e em seguida cursos no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Microalgas são alternativa para a geração de energia limpa

Energia limpa e um futuro repleto de possibilidades – é assim que se pode descrever a viabilidade tecnológica e econômica do uso das microalgas para produção de biocombustíveis, sequestro de carbono e tratamento de efluentes. Essa foi a constatação dos participantes do 1° Seminário Microalgas, realizado em São Paulo.
O encontro reuniu pesquisadores nacionais e internacionais que abordaram temas como: “produção industrial de microalgas para biocombustíveis e sequestro de carbono”; “projetos de desenvolvimento tecnológico da Algae Biotecnologia”; “integração do cultivo de microalgas em usinas de açúcar e álcool”; “utilização de microalgas para tratamento de efluentes urbanos” e “análise de ciclo de vida na produção de biocombustíveis de microalgas”.
Um dos momentos mais aguardados do seminário foi a palestra da cientista e professora doutora da Colorado School of Mines (USA), Maria Ghirardi, que falou sobre os trabalhos desenvolvidos no National Renewable Energy Laboratory (NREL), instituição norte-americana considerada uma das pioneiras em pesquisas com microalgas para produção de biocombustíveis.
De acordo com a professora, a busca por combustíveis alternativos como biodiesel, etanol, metanol, energia solar, entre outros, têm sido uma constante em muitos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde ela atua há 18 anos, o foco das pesquisas é a produção de hidrogênio por meio de microalgas. “O gás hidrogênio oferece grandes vantagens por ser renovável, ter uma combustão limpa (só gera água como resíduo), e principalmente porque sua produção não concorre com a agricultura, ou seja, não compete com a produção de alimentos”, esclarece Maria Ghirardi.
Além de possibilitar a produção de biocombustíveis, as microalgas podem ser usadas na mitigação do efeito estufa, pela assimilação do CO², resultado do processo de queima dos combustíveis fósseis e de práticas agrícolas impróprias (as queimadas, por exemplo). “O cultivo de microalgas pode ser integrado à usinas de açúcar e álcool, com a utilização de sub-produtos da produção do etanol, como a vinhaça. Esta integração permite a economia de insumos fósseis para a produção do biodiesel de microalgas”, destaca outro palestrante do seminário, o professor Reinaldo Bastos, do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de São Carlos.
De acordo com o responsável pelo evento Sérgio Goldemberg, gerente técnico da Algae Biotecnologia, o cultivo de microalgas é feito, inicialmente, em reatores dentro de laboratório. Neles, as microalgas, alimentadas por nutrientes entre os quais o CO², dobram de tamanho a cada dois dias. Elas geram uma grande quantidade de biomassa rica em óleo que pode ser extraída e transformada em biodiesel e bioquerosene para aviação. “Durante o estágio inicial, a biomassa bruta pode ser utilizada como substrato alternativo para biodigestores gerando biogás e biofertilizantes. Além disso, a biomassa contém proteínas que podem ser utilizadas na alimentação animal ou para a extração de compostos de alto valor agregado”, explica Goldemberg.
Outras aplicações também estão relacionadas ao emprego das microalgas, tais como o tratamento de águas residuais de inúmeros processos industriais, para a detoxificação biológica e remoção de metais pesados. “O cultivo de microalgas integrado às Estações de Tratamento de Efluentes ajuda na despoluição ao mesmo tempo em que serve nutrientes para as microalgas”, afirma o pesquisador Paulo Vagner dos Santos, que atualmente faz doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento na Universidade de São Paulo (USP), que apresentou o painel “Utilização de microalgas para tratamento de efluentes urbanos” durante o seminário.
O evento contou ainda com as palestras de Eduardo Jacob-Lopes, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que falou sobre o sequestro de carbono por microalgas, e da química Anna Lucia Mourad, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), que explicou como é feita a análise de ciclo de vida na produção de biocombustiveis de microalgas.
A indústria também teve a oportunidade de expor suas expectativas sobre a tecnologia de microalgas: Paulus Figueiredo, gerente de energia da TAM Linhas Aéreas, abordou as demandas do setor de aviação por bioquerosene, ressaltando que é preciso adotar matérias-primas para a produção de bioquerosene que não impactem negativamente a produção de alimentos e que sejam ambientalmente sustentáveis; Jaime Fingerut, gerente de desenvolvimento estratégico do Centro de Tecnologia Canavieira avaliou a possibilidade de inserção do cultivo de microalgas em usinas de açúcar e álcool e Oswaldo Lucon, da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo abordou legislações e metas de redução de emissão de CO² nos âmbitos do estado e federação.
O evento foi organizado pelo Instituto Ekos Brasil, ONG que desenvolve projetos destinados a preservar a biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável, e teve o apoio da Algae Biotecnologia, empresa, pioneira no desenvolvimento tecnológico de sistemas de cultivo de microalgas.

Fonte: Tree Comunicação

Mais renda e respeito às características da Mata Atlântica

Turvo tem um dos mais importantes remanescentes de Mata Atlântica do Paraná: a floresta com araucária representa mais da metade da área do município. ''A produção dos associados da Coopaflora respeita as características do município, que tem esse remanescente florestal importante'', afirma Roseli Cordeiro Eurich, tesoureira do IAF.

Os cooperados cultivam dezenas de espécies diferentes: alcachofra, menta, funcho, sálvia, carqueja, capim-limão, melissa, camomila, macela, erva-mate, entre outras. Essa produção é feita em pequenas propriedades. Segundo o IAF, a área plantada dos 85 associados soma aproximadamente 40 hectares e a maioria das plantas é de espécies exóticas, mas várias espécies nativas também são manejadas. Existem plantas de inverno, de verão e anuais. O IAF aconselha aos produtores para que não cultivem uma espécie apenas, para que não fiquem ''reféns'' das estações ou de imprevistos.
''Esses produtos geram uma rentabilidade maior. Por exemplo, a melissa gera uma renda de até R$ 16 mil por hectare, enquanto o milho proporciona R$ 1,5 mil por hectare'', explica Douglas Dias de Almeida. Roseli aponta que muitos produtores de culturas ''tradicionais'' ficam incrédulos quando se deparam com comparações desse tipo.
''O pessoal tem aquela cultura do milho, da soja e do pinus, e não acredita quando citamos esses números. Muitos têm que fazer para provar'', diz a tesoureira.
Segundo Almeida, recentemente foi aprovado junto ao Ministério do Meio Ambiente um projeto para reproduzir o modelo de Turvo em outras regiões do Paraná e também em Santa Catarina. A iniciativa será implementada por um consórcio de entidades. ''O modelo de Turvo pode ser replicado, mas tudo precisa ser bem avaliado'', alerta o engenheiro agrônomo.

