quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A equipe das Redes de Referências deseja um feliz Natal a todos!

Pesquisador da Área de Solos do Iapar fala sobre sua contribuição no trabalho das Redes de Referências

O pesquisador da Área de Solos do Iapar, Ademir Calegari

Ademir Calegari tem formação em técnico agrícola, em Cândido Mota (SP), e em agronomia, na Universidade Federal de Pelotas (RS). Ele fez mestrado na Universidade de Aberdeen, na Escócia, e doutorado na Universidade Estadual de Londrina, com estágios na Universidade de Paris, na França, e na Universidade do Kansas, nos EUA. O pesquisador, que também é líder do Programa Solos e Água do Iapar, contribui com o trabalho das Redes de Referências para a Agricultura Familiar há quase dois anos.

Qual a sua contribuição nas Redes de Referências?
Eu sou líder do Programa Solos e Água do Iapar e tenho 28 anos de experiência como pesquisador. A minha experiência maior é com sistema de plantio direto e com rotação de culturas em todo o estado do Paraná. Por isso, sou chamado para participar de eventos vinculados às Redes e também consigo alguns materiais para melhoramento de solos das propriedades acompanhadas pelo Projeto. Não tenho um envolvimento ativo, mas esporádico, e que tem dado bastante certo para o aprimoramento desse trabalho tão importante que as Redes de Referências fazem no estado.

Alguma sugestão para a melhoria do trabalho da equipe?
A sugestão que eu tenho é a de que as Redes devem ser cada vez mais fortalecidas, com o envolvimento de mais pessoas no trabalho. Eu acho que esse trabalho de fortalecimento deve contar com o apoio dos municípios e das associações de produtores. Eu acho que também é válido fazer um levantamento mais aprimorado das necessidades e das experiências dos pequenos produtores.

Em quase dois anos de contribuição para as Redes, o que o senhor conclui?
O que eu vejo é o seguinte, é uma metodologia muito interessante e muito aplicável ao nível de pequenos produtores e das organizações. É também um método interessante de difusão e validação de tecnologia, porque você pega alguns produtores que são lideranças, que têm a sua metodologia já desenvolvida e validada, e você coloca alguns componentes para melhorar e traz produtores de outras regiões para ver o que está sendo feito. Então, é uma forma muito interessante de levar adiante essa metodologia de trabalho. O que eu tenho visto é que o Projeto ajuda na manutenção da agricultura familiar sustentável no estado e faz com que os pequenos produtores sobrevivam com dignidade no campo.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar / CNPq/ IAPAR / EMATER
Telefone: (43) 3376 – 2274
E-mail:
comunicacaoredes@iapar.br

Pesquisador das Redes de Referências participa da IV Reunião da Rede Temática de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco

A Rede Temática de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco, criada em 2008, tem o objetivo de discutir alternativas para diversificação das áreas com tabaco no Brasil. Além disso, ela conta com representantes do Emater do Rio Grande do Sul e do Paraná, dos governos da Bahia e de Alagoas, do Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais (Deser) e de outras ONGs.
A IV Reunião da Rede Temática de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco ocorreu entre os dias 28 e 30 de novembro no município de Dom Feliciano (RS), que possui 80% de sua área de lavouras cultivada com aquela cultura. Um dos temas abordados no evento foi a implantação de projetos de diversificação, com recursos do MDA, que já ocorrem no município, como o Programa do Leite, do Mel, do Frango Colonial, da Fruticultura e da Piscicultura.
O pesquisador das Redes, Dirk Ahrens, fez a entrega oficial do Boletim Técnico 74, intitulado “Diversificando áreas com cultivo do tabaco: uma experiência no Centro Sul do Paraná”, escrito em co-autoria com o coordenador das Redes de Referências para a Agricultura Familiar pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo e com o agente de ciência e tecnologia do Programa de Pesquisa em Sistemas de Produção do Iapar, Roger Daniel de Souza Milleo.
Ahrens também apresentou os resultados de pesquisa atualizados das últimas safras com destaque à diversificação de atividades na propriedade familiar. "Só com a adoção de sistemas agroecológicos e que tenham ainda uma agregação de valor via o processamento dos produtos é possível superar a renda proveniente do cultivo do tabaco. Além disso, o autoconsumo,  em alguns sistemas, contribui significativamente na composição da renda familiare também fornece alimentos de qualidade”, conclui o pesquisador.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez, com informações de Dirk Ahrens
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Metodologia das Redes de Referências deverá dar suporte ao processo de difusão de tecnologia em 3000 propriedades do Paraná em 2014

