segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mais renda e respeito às características da Mata Atlântica

Turvo tem um dos mais importantes remanescentes de Mata Atlântica do Paraná: a floresta com araucária representa mais da metade da área do município. ''A produção dos associados da Coopaflora respeita as características do município, que tem esse remanescente florestal importante'', afirma Roseli Cordeiro Eurich, tesoureira do IAF.

Os cooperados cultivam dezenas de espécies diferentes: alcachofra, menta, funcho, sálvia, carqueja, capim-limão, melissa, camomila, macela, erva-mate, entre outras. Essa produção é feita em pequenas propriedades. Segundo o IAF, a área plantada dos 85 associados soma aproximadamente 40 hectares e a maioria das plantas é de espécies exóticas, mas várias espécies nativas também são manejadas. Existem plantas de inverno, de verão e anuais. O IAF aconselha aos produtores para que não cultivem uma espécie apenas, para que não fiquem ''reféns'' das estações ou de imprevistos.
''Esses produtos geram uma rentabilidade maior. Por exemplo, a melissa gera uma renda de até R$ 16 mil por hectare, enquanto o milho proporciona R$ 1,5 mil por hectare'', explica Douglas Dias de Almeida. Roseli aponta que muitos produtores de culturas ''tradicionais'' ficam incrédulos quando se deparam com comparações desse tipo.
''O pessoal tem aquela cultura do milho, da soja e do pinus, e não acredita quando citamos esses números. Muitos têm que fazer para provar'', diz a tesoureira.
Segundo Almeida, recentemente foi aprovado junto ao Ministério do Meio Ambiente um projeto para reproduzir o modelo de Turvo em outras regiões do Paraná e também em Santa Catarina. A iniciativa será implementada por um consórcio de entidades. ''O modelo de Turvo pode ser replicado, mas tudo precisa ser bem avaliado'', alerta o engenheiro agrônomo.

Fábio Galão
Reportagem Local
Folha de Londrina

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