Fábio Galão
Reportagem Local
Folha de Londrina

Em busca da renovação do manejo agrícola

Conceito biodinâmico tenta devolver à agricultura sua força original, não usa defensivos químicos e produz dentro da propriedade preparados para aplicar na lavoura
A Fazenda Terra Nova, localizada em São Jerônimo da Serra, Norte Pioneiro do Paraná, tem 90 alqueires e sempre foi destaque na produção de café. Em 1989, chegou a beneficiar 3 mil sacas do grão. A produção tradicional rendeu bons frutos, foi recorde em vários momentos mas começou a perder força nos últimos anos. Depois de rendimentos médios, os proprietários decidiram renovar os pés de café e também o modo de produção. E resolveram adotar o conceito biodinâmico, que alia toda a essência da atividade orgânica e ainda a relação cósmica e espiritual com a natureza.
O engenheiro agrônomo Egon Prezoto Bertolaccini, 40 anos, filho de Josefina, a proprietária da fazenda, conta que conheceu a agricultura biodinâmica em 2003. Um ano antes começou a trabalhar em uma empresa londrinense que fabricava um produto de compostagem orgânica e durante o processo de certificação desse material acabou tendo contato com esse novo conceito de produção agrícola.
Para conhecer melhor esse modo de produção, Bertolaccini participou de um curso que detalhou o processo e mostrou a essência da agricultura biodinâmica e a relação com a terra. ''Existem as mesmas preocupações da produção orgânica - social e ambiental - mas a biodinâmica exige um ambiente mais equilibrado, diversificado, rico'', destaca o agrônomo.
Entre algumas características do processo, Bertolaccini revela o uso de adubação verde, com o plantio de algumas plantas que podem servir de nutrientes para o cafezal, como por exemplo o nabo forrageiro. Além disso, a agricultura biodinâmica prega a diversificação. Na fazenda Terra Nova, o agrônomo já conta com pecuária e tem aumentado a área de fruticultura.
O processo biodinâmico também prioriza a produção de insumos dentro da propriedade. ''Tentamos minimizar as infestações de pragas, de problemas com o solo, tudo de forma natural. Organizamos e equilibramos a terra'', afirma Bertolaccini. A ideia, acrescenta ele, é ter o mínimo de entrada de materiais de fora da fazenda. Por isso, faz parte desse conceito de agricultura os preparados biodinâmicos. Por meio de um processo homeopático são produzidos insumos dentro da fazenda, com matérias-primas como restos orgânicos e até chifres de animais.

Certificação

Em 2005, Bertolaccini contratou uma consultoria que o ajudou no processo de certificação da produção da fazenda Terra Nova. Agora, o café produzido no local já leva o selo de produto biodinâmico. O selo, segundo ele, agrega valor ao produto, que já teve oferta de R$ 550 por cada saca, mais que o dobro do valor do produto tradicional. Atualmente, conta o agrônomo, o produto tem sido revendido apenas em uma cafeteria de Londrina. Dentro de três meses, acredita, o café deve ter marca própria e deverá ser revendido para outros estabelecimentos.

Erika Zanon
Reportagem Local
Folha de Londrina

Conceito biodinâmico cresce no País

O conceito de agricultura Biodinâmica nasceu em 1924 na Polônia. A pedra fundamental do movimento foi colocada por Rudolf Steiner, fundador da Antroposofia, durante um ciclo de oito palestras voltadas a agricultores. Tem como objetivo a consequência natural da renovação do manejo agrícola, o sanar do meio ambiente e a produção de alimentos mais puros para o ser humano.
Segundo Rachel Vaz Soraggi, presidente da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica (ABD), a ideia é devolver à agricultura sua força original, que acabou se perdendo com o movimento industrial e o direcionamento do setor à monocultura. Ela acrescenta que o processo trabalha não só o que é material, mas também a interferência cósmica na agricultura, como a relação do sol e da lua. ''É uma visão mais holística, que vê o vegetal como um todo e não só o que está por fora'', observa Rachel.
No Brasil, segundo ela, o processo chegou em 1974 pelas mãos de um grupo de alemães. Conforme Rachel, as perspectivas são positivas para o setor, que deve crescer de 10% a 15% ao ano, seguindo os números da agricultura orgânica. ''A demanda para os orgânicos tem crescido significativamente no Brasil e no mundo. Em determinadas redes de supermercado é o segmento que mais cresce. E isso pode favorecer o desenvolvimento da agricultura biodinâmica'', reforça.
Rachel aponta que os preceitos da atividade biodinâmica são semelhantes aos da orgânica. E destaca que as principais diferenças entre os dois é que o primeiro processo utiliza um calendário astronômico e aplica preparados biodinâmicos na lavoura, produzidos e aplicados de forma homeopática. ''A ideia é intensificar tanto as forças da vida da terra quanto as forças cósmicas'', explica.
A presidente da ABD observa que para os que têm interesse em conhecer o processo existem vários cursos, inclusive um que funciona como pós-graduação, promovido pelo Instituto Elos em parceria com a ABD. Segundo ela, já passaram pelo curso centena de pessoas. Existem no País cerca de 30 médios e grandes produtores biodinâmicos. Além disso, a associação atende perto de 500 produtores familiares.

Erika Zanon

Reportagem Local
Folha de Londrina

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dirigentes da FETAEP conhecem trabalho das Redes de Referências no Território Cantuquiriguaçu


No último dia 08, dirigentes sindicais ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (FETAEP) conheceram o trabalho das Redes de Referências para a Agricultura Familiar em Espigão Alto do Iguaçú, no Território Cantuquiriguaçu. O município pertence à Microrregião I da Delegacia Regional II da FETAEP.
O evento contou com a participação de aproximadamente 120 pessoas, entre lideranças sindicais, agricultores e técnicos. O Projeto Redes esteve representado por seus Coordenadores no Território Cantuquiriguaçu, Dimas Soares Júnior (Iapar) e Valério Moro (Emater), além do pesquisador Nilceu Lemos da Silva da Área de Sanidade Animal do Iapar.
A apresentação do trabalho das Redes foi dividida em dois momentos. Primeiro, o trabalho foi apresentado por Dimas Soares Júnior, que detalhou as características, objetivos e estrutura das Redes de Referências com destaque à instalação das Redes no Território. Na sequência, a apresentação foi dividida com a família Kwiatkoski que explanou sobre a experiência vivenciada na construção de um sistema melhorado de produção de leite.
O casal Silvestre e Josefa Kwiatkoski integra as Redes desde 2006, a propriedade da família tem 38,62 ha de área. Nos dois primeiros anos de implantação da proposta, a receita bruta da propriedade saltou de 5,5 para 16,3 salários mínimos mensais. A produção de leite, que girava em torno de 4,5 mil litros/mês, atualmente alcança 13 mil com o mesmo número de vacas em lactação.
Complementando a apresentação, no período da tarde os participantes foram a campo para conhecer a propriedade e ver de perto as mudanças adotadas nas áreas de pastagens, no manejo alimentar e sanitário, além de observar os mecanismos de gestão adotados e a nova sala de ordenha que recentemente os Kwiatkoski conseguiram construir.
A intervenção das Redes no território de Cantuquiriguaçu prioriza os sistemas leiteiros. De acordo com dados da Área de Socioeconomia do Instituto Agronômico do Paraná, a taxa de crescimento anual da produção no Território entre 1997 e 2006 chegou a 11%, colocando-o em destaque no cenário estadual e potencializando a adoção das inovações testadas e validadas junto aos agricultores colaboradores.
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Renata Santos (com informações do Coordenador Mesorregional da Região Norte, Dimas Soares Júnior)
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / EMATER/IAPAR
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Com um olho na tecnologia

E foi-se o tempo em que os produtores olhavam para o céu na tentativa de adivinhar se choveria ou não. Agora, ficam de olho na internet. ''Se tiver previsão de chuva, a gente começa a plantar uns três dias antes. Claro, tudo depende de Deus. Pode acontecer de não chover mas é muito difícil a previsão errar'', revela José Duarte, o Zuza.
Com mais essa ferramenta disponível, o agricultor conta que o trabalho no campo ganhou agilidade. ''Não dá mais para ficar sem internet'', confessa. O cunhado de Zuza, Carlos Barbosa, admite que agora eles estão bem instalados com a internet e incluídos no mundo dos negócios. ''Além do tempo, ficamos de olho na movimentação do mercado agrícola'', diz Carlinhos. Agora, novidades e informações da Emater, por exemplo, também chegam por e-mail.
Na opinião de Paulo Mrtvi, responsável pelo escritório local da Emater em Londrina, não dá para evoluir sem tecnologia e Zuza e Carlinhos estão no caminho certo. ''Com a internet, mas não só isso, conseguem ter acesso a mais informações. Isso é importante porque conseguem suprir algumas deficiências'', pontua.