Da esquerda para a direita: o coordenador estadual das Redes pelo Emater, Edson Luiz Diogo de Almeida, o coordenador regional de leite do Emater de Pato Branco, José Antonio Nunes Vieira, o gerente de operações estadual do Emater, Diniz Dias de Oliveira, o gerente regional do Emater de Pato Branco, Luiz Francisco Lovato e o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo

A coordenação das Redes de Referências para a Agricultura Familiar visitou doze regiões do estado do Paraná entre os meses de novembro e dezembro deste ano com o objetivo de propor a ampliação da metodologia de trabalho do Projeto aos chefes regionais e estaduais do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A equipe também visitou algumas propriedades já vinculadas às Redes, reforçando, com isso, a importância da continuidade do trabalho nesses empreendimentos.
De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Emater, Edson Luiz Diogo de Almeida, essa iniciativa visou recompor a equipe de trabalho, definir conteúdo e calendarizar a capacitação nas regiões. “Nós já fechamos vários treinamentos que vão começar a ocorrer agora no ano de 2012 e as etapas iniciais vão contar com a participação de técnicos que já estão envolvidos com algumas Unidades de Referências”, explica.
Já para o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, a metodologia do Projeto foi comprovada como eficiente porque muitas propriedades vinculadas a ele estão em um grau bastante avançado em relação à melhoria dos sistemas. “A metodologia das Redes já foi comprovada como eficiente e o que nós buscamos agora é aplicá-la de forma mais simplificada nas Unidades Referenciais do Emater para difundir os resultados obtidos em maior escala”, acrescenta o pesquisador.
Fuentes também reforça o compromisso estabelecido com as diretorias do Emater e do Iapar no desenvolvimento desse trabalho de expansão da metodologia do Projeto. “Nós temos a oportunidade de expandir a utilização do nosso método e o nosso compromisso principal com as diretorias de ambas as instituições é efetuar a qualificação dos técnicos que vão trabalhar no campo”, afirma. De acordo com o pesquisador, a capacitação desses técnicos terá início na segunda quinzena de março de 2012 e contará com 32 horas de treinamento, divididas em dois módulos de 16 horas cada.

Crédito de imagem: Arquivo/ Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Propriedade das Redes de Referências na região de Cantuquiriguaçu é sede de Dia de Campo

Mais de 150 agricultores participaram do Dia de Campo na propriedade da família Nunes, localizada no município de Nova Laranjeiras, na região de Cantuquiriguaçu

Mais de 150 agricultores participaram de um Dia de Campo em Nova Laranjeiras, região de Cantuquiriguaçu, na última quinta-feira (10). O evento ocorreu na propriedade do produtor colaborador das Redes, Antonio Domício Nunes e contou com quatro baterias explicativas. A primeira delas falava sobre implantação, adubação e manejo de pastagens perenes, bem como implantação e condução do sistema silvipastoril, tendo como palestrantes a pesquisadora do Iapar, Simony Marta Bernardo Lugão, e o extensionista do Emater, Valério Moro.
A segunda bateria, que teve como palestrante o pesquisador do Iapar, Vanderlei Bett, foi sobre alimentação de vacas leiteiras. Assuntos como o uso adequado e eficiente do farelo de soja, milho e sal mineral para vacas de diferentes produções e a importância da alimentação adequada desses animais para que atinjam o pico de produção foram abordados nessa seção.
Já na terceira bateria, a médica veterinária do Emater, Zilda Maria Mota, falou sobre criação e manejo de bezerras leiteiras. A última seção, por fim, contou com a apresentação do engenheiro agrônomo do Emater, Marcio Roberto Ramos, sobre segurança alimentar para famílias rurais, com ênfase em hortas caseiras e pomares.
           