Erika Zanon
Reportagem Local
Folha de Londrina

Pedacinho de terra que é referência

É pelo empenho e trabalho duro que as famílias Barbosa e Duarte têm se destacado e tornado referência. ''Vem gente de fora e da própria comunidade conhecer nosso trabalho'', enfatiza José de Souza Duarte, o Zuza. Ele revela que tanta curiosidade está ligada diretamente ao ''jeitinho'' deles de trabalhar. Além de adotar boas práticas, como o uso racional de agrotóxicos, também correm atrás de bons negócios fora da porteira para a produção ser cada vez mais eficiente. ''Eles aceitam a tecnologia, as novidades e correm atrás de informação'', ressalta Paulo Mrtvi, responsável pelo escritório local da Emater em Londrina. Segundo o técnico, eles buscam e aplicam bem os recursos disponíveis, principalmente o crédito liberado por meio dos programas de governo, e estão sempre com as contas em dia e com a lavoura bonita. ''Trabalham unidos, em equipe, são sócios, fazem planejamento e isso faz toda a diferença'', reforça Mrtvi. Zuza ainda acrescenta que ao visitar a propriedade e conhecer melhor a vida deles, as pessoas se surpreendem com a organização dentro e fora do campo. ''Nossas contas estão sempre em dia'', confirma o produtor.
O trabalho em conjunto da família, por sua vez, é a mola propulsora de um negócio que só vai para frente. Segundo o agricultor Carlos Barbosa, a união dentro da propriedade e o planejamento do negócio têm oferecido novas oportunidades à família. Com tratores e caminhões na ''garagem'', eles também trabalham para outros produtores, plantando, adubando, colhendo e transportando a safra. ''É uma forma de agregar valor ao nosso trabalho'', acredita Carlinhos.

Destaque em grãos

Mrtvi pontua que as propriedades de Zuza, Carlinhos e Zevindo se destacam na produção de grãos. Por isso, agora fazem parte do programa Rede de Referência, promovido pela Emater em parceria com diversos órgãos e institutos, entre eles o Iapar e a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Entre os objetivos do projeto estão levantar as demandas da propriedade, ofertar tecnologias ou atividades que ampliem a eficiência do sistema e orientar os agricultores na gestão da propriedade.
''Pretendemos montar no local uma unidade de demonstração de variedade de feijão'', exemplifica Mrtvi. Segundo ele, a escolha desses lotes para fazer parte do progama se deu exatamente pela organização e pelo sistema de produção adotado pelos produtores. ''Eles são referência na produção de grãos para o assentamento e outras comunidades'', frisa o responsável da Emater, lembrando que outros dois lotes do Pariparo também fazem parte do programa Rede de Referência mas em outras culturas.
Entre as ações que serão realizadas ainda este ano dentro das propriedades de Zuza, Carlinhos e Zevindo estão a formatação de uma ficha de amostragem, para acompanhar a infestação de pragas, e a coleta de água nas propriedades, para avaliar a qualidade do produto e torná-lo mais adequado ao consumo.
Mrtvi observa que as propriedades desses agricultores se destacam porque eles são bastante esforçados. O técnico afirma que atualmente a busca por informação e tecnologia, assim como mostram esses produtores, são fundamentais para o negócio no campo evoluir. E avisa que em Londrina e região há muitos órgãos e institutos de pesquisas que podem servir de referência aos agricultores interessados.

Erika Zanon
Reportagem Local
Folha de Londrina

Folha Rural traz entrevista com agricultores atendidos pelas Redes no assentamento de Pariparó

A terra em boas mãos
As boas práticas de produção aplicadas no assentamento Pariparó, em Londrina, pelas famílias Barbosa e Duarte melhoram a produtividade e fazem bem para a natureza

Na comunidade Pariparó, um dos primeiros assentamentos instalados na região norte do Paraná ainda na década de 1980, onde o olhar alcança percebe-se que a terra é tratada com respeito. Os campos verdes do trigo já entrando na fase de maturação são o sinal de que a agricultura responde conforme o cuidado que recebe. E no caso desse pedacinho de terra, pouco maior que 130 alqueires divididos em 23 lotes, as boas práticas adotadas na lavoura resultam em bons índices de produtividade, ao mesmo tempo em que agridem menos o solo e colaboram para a preservação do meio ambiente.
Um bom exemplo vem da família Barbosa, uma das primeiras a se instalar em Pariparó. Na área de 13 alqueires, formada pelos sítios Santa Luzia, Mambru e Duarte, Levindo José Barbosa, 68 anos, junto com seu filho Carlos Alberto, 46, e o genro José de Souza Duarte, 46, dão mostra de que para produzir e se manter na atividade é preciso amar a terra mas também se profissionalizar. Há 14 anos adotam o plantio direto, praticam a rotação de cultura, fazem constantemente análises de solo, minimizam o uso de defensivos agrícolas e quando podem ainda aplicam os produtos orgânicos.
Trabalhar diretamente com agrotóxicos, afirmam, é complicado pois encarece a produção e pode prejudicar a saúde. Mas na hora de aplicar mudanças na lavoura, a preocupação deles vai além. ''A gente fica pensando que tipo de alimento estamos produzindo, como estamos cuidando do solo e, principalmente, que tipo de terra, de meio ambiente estamos deixando para nossos filhos'', justifica Carlinhos.
''A nossa preocupação é geral, com as pessoas, com o meio ambiente'', confirma Duarte, mais conhecido como Zuza. Ele enumera as ações e lembra que a terra é tão bem cuidada e ''vigiada'' que já ficaram 4 anos sem usar veneno contra percevejo, praga que ataca as lavouras do feijão e do milho. Além disso, usaram durante muitos anos - e só pararam porque o produto faltou no mercado - o Baculovírus, produto biológico que oferece bom controle da lagarta da soja, mas não afeta quem aplica nem animais e plantas, além de reduzir os custos de produção. Tudo isso, claro, com ajuda de técnicos e agrônomos que acompanham de perto a atividade agrícola no Pariparó.
Hoje em dia, observa Carlinhos, a orientação de um profissional é fundamental para o negócio dar certo. ''Queremos melhorar cada vez mais, e para isso contamos com a ajuda de muitos profissionais'', reforça. Técnicos de cooperativas, da Emater, do Iapar estão sempre por perto orientando os produtores.
Antigamente, lembra seu Levindo, não era necessário tantos cuidados porque a incidência de pragas e doenças era menor e não havia tantas possibilidades de produção. ''Mas agora precisamos acompanhar as mudanças, a tecnologia, não dá mais para trabalhar sem orientação'', afirma. E a terceira geração da família já participa das atividades na lavoura e entende bem que a busca por informação e tecnologia é fundamental. Eduardo Barbosa Duarte, 17, filho de Zuza, e Carlos Júnior, 13, filho de Carlinhos, acompanham todas as etapas de produção. E, segundo os pais, têm tudo para serem bons produtores no futuro.

Erika Zanon
Reportagem Local
Folha de Londrina

terça-feira, 20 de julho de 2010

Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento de Café

Potencial inovador de tecnologias é discutido em Campinas

Pesquisadores e analistas da Embrapa Café (Brasília-DF), instituições do Consórcio Pesquisa Café, Embrapa Informática Agropecuária e da Embrapa transferência de Tecnologia (Campinas-SP) participam em Campinas, SP, do curso "Diligência da Inovação: Metodologia para Análise e Avaliação de Tecnologias". O evento tem como facilitador o consultor Bruno Moreira, do Instituto Inovação, e contou, na abertura, com a presença da gerente-geral da Embrapa Café, Mirian Eira, e da chefe de P&D da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massrhuá.

Inicialmente, foi discutido o conceito de inovação - a exploração com sucesso de ideias, novas ou aprimoradas, que vai além de novos produtos e processos - e apresentado o contexto da inovação no Brasil. "Essa visão é importante para identificar o potencial inovador, de negócio e de transferência das pesquisas", garante o facilitador. Outra questão destacada como importante para que a cultura inovadora prevaleça é o incentivo ao comportamento empreendedor de pesquisadores e gestores das instituições de pesquisa. "Mas antes é preciso uma mudança de modelo mental, na maioria das vezes burocrático e acadêmico. Nos dias de hoje, perseguir o processo inovador é imprescindível para a competitividade institucional e mercadológica das instituições de pesquisa", explicou Moreira.
Outro aspecto bastante destacado pelo consultor foi a importância da parceria entre a pesquisa e empresas, uma abertura, segundo ele, de "dentro pra fora e de fora pra dentro". Essa é a chamada Inovação Aberta, que preconiza a relação com parceiros externos como vantajosa para se acelerar o processo de inovação. "Nesse modelo, a utilização do conhecimento não se atém aos limites das instituições de pesquisa e o conhecimento que não serve para um pode servir para outro(s) e vice-versa, criando uma situação em que todos saem ganhando".
As expectativas são positivas. "Na prática o cenário está em processo de mudança, e para melhor. Já há uma cultura de propriedade intelectual. Além disso, o Brasil tem vocação científica, criatividade de seus pesquisadores, disponibilidade de recursos financeiros e a disseminação da cultura de inovação. Na maioria das instituições, observa-se uma consciência da importância da inovação e uma busca massiva por recursos, processos estão em andamento, como formação de comitês de inovação, critérios de balanceamento de portfólio, busca por novas metodologias e ferramentas etc. Por outro lado, ainda prevalece inexperiência na interação com empresas, dificuldade de sair do discurso e as pessoas têm pouca preocupação com a promoção de inovação. Mas isso não é fator desanimador, só um indicativo da urgência de se reforçar a ponte entre pesquisa, inovação e mercado", complementa.
Identificação de tecnologias com potencial de negócio e transferência - Moreira destacou a importância de se fazer uma análise técnica e comercial e apresentou a metodologia eficaz nessa análise, a "Diligência da Informação". "Ela faz a caracterização da tecnologia, a análise de mercado, a análise de viabilidade econômica e a prova de conceito. "Esta, a prova de conceito, é o que falta para a tecnologia ter requisito de mercado. Quem identifica esse requisito e os demais itens da diligência são o pesquisador em conjunto com o profissional com mais visão de mercado. Basta desenvolver a capacidade de perceber o potencial inovador da tecnologia ou produto".
Para o pesquisador do Incaper, Antonio Elias Sousa, o treinamento está sendo intrigante, interessante e muito importante por proporcionar conhecimentos para a área de transferência de tecnologia e valorizar o papel social da tecnologia e do pesquisador que a gerou, ao relacionar o produto da ciência com o mercado. O analista do escritório da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campinas, Marcelo Mikio, tem também uma avaliação bastante positiva do evento. "A capacitação está sendo muito proveitosa e um estímulo para se buscar mais conhecimentos na área, ajudando a semear a cultura de inovação nas unidades da Embrapa".
O evento foi co-organizado pela Embrapa Café e Embrapa Informática Agropecuária e segue até hoje, 14 de julho, quando estão sendo apresentados e discutidos casos de diferentes setores e realizada oficina prática de análise das tecnologias trazidas por cada um dos participantes.

Fonte: Embrapa Soja

Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento de Café


 Avaliações de impactos de inovações tecnológicas 
é tema de treinamento

Pesquisadores e analistas da Embrapa Café, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Monitoramento por Satélite, Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia de Campinas e de instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café estão reunidos nos dias 15 e 16 de julho, em Campinas, SP, para Avaliação de impactos sócio-econômico-ambientais de inovações tecnológicas.
No primeiro dia do evento, o pesquisador Geraldo Stachetti, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna-SP) falou sobre Avaliações de impactos e gestão ambiental - integração metodológica nas escalas de cadeias produtivas locais e estabelecimentos rurais. "O planejamento estratégico da Embrapa instituiu objetivos de desenvolvimento sustentável em todas as fases do processo de PD&I, sendo a avaliação sistemática desse processo um componente essencial da missão institucional da Embrapa".
Segundo o pesquisador, na esteira dessa realidade, as palavras de ordem para a agricultura atual são: as Boas Práticas de Manejo e Impactos de Inovações tecnológicas, Ambitec-Agro e seus módulos, Inclusão social - Ambitec-social, Gestão ambiental - APOIA-Novo Rural e Desempenho socioambiental e inserção direcionada ao mercado - Eco.cert-Rural. "Isso significa que está havendo uma convergência entre diversas práticas de manejo tecnológico e de desenvolvimento sustentável. Os indicadores ambientais oferecem a base de estudo para compreensão dos processos naturais e dos efeitos positivos e negativos de alterações impostas pelos processos produtivos no bem estar social", completa.
Quando indicadores empregados em Avaliações de Impactos Ambientais - AIAs são integrados com um fim definido, compõem-se os Sistemas de Avaliação de Impactos Ambientais (e de Sustentabilidade). Para Stachetti tais sistemas são ferramentas metodológicas para a gestão ambiental de atividades rurais. A plataforma de AIA da Embrapa tem sido baseada em sistemas integrados de indicadores de sustentabilidade que atendam aos fundamentos quantitativos da ciência de AIA e provejam produtores rurais com instrumentos de suporte à decisão para adoção e gestão ambiental agropecuária.
A Avaliação de impacto ambiental de inovações tecnológicas agropecuárias para o contexto institucional de P&D - Ambitec-Agro, por exemplo, tem o objetivo de promover uma plataforma prática, de aplicações simples e de baixo custo, ao variado espectro de tecnologias agropecuárias. "O sistema se constitui de um conjunto de indicadores objetivamente verificados via 'coeficientes de alteração padronizados', obtidos em vistorias levantamentos de campos junto ao usuário de tecnologia. Os indicadores são formulados em 'matrizes de ponderação' para os coeficientes de alteração com fatores relativos à escala geográfica de ocorrência e normalização para importância, segundo uma construção do tipo multi-critério. É aplicável em tecnologias agropecuárias, agroindustriais, de produção animal e de avaliação de impacto social".
Entre as contribuições do Ambitec-Agro estão a melhoria da compreensão de pesquisadores e produtores sobre as implicações ambientais do desenvolvimento e adoção de inovações tecnológicas agropecuárias; introdução das AIAs em nível operacional no agronegócio, facilitando o entendimento das interações entre tecnologias agropécuárias e o ambiente; melhor aceitação de métodos de AIA de forma que sistema teórica e metodologicamente mais robustos possam ser propostos e introduzidos.
Finalizando os trabalhos do primeiro dia, foi realizada, em conjunto, o detalhamento do conjunto de indicadores do sistema e seus módulos, por meio de exercício de avaliação de uma das tecnologias trazidas pelos participantes e análise crítica sobre a abordagem metodológica.


Segundo dia - Nesta sexta-feira (16), o tema em debate é a avaliação de impactos econômicos e outros impactos, tendo como facilitador o pesquisador da Secretaria de Gestão e Estratégia Flávio Ávila. Para ele, essa avaliação de impacto ao quantificar os resultados gerados, permite medir se a Embrapa está cumprindo os objetivos estratégicos delimitados em seu V Plano Diretor da Embrapa - PDE. O objetivo é demonstrar à sociedade a natureza e a dimensão dos impactos derivados da adoção dos resultados da pesquisa da Embrapa.
"Nessa metodologia, o enfoque é multidimensional: econômico, social e ambiental, e ainda abarca conhecimento, capacitação e aprendizagem e político-institucional. Essa multidimensionalidade é um esforço para medir todos os impactos de forma mais próxima à realidade. Entre os impactos considerados estão incremento de produtividade, redução de custos, expansão da produção em novas áreas, agregação de valor, para medir o excedente econômico", detalha Ávila.
No caso do Consórcio Pesquisa Café, o pesquisador chama a atenção para a importância de quantificar os impactos que realmente são devido a esse arranjo institucional. "No cálculo dos benefícios, deve-se levar em conta o pedigree da tecnologia, o envolvimento de eventuais parceiros na geração da tecnologia e o trabalho desenvolvido fora dos centros de pesquisa pelos responsáveis pela transferência da tecnologia. Além disso, a parceria é fundamental para inserir o olhar externo e diminuir a parcialidade, permitindo uma análise mais próxima possível da realidade", destaca.
O Balanço Social da Embrapa é um dos resultados dos usos institucionais da avaliação de impacto. "A publicação forçou o incremento da qualidade da avaliação. Pode-se dizer que a sustentabilidade institucional da Embrapa é devido ao fato de mostrar o resultado da pesquisa realizada. Nos últimos anos, a Empresa teve seu orçamento e financiamentos incrementados graças ao desenvolvimento da capacidade de mostrar o retorno do dinheiro investido e ainda o lucro social, ambiental etc".
No período da tarde, os participantes estão dedicados ao exercício de avaliação de tecnologias agropecuárias e análise crítica sobre a abordagem metodológica apresentada. Os facilitadores são as pesquisadoras Daniela Marques, da SGE, e Junia Alencar, do Escritório de Transferência de Tecnologia de Campinas.