A família Nunes
A propriedade da família Nunes, que no início do trabalho produzia apenas 79 litros de leite ao dia, passou a produzir 500 litros de leite diários e tem como meta atingir 700 litros. O progresso da família decorre, em grande parte, do investimento em produção de pastagens de tifton e pioneiro, o que corresponde a 3,7 ha de forrageiras na propriedade.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez, com informações de Valério Moro
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Pesquisadores das Redes de Referências capacitam profissionais da Embrapa Pesca e Aqüicultura

Pesquisadores das Redes de Referências apresentaram a metodologia de trabalho em um curso realizado na delegacia regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Palmas (TO)

Os pesquisadores das Redes de Referências, Rafael Fuentes Llanillo e Dimas Soares Júnior, ministraram um curso de metodologia para instalação e acompanhamento de redes de referências de unidades produtivas, entre os dias 16 e 18 de novembro, na delegacia regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Palmas (TO). O evento contou com a participação de 23 profissionais da Embrapa Pesca e Aquicultura, a mais nova unidade da empresa no país, além de extensionistas da Ruraltins e da Sescoop e um professor da Faculdade Católica.
De acordo com Dimas Soares Júnior, o curso proporcionou uma boa troca de experiências entre profissionais de diversas áreas, como a de economia, agronomia e engenharia da pesca. “As intervenções que os profissionais da Embrapa fizeram no decorrer do curso foram muito pertinentes e nós voltamos com a sensação de que contribuímos para uma futura aplicação da metodologia das Redes de Referências nos sistemas de produção voltados à pesca e à aquicultura”, destaca.
Para Soares Júnior, a metodologia das Redes pode ser aplicada a qualquer tipo de sistema de produção, desde que esteja adequada à realidade na qual ele está inserido. “Já tivemos essa experiência em outros três estados do país, que foram Rio Grande do Norte, Goiás e Mato Grosso do Sul. Cada um teve uma evolução em graus diferenciados, mas o que podemos concluir é que a metodologia do Projeto é aplicável a qualquer local, mas necessita de algumas adequações”, acrescenta o pesquisador.
Já para o pesquisador da Embrapa Pesca e Aqüicultura, Manoel Xavier Pedroza Filho, a visita dos especialistas das Redes contribuiu para o desenvolvimento do Projeto Divinópolis, que atende cerca de 80 piscicultores dos municípios de Divinópolis e Abreulândia, região oeste do estado de Tocantins. Pedroza, como líder do Projeto, pretende gerar incrementos tecnológicos que auxiliem as famílias envolvidas a melhorar seu nível de vida. Dentre as instituições que participam dessa iniciativa estão a Universidade Federal de Tocantins (UFTO), o Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA), o Instituto de Desenvolvimento Rural de Tocantins (Ruraltins) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do estado de Tocantins (Seagro).


Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Integrantes das Redes de Referências discutem ampliação do uso da metodologia de trabalho


Pesquisadores e extensionistas das Redes de Referências estiveram reunidos durante o dia todo para rediscutir a metodologia de trabalho da equipe