Legenda: Entre os participantes do evento, estava o Coordenador Mesorregional da Região Norte, Dimas Soares Júnior. 


Fonte: Embrapa Café

Equipe das Redes participa de capacitação em Paranavaí


A equipe das Redes de Referências para a Agricultura Familiar realizou em Paranavaí, na última sexta-feira, dia 9, uma capacitação em melhoria de sistemas de produção de leite em pasto, para 21 extensionistas da região. Segundo o Coordenador Estadual das Redes no IAPAR, Rafael Fuentes, o treinamento visou preparar os técnicos para a elaboração do planejamento operacional de sistemas leiteiros, com ênfase no plano forrageiro, e teve como instrutor principal o extensionista da Emater de Maringá, Edson Luis Diogo de Almeida.
Além de Fuentes, também participaram o Coordenador Estadual das Redes na Emater, Sérgio Carneiro, o extensionista da Emater, Belmiro Ruiz Marques, e a bolsista do programa Universidade Sem Fronteiras, Mariana Filippsen. Para Fuentes, a presença da equipe foi importante para dar apoio ao debate e realizar inserções pertinentes ao trabalho, além de acompanhar o exercício prático feito durante a segunda etapa da capacitação.
“No período da manhã, estivemos mais vinculados a uma explanação teórica do que seria o trabalho e, na parte da tarde, foi feito um exercício prático de planejamento de uma propriedade, para instrumentar os extensionistas a fazerem o plano forrageiro das propriedades acompanhadas por eles. Num primeiro momento, esse plano forrageiro consiste em definir qual é área necessária de pastagem perene e qual é a área necessária de cana ou de outra capineira para atender as necessidades de cada rebanho para o inverno”, detalha Fuentes.
De acordo com o coordenador da Emater, Sérgio Carneiro, a ação das Redes foi retomada na região de Paranavaí a partir de 2009, com especial apoio do gerente regional da Emater, Edson Siquerolo, e do extensionista de Redes, Carlos Del Ducca, quando 18 municípios aderiram ao projeto. Ao todo, são 23 unidades produtivas selecionadas, sendo 21 vinculadas ao sistema leiteiro. “Foi feito o trabalho de tipologia, de diagnóstico e, agora, estamos entrando, como em outras regiões, casos de Tamarana, Ortigueira, Norte Pioneiro e Vale do Ivaí, na época de planejamento de propriedades”, salienta.
Novidade – Enquanto 21 das 23 unidades das Redes em Paranavaí trabalham a pecuária de leite, as outras duas representam um caminho distinto: o cultivo de urucum. O urucum é uma planta que dá sementes de cor vermelha intensa e que, depois de moídas, tornam-se um poderoso corante natural. Utilizada na indústria alimentícia e na fabricação de cosméticos, a planta possui um valor de mercado relativamente estável.
“O urucum é uma cultura perene parecida com o café, tanto no campo, como na secagem dos frutos em terreiros. É uma tecnologia similar à do café, mas que, na verdade, é um produto novo para nós e precisa ser estudado com carinho. Nós temos que resgatar e verificar o conhecimento existente sobre a cultura do urucum no IAPAR, na Emater, nas Universidades, aonde ele estiver. Não existe um modelo tecnológico consagrado como nos sistemas leiteiros", explica Rafael Fuentes. Mas ele ressalta que, até o próximo mês, deve ser feita - junto aos agricultores - a discussão acerca do diagnóstico das propriedades, no sentido de verificar a dimensão das questões técnicas que precisam ser resolvidas no sistema.
As Redes de Referência para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).


Jornalista Flávio Augusto (com informações do Coordenador Estadual das Redes no IAPAR, Rafael Fuentes)
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pelo terceiro ano consecutivo pesquisadores das Redes de Referência participam de Dia de Campo no município de Corumbataí do Sul

No último dia 26 dois pesquisadores das Redes de Referências para a Agricultura Familiar participaram em Dia de Campo promovido pela EMATER em Corumbataí do Sul.
Segundo o extensionista da Emater, Ricardo Augusto da Silva, a participação dos agricultores é crescente e neste ano cerca de 120 estiveram no Dia de Campo. O treinamento foi divido em três estações: utilização da cultura da aveia para alimentação de vacas leiteiras no inverno, sistema silvipastoril e máquinas picadoras de forragem.
Este é o terceiro ano consecutivo em que a equipe do IAPAR constituída pelo pesquisador, Ademir Calegari e pelo coordenador das Redes, Rafael Fuentes Llanillo, fica responsável pela estação de aveia onde abordou-se a melhoria dos sistemas leiteiros, rotação de culturas, aspectos econômicos e a importância da aveia como cobertura permanente no plantio direto.
Os princípios fundamentais do plantio direto são não revolver o solo, mantê-lo sob cobertura permanente e fazer rotação de culturas. Na região de Corumbataí do Sul, o trabalho de integração lavoura-pecuária-floresta segue esses princípios e é muito compatível com a busca da sustentabilidade. O objetivo para os próximos anos é aumentar o número de áreas atendidas e disseminar esse sistema.
As Redes de Referência para a Agricultura Familiar tem o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras e da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Renata Santos (com informações do extensionista da Emater, Ricardo Augusto da Silva, e do Coordenador Estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo)
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

Redes de Referências planejam em junho sistemas melhorados no cultivo de grãos em pequenas propriedades de Tamarana

No primeiro momento, ainda no começo de junho, a equipe das Redes de Referências para a Agricultura Familiar esteve reunida para debater propostas de desenvolvimento a pequenas propriedades em assentamentos de Tamarana, região norte do Paraná. O objetivo era reunir informações - coletadas a partir da análise de dados e diagnósticos das unidades produtivas que fazem parte das Redes - e, com base nelas, elaborar projetos de melhorias à atividade de produtores de grãos do município.
Participaram da reunião os Coordenadores Estaduais das Redes de Referências, Rafael Fuentes, no Iapar, e Sérgio Carneiro, na Emater; o pesquisador Antonio Costa, especialista do Iapar em solos; os bolsistas do programa Universidade Sem Fronteiras, Mariana Filippsen e Jorge Falkoski Filho, além de dois extensionistas da Emater em Tamarana: Marcelo Campos e Edson Pellegrini.
“Foi muito interessante, a discussão foi muito ativa. Houve uma proposta de planejamento estratégico para cada um dos quatro produtores de grãos”, conta Rafael Fuentes. “Aproveitando a presença do Antonio Costa, definimos as recomendações de adubação e correção dos solos mais apropriadas às condições locais, como um dos principais parâmetros de intervenção no sistema produtivo”, acrescenta o coordenador.
“E agora chega o momento de discutir esses planos com eles, os produtores e suas famílias”, continua Fuentes. Ainda de acordo com ele, a discussão junto aos agricultores ocorreu em Tamarana, no último dia 16, para uma primeira apresentação dos planos de propriedade. “Nesses planos estamos tentando traduzir os objetivos que eles nos revelaram, pensando num sistema melhorado segundo esses objetivos. Mas agora quem vai avaliar são eles mesmos”, destaca. “E, até o fim do mês, serão feitas as conversas individuais com as famílias”, completa o coordenador.
As Redes de Referência para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Jornalista Flávio Augusto (com informações do Coordenador Estadual das Redes no Iapar, Rafael Fuentes).
Bolsista de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / Iapar
Telefone: (43) 3376-2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

Capacitação em Planejamento de Unidades de Referências em Sistemas Agroecológicos foi realizado em Londrina

Entre os dias 08 e 10 de junho, a equipe das Redes esteve reunida na sede do Iapar para curso de Planejamento em Unidades de Referências em Sistemas Agroecológicos. Ministradas por técnicos do Iapar, da Emater, da Embrapa, da Universidade Estadual de Londrina e do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), as palestras tiveram foco em práticas agrícolas e pecuárias sustentáveis. O evento contou com a participação de aproximadamente 40 pessoas e foi coordenado por Sérgio Luiz Carneiro, Paulo Henrique Lizarelli e Dirk Cláudio Ahrens.
A capacitação contou, também, com exercícios práticos de plano tático e operacional, além de avaliação e análise dos diagnósticos desenvolvidos no curso. De acordo com o Coordenador Estadual de Agroecologia do Instituto Emater, Paulo Lizarelli, encontros de capacitação são importantes para a difusão das técnicas agroecológicas de produção, pois o processo é mais específico do que o empregado na agricultura convencional.

A agroecologia pode ser definida como a ciência que pretende ajudar na transição da agricultura convencional, mais industrializada, à agricultura com base sustentável e social. Esse processo deve levar em conta o diagnóstico da propriedade, a partir da troca de experiências entre técnico e produtor agrícola; definição dos pontos de modificação, com o estabelecimento de metas e diálogo entre agricultor e técnico extensionista; elaboração do calendário de trabalho; estabelecimento da comercialização e certificação dos produtos.

Ainda de acordo com Lizarelli, é necessária a mudança nos aspectos educacionais, já que o produtor está acostumado a resolver os problemas da lavoura com aditivos químicos. “Na transição agroecológica, a cada problema o produtor deve compreender que a solução está em um processo, não em um produto, mas no todo”. Para o coordenador das Redes Agroecológicas do Centro-Sul e Líder do Programa de Agroecologia do Iapar, Dirk Cláudio Ahrens, a transição de técnicas é motivada pelo custo elevado dos insumos, o risco de intoxicação que o produtor está exposto e o interesse em fornecer alimentos mais saudáveis à população.

Os aspectos econômicos também são limitantes nesta mudança, devido à necessidade de ferramentas e às modificações estruturais e produtivas. De acordo com Ahrens, “as restrições estão no campo técnico e na comercialização, que ainda apresenta alguns gargalos, o produto convencional já tem o seu mercado estabelecido”. A transição deve ser realizada conforme a capacidade gerencial, econômica e física do produtor, e as alterações devem ser gradativas.

Segundo o engenheiro agrônomo e professor da UEL, Maurício Ursi Ventura, “no início, o produtor precisa se adaptar a uma nova tecnologia, às vezes, os custos são até maiores. Com o passar dos anos, quando ele começa a conhecer mais o processo, ocorre a inversão. Com a utilização de métodos naturais para o controle de pragas, ele consegue um equilíbrio maior do solo; diminui a ocorrência de doenças; não utiliza insumos químicos, então ele consegue uma redução significativa nos custos do seu sistema de produção”. Na região de Londrina, a produção agroecológica ainda está no início. No Paraná, cerca de 50 propriedades desenvolvem trabalhos em linhas sustentáveis no projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar.

Reuniões de Planejamento – Complementarmente as atividades de capacitação, a equipe das Redes Orgânicas do Vale do Ivaí realizou reuniões de Planejamento e Diagnóstico das vinte e duas propriedades trabalhadas.

Para o coordenador do projeto, Paulo Lizarelli, “este é o momento em que a equipe está reunida com os gestores locais. São eles que estão no dia-a-dia do município e conhecem mais profundamente a vida e a rotina daqueles proprietários. É o momento de fazermos o consenso dos dados levantados, para verificarmos se eles estão dentro da realidade daquela família”.

No último dia 27, a equipe se reuniu com o Coordenador Mesorregional das Redes da Região Norte, Dimas Soares Júnior. Durante o encontro, foram levantadas diretrizes às propriedades pertencentes ao projeto das Redes de Referência no Vale do Ivaí.

O grupo que atua na região é composto por 25 pessoas, entre bolsistas, extensionistas e o corpo de apoio do Iapar e da Emater. As Redes de Referência para a Agricultura Familiar tem o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras e da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Renata Santos com a colaboração de Flávio Augusto (e informações do bolsista, Amilton Aparecido Alves, do Coordenador Estadual de Agroecologia do Instituto, Emater Paulo Henrique Lizarelli; do engenheiro agrônomo e professor da UEL, Maurício Ursi Ventura; do coordenador de Agroecologia das Redes no Centro-Sul do Paraná, Dirk Cláudio Ahrens e do Coordenador Mesorregional das Redes da Região Norte, Dimas Soares Júnior)
Bolsistas na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Equipe das Redes visita propriedade referência no sistema agroecológico

Visando a difusão da prática agrícola em sistemas agroecológicos, extensionistas do Instituto Emater da equipe da Redes de Referências realizaram duas excursões com agricultores e técnicos de Ivaiporã e Marilândia do Sul à propriedade de Lauro Wittmann, no município de Jandaia do Sul. O encontro foi realizado no dia 23 e reuniu aproximadamente 15 pessoas.


A família Wittmann faz parte do projeto “Construção e transferência de referências tecnico-econômicos em sistemas de produção familiares orgânicos do Vale do Ivaí”, criado em abril de 2009. De acordo com o coordenador, Paulo Henrique Lizarelli, “essa é uma propriedade que, em relação aos princípios e às práticas agroecológicas, está bem avançada. Por esse motivo, fizemos lá um estudo de caso. Nesta excursão fixemos um intercâmbio entre os agricultores novos no projeto e àqueles que estão em um estágio mais avançado”, afirma.

A área total da propriedade é de 10,7 ha; destes, 2,70 destinados à reserva ciliar obrigatória. A família Wittmann se destaca na horticultura com a produção de morango, plantas medicinais, além de queijos e doces. Eles ainda são feirantes e trabalham com polpa de frutas congeladas.

O custo de produção de Lauro Wittmann é baixo, devido às boas condições do solo e pouco uso de insumos externos à propriedade. De acordo com Lizarelli, a incidência de doenças e pragas é pequena devido ao ambiente deste agrossistema estar mais equilibrado.

A venda dos produtos é realizada de forma direta, o que garante aos consumidores um preço menor e constante durante toda a safra. A maioria dos custos ambientais em sistemas agroecólogicos ocorrem no início da transição, mas, no caso da família Wittmann, eles já estão estabilizados.

Lauro Wittmann não gasta com insumos, adubos ou mudas. A produção é orgânica, os resíduos são usados como fertilizantes naturais e as mudas são produzidas pelo agricultor e sua família. De acordo com Paulo Henrique Lizarelli, “ele tem uma mesa farta e bem diversificada, a família se alimenta muito bem”, conclui.

Segundo o bolsista do programa Universidade Sem Fronteiras, Amilton Aparecido Alves, a propriedade da família Wittmann é bem organizada, o zelo e os hábitos de higiene são facilmente percebidos. Para ele, visitas como essa são oportunidades de aprender muito com os agricultores.

Devido ao avanço no sistema produtivo, existe a possibilidade de que a propriedade da Família Wittmann esteja se preparando para o turismo rural. O projeto “Orgânicos do Ivaí” atua em outras 18 unidades, na região de Ivaiporã e de Apucarana. A equipe é composta por 25 integrantes, entre extensionitas, especialistas e pesquisadores do IAPAR e da Emater.

As Redes de Referência para a Agricultura Familiar, neste projeto, tem o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras e da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Renata Santos - bolsistas na Área de Comunicação Social (Jornalismo) do Programa Universidade Sem Fronteiras da Seti. Colaborou Flávio Augusto (com informações do bolsista, Amilton Aparecido Alves, e do coordenador do projeto “Orgânicos do Ivaí”, Paulo Henrique Lizarelli).
Tel 43 -3376 2146
E-mail: imprensa-dtc@iapar.br


Veja também:

RIC Rural conhece fazenda que é modelo na produção de orgânicos

Equipe das Redes apresenta trabalhos em Congresso no Maranhão

A equipe das Redes de Referências para a Agricultura Familiar participou do “VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção”, realizado entre os dias 23 e 25 de junho, em São Luis-MA.

Buscando o intercâmbio entre técnicos, pesquisadores e produtores rurais no ambiente da agricultura familiar, o evento promoveu debates e apresentações de artigos científicos, pautados pela temática central “Agricultura Familiar: Crise Alimentar e Mudanças Climáticas Globais”.

Ao todo, a equipe das Redes apresentou oito artigos acerca das atividades desenvolvidas no projeto, com contribuições das mesorregiões centro-sul, sudoeste e norte. Os estudos destacaram os resultados obtidos em diferentes etapas do trabalho, o que, como afirmam os Coordenadores Estaduais das Redes - Rafael Fuentes, no IAPAR, e Sérgio Luiz Carneiro, na EMATER, presentes no evento-, atesta o andamento satisfatório das ações praticadas, seja em regiões já consolidadas ou naquelas que passaram por processos recentes de reestruturação.

Realizado em 2010 na capital do Maranhão, o congresso terá Brasília como sede de sua próxima edição. Já o X Congresso da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção, previsto para 2014, marcará o retorno do evento à cidade de Londrina, que o abrigou em suas duas primeiras edições. Como ressalta Dimas Soares Jr., coordenador mesorregional das Redes no norte do Paraná e eleito no congresso deste ano vice-presidente da Sociedade Brasileira de Sistema de Produção (SBSP), “o X Congresso será, naturalmente, um marco para a história da SBSP e, dessa forma, nossos associados, ao indicarem Londrina como sede do evento, oferecem-nos uma oportunidade de destacar a contribuição do Paraná nos avanços da pesquisa e desenvolvimento sob o enfoque sistêmico, contribuição essa oferecida desde a fundação da Sociedade, que se deu em 1993 aqui mesmo no IAPAR, em Londrina”.

O “VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção” recebeu 141 trabalhos e foi promovido pela SBSP, em parceria com a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA). O evento teve, ainda, a realização e a organização da Universidade Estadual do Maranhão e da Embrapa Meio-Norte, além do apoio do Governo do Estado do Maranhão e de entidades da sociedade civil.

As Redes de Referência para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Serviço - No link abaixo, em “artigos científicos”, confira a lista completa de trabalhos apresentados pela equipe das Redes de Referências durante o “VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Sistema de Produção”.

www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=535

Jornalista Flávio Augusto (com informações do Coordenador Estadual das Redes no Iapar, Rafael Fuentes, e do Coordenador Mesorregional das Redes na Região Norte do Paraná, Dimas Soares Jr.)
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Redes de Referências planejam em junho sistemas melhorados no cultivo de grãos em pequenas propriedades de Tamarana

No primeiro momento, ainda no começo de junho, a equipe das Redes de Referências para a Agricultura Familiar esteve reunida para debater propostas de desenvolvimento a pequenas propriedades em assentamentos de Tamarana, região norte do Paraná. O objetivo era reunir informações - coletadas a partir da análise de dados e diagnósticos das unidades produtivas que fazem parte das Redes - e, com base nelas, elaborar projetos de melhorias à atividade de produtores de grãos do município.

Participaram da reunião os Coordenadores Estaduais das Redes de Referências, Rafael Fuentes, no Iapar, e Sérgio Carneiro, na Emater; o pesquisador Antonio Costa, especialista do Iapar em solos; os bolsistas do programa Universidade Sem Fronteiras, Mariana Filippsen e Jorge Falkoski Filho, além de dois extensionistas da Emater em Tamarana: Marcelo Campos e Edson Pellegrini.

“Foi muito interessante, a discussão foi muito ativa. Houve uma proposta de planejamento estratégico para cada um dos quatro produtores de grãos”, conta Rafael Fuentes. “Aproveitando a presença do Antonio Costa, definimos as recomendações de adubação e correção dos solos mais apropriadas às condições locais, como um dos principais parâmetros de intervenção no sistema produtivo”, acrescenta o coordenador.

“E agora chega o momento de discutir esses planos com eles, os produtores e suas famílias”, continua Fuentes. Ainda de acordo com ele, a discussão junto aos agricultores ocorreu em Tamarana, no último dia 16, para uma primeira apresentação dos planos de propriedade. “Nesses planos estamos tentando traduzir os objetivos que eles nos revelaram, pensando num sistema melhorado segundo esses objetivos. Mas agora quem vai avaliar são eles mesmos”, destaca. “E, até o fim do mês, serão feitas as conversas individuais com as famílias”, completa o coordenador.

As Redes de Referência para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Jornalista Flávio Augusto (com informações do Coordenador Estadual das Redes no Iapar, Rafael Fuentes).

Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / Iapar
Telefone: (43) 3376-2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

terça-feira, 1 de junho de 2010

Redes de Referências discutem propostas de melhorias a olericultores e produtores de grãos de Tamarana e Ortigueira

A equipe das Redes de Referências para Agricultura Familiar promove nesta quarta-feira (2) uma reunião técnica, com o objetivo de apresentar propostas de melhorias a pequenas propriedades, localizadas em assentamentos dos municípios de Tamarana e Ortigueira, no norte paranaense.

O encontro ocorre no Centro de Difusão de Tecnologia (CDT) do Iapar, a partir das 8h30. Na ocasião, com base na análise de dados e diagnósticos das unidades produtivas que fazem parte das Redes, serão debatidas alternativas para incrementar a atividade de produtores de grãos e olericultores (agricultores que trabalham com cultivo de hortaliças) das duas cidades.

A reunião contará com a presença do pesquisador Antonio Costa, especialista do Iapar na área de solos, dos Coordenadores Estaduais das Redes de Referências, Rafael Fuentes Llanillo (pelo Iapar) e Sérgio Carneiro (pelo Emater), além de bolsistas do programa Universidade Sem Fronteiras e três extensionistas do Emater que atuam em Tamarana: Marcelo Campos, Edson Pellegrini e Paulo Marcondes.

Jornalista Flávio Augusto (com informações do Coordenador Estadual das Redes no Iapar, Rafael Fuentes Llanillo).
Programa Universidade Sem Fronteiras / SETI / Iapar
Telefone: (43) 3376-2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

segunda-feira, 24 de maio de 2010

IAPAR mostra tecnologias em festa do agricultor em Dr. Ulisses

O IAPAR apresentou na II Festa do Agricultor Familiar ocorrida na cidade de Dr. Ulisses, na região do Vale da Ribeira, no final de semana passada (15 e 16), as tecnologias desenvolvidas para aquela região, considerada território da cidadania. Com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o instituto desenvolve projetos regionais que visam à adaptação de tecnologia sustentável e formação de técnicos e produtores familiares.
Durante a festa do agricultor, o instituto distribuiu material com informações sobre as pesquisas realizadas naquela região e apresentou aos visitantes mudas da palmeira real, pupunha e sementes de adubos verdes.
De acordo com a administradora da Estação de Pesquisa do IAPAR em Cerro Azul, município vizinho, Ivete Efigênia da Silva Evangelista, o estande foi bastante visitado. "Alcançamos nossos objetivos que é mostrar o trabalho de pesquisa que a instituição desenvolve aqui na região", completou Ivete.

Ela informou que o instituto vai trabalhar também em Dr. Ulisses com abacaxi, caprinos, mandioca e maracujá, transferindo estas tecnologias pesquisadas como alternativas de produção e renda.

Esse trabalho integra os projetos regionais para aquela região e têm por objetivo o treinamento de produtores e técnicos da assistência técnica e extensão rural em tecnologias para produção de citros, maracujá, abacaxi e banana; a produção de mudas certificadas de citros; a apresentação de variedades e tecnologia sustentável de produção de mandioca para a região; a demonstração de tecnologia de produção de caprinos para carne; e a disponibilização de material genético de alta qualidade para produtores do Vale da Ribeira, informou o coordenador-geral da unidade de pesquisa do IAPAR, em Curitiba, Nilceu Ricetti.

Ele representa o instituto no Fórum do Vale do Ribeira formado por representantes de várias instituições. Segundo Ricetti, na condição de território da cidadania, o Vale do Ribeira recebe recursos federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do MDA e do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além de investimentos do governo estadual. Os recursos para o projeto chegam perto de R$ 1 milhão.

Ricetti destacou que a região já é a maior produtora de poncãs no estado e que parte dos recursos será utilizada na construção de uma estufa, que junto com a já existente, terá capacidade para 30 mil mudas de citros. Ele também destacou propostas com mandioca, indicando cultivares para mesa.

Está em estudo também a montagem de uma vitrine tecnológica na Estação Experimental do IAPAR em Cerro Azul para difusão de tecnologia em caprinocultura, além da disponibilização de matrizes para produtores do vale, em associação com a unidade de pesquisa do instituto em Pato Branco.

De acordo com o pesquisador, a melhoria genética de caprinos é uma necessidade na região. "São projetos de várias naturezas, que estão sendo discutidos dentro da demanda da região", observa Ricetti, acrescentando a possibilidade da inclusão de propostas em sistemas agroflorestais, com palmáceas e seringueira.

FESTA DA LARANJA - A Festa da Laranja, um dos eventos mais tradicionais de Cerro Azul, que acontece nos dias11, 12 e 13 de junho será uma boa oportunidade para o IAPAR divulgar as pesquisas desenvolvidas no Vale da Ribeira. De acordo com o pesquisador Nilceu Ricetti, a intenção é mostrar durante o evento o manejo de caprino e ainda as tecnologias de interesse regional em citricultura, borracha, palmáceas e adubação verde. O município de Cerro Azul é um dos maiores produtores de cítricos da região do Vale do Ribeira, com cerca de seis milhões de caixas por ano. Uma de suas maiores atrações é a Festa da Laranja que apresenta ao Estado os produtos produzidos pela agricultura local.

Iapar

Ao completar 54 anos Emater homenageia Orlando Pessuti

O governador Orlando Pessuti foi homenageado nesta quarta-feira (19), em Curitiba, pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Ele foi o primeiro extensionista da instituição a assumir o Governo do Estado. Além do governador, outros profissionais que se destacaram foram lembrados pelo instituto, que completa 54 anos de extensão rural no Paraná.
Pessuti enfatizou a importância do trabalho da Emater para o desenvolvimento da agricultura no Paraná. “O instituto teve uma contribuição decisiva para que pudéssemos transferir aos agricultores do Paraná um conjunto de informações e tecnologias que possibilitassem esta agricultura e pecuária exemplar que temos hoje. Temos um alto índice de produtividade e o melhor sistema cooperativista de nosso país”, ressaltou.

“Sinto-me honrado em fazer parte desta grande escola que é a Emater. Em 1979, quando ingressei, pude acompanhar de perto as necessidades dos agricultores. A partir daí ingressei na carreira política, que foi a melhor maneira que encontrei de ajudar no desenvolvimento da agricultura. Em toda minha trajetória nunca me afastei de minhas convicções de trabalhar para o aprimoramento da extensão rural”, destacou Pessuti.

Formado em Medicina Veterinária, Pessuti foi contratado pela Emater em 8 de agosto de 1979 para trabalhar na região de Ivaiporã. Em 1982 tirou licença sem vencimento - de 1 de abril a 31 de agosto, para fazer a campanha política que o elegeu pela primeira vez deputado estadual.

Receberam homenagens como destaque no setor empresarial o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini, extensionista no período de 1968 a 1972, e o presidente da Ocepar, João Paulo Koslowski, extensionista no período de 1973 a 2008. No setor público a homenagem foi para o pró-reitor de Extensão e Cultura da Unicentro, e extensionista entre 1978 e 2004, Jorge Luiz Fávaro.

“Pessuti tem um compromisso histórico com a agricultura do Paraná, sempre esteve ao lado da Emater. Ao longo dos últimos anos, ele participou da criação de vários programas voltados ao social e a agricultura. Destaque para o programa Leite das Crianças, que é uma luta dele desde a época de deputado. Este projeto é um dos mais completos, por trabalha com a produção, consumo e com o lado social”, afirmou diretor-presidente da Emater, Arnaldo Bandeira.

54 ANOS - De acordo com Bandeira, desde o inicio da instituição passaram pela Emater 8 mil extensionistas rurais em seu quadro de funcionários. Para o diretor-presidente, a área está em ascensão. “Trata-se de um momento de reconstrução e fortalecimento deste serviço tão importante para a agricultura. Passamos pela década de 1990 esquecidos. Nos anos 2000 o serviço foi restabelecido e surgiram importantes programas de desenvolvimento da agricultura, como o Trator Solidário e o Leite das Crianças”, explicou.

Bandeira ressaltou a importância de políticas públicas orientadas para a agricultura familiar. “No governo Requião-Pessuti, em 2003, foram retomados os investimentos na área da agricultura. As ações foram voltadas para o centro expandido, para o fortalecimento de programas de apoio a pequena agricultura. Esta visão do governo estadual de fortalecer a nação tem sido fundamental para o desenvolvimento do Paraná”, afirmou.

“O Paraná foi desbravado pela Emater. A atividade agrícola assistencial pela extensão rural ganhou força na década de 1970, com o trabalho da Emater. Devemos muito aos profissionais que por meio de seu apoio técnico ajudaram a desenvolver o Paraná”, afirmou o secretário da Agricultura, Erikson Chandoha.

A Emater oferece assistência técnica e orientação aos agricultores, desde o processo de produção, qualificação da produção, industrialização, agregação de valor e organização dos agricultores. “Políticas públicas aliadas à orientação técnica criam as condições técnicas favoráveis ao processo de desenvolvimento”, disse Chandoha.

O secretário destacou os bons resultados da assistência rural. “A agricultura rural depende do governo, ela deve ser assistida diuturnamente. Nas décadas de 1970 não existiam políticas públicas voltadas a esta área. Hoje estamos recuperando o tempo perdido. Hoje vemos jovens retornando ao campo, graças as oportunidades de trabalho, novas escolas, universidades, que garantem uma vida de qualidade”, frisou.

PUBLICAÇÃO - A Emater lançou, durante o evento, duas publicações: “Emater em Revista”, dirigida a formadores de opinião da agricultura e parceiros da extensão rural; e o segundo volume do livro “Estratégias Metodológicas da Extensão Rural do Paraná”.

“A Emater também é uma política pública de assistência técnica, essencial ao desenvolvimento do meio rural. Vivemos um momento em que se pensava que a presença do estado não era importante no processo de desenvolvimento, era um pensamento neoliberal que desarticulava este processo. O governo Requião-Pessuti retomou a presença do estado como um articulador do desenvolvimento. Esta é a ideia de nossa divulgação”, ressaltou o diretor-presidente da Emater.

A revista foi criada em parceria com um jornal de Maringá. O editor chefe é o jornalista da Emater, Sérgio Schmitt, e as matérias são assinadas por diversos jornalistas, de várias regiões do Estado, expressando a diversidade dos temas. Já o livro é resultado do extenso trabalho de uma equipe de técnicos da Emater e apresenta 23 relatos de quem participa concretamente da vida das comunidades.

Seab