Integrantes das Redes de Referências estiveram reunidos no último dia 10, na sede do Iapar, em Londrina, com o objetivo de apresentar um balanço do que já foi feito em 13 anos de trabalho, além de discutir a ampliação do uso da metodologia aplicada junto às propriedades vinculadas ao Projeto. O evento contou com a presença do diretor técnico do Emater, Natalino Avance de Souza, e dos diretores técnico-científicos do Iapar, Armando Androcioli e Augusto Araújo, que reconheceram a importância do Projeto no cenário agrícola estadual.
De acordo com Souza, as principais diretrizes traçadas pelo governo do estado no meio rural são a maior competitividade da agricultura, a sustentabilidade e a qualidade de vida no campo. O papel do Emater neste cenário consiste em orientar os agricultores para que eles otimizem seus sistemas de produção, além de operar políticas públicas que subsidiem a classe.
Diante dessa sobrecarga de funções propostas aos extensionistas, a instituição enfrenta dificuldades em acompanhar os agricultores mais de perto, mas a expectativa da diretoria técnica do Emater é mudar essa situação em curto prazo. Para tanto, a instituição pretende contratar 300 novos funcionários até o início do próximo ano.
Souza também destaca a importância da integração entre pesquisa e extensão como acontece nas Redes de Referências. Para ele, agora o principal desafio nesse Projeto é a difusão massiva dos resultados gerados através do envolvimento de especialistas dos projetos por produto que auxiliem o trabalho tanto do Emater quanto do Iapar.
Já para o diretor técnico-científico do Iapar, Armando Androcioli, as Redes de Referências correspondem a uma ferramenta eficaz de diagnóstico da realidade e de validação de sistemas melhorados em escala-piloto. Agora, os principais desafios que elas devem enfrentar são a mudança das propriedades do entorno das regiões nas quais atuam, além da integração com os demais programas do Instituto, como ocorre no caso do Norte Pioneiro, em que a implantação da validação em lavouras de café em seis propriedades do Território decorre da parceria entre o Programa Sistemas de Produção, o Programa Café e a Área de Melhoramento Vegetal do Iapar.

Estatísticas
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar acompanham 263 produtores familiares e têm 35 sistemas de referências descritos em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Mais de 60% dessas propriedades são monitoradas pelo software catarinense CONTAGRI, que realiza um acompanhamento bem detalhado desses empreendimentos. Além disso, as Redes promovem, há 13 anos, um trabalho de melhoria técnica dos sistemas e de difusão de tecnologia. Só para se ter uma ideia, entre os anos de 2009 e de 2010, foram realizados 42 eventos de difusão com mais de 2500 participantes.

Crédito de imagem: Edino Ferreira da Silva
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Técnico do Emater avalia o trabalho das Redes de Referências


O técnico agrícola e extensionista das Redes, Antonio Carlos Gerva

Antonio Carlos Gerva é técnico em agropecuária, licenciado em Ciências Biológicas pela Unicentro e especialista em bovinocultura de leite pela Universidade Federal de São Carlos. Iniciou a carreira profissional em 1983, atuando na iniciativa privada. Quatro anos depois, começou a trabalhar na área de mecanização agrícola e irrigação na antiga Companhia Agrícola de Fomento Econômico (CAFE) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento do Paraná.
Em 1991 passou a atuar no Instituto Emater de Inácio Martins. Foi transferido para o município de Rio Azul em 1994 e a partir de 2001 passou a ser assessor da Cooperativa FRIMESA, na região de Irati, onde ficou até 2006. No ano seguinte, foi transferido para a unidade local do Emater, em Irati, onde atua até hoje na função de técnico nas áreas de bovinocultura de leite e de merenda escolar, juntamente com o trabalho das Redes nos sistemas leiteiros.

Qual a sua função nas Redes?
A minha função nas Redes é de extensionista, onde atuo desde o ano de 2007. O Projeto Redes de Referências é aliado do trabalho de leite em Irati.

Qual a avaliação que você faz do trabalho da equipe?
A situação de trabalho em termos de pesquisa e extensão melhorou porque ambos promovem a contínua inovação das atividades dos pequenos produtores.

Quais os pontos positivos e negativos no trabalho cotidiano das Redes?
Dentro do Emater o trabalho é muito diversificado, não tendo um trabalho específico, atendemos vários programas de governo, o que dificulta o acompanhamento da contabilidade e a visita agendada. Por outro lado, a aproximação da família facilita e permite ao técnico conviver melhor com ela, entendendo seu dia-a-dia, o que aperfeiçoa o trabalho de obtenção de referências técnicas e econômicas.
Outra situação é que com o acompanhamento mensal das propriedades existe uma possibilidade de organizar e planejar melhor a atividades e os serviços de cada período, principalmente através dos acompanhamentos de receitas e despesas, do investimento a ser feito e do fluxo de caixa do empreendimento.

Em relação à região na qual você atua, houve algum progresso dos produtores?
Sim. Atualmente, o município conta com aproximadamente 300 produtores de leite e uma produção diária de quase 30.000 litros. Com este trabalho, conseguimos instalar nove unidades de referências, formando grupos de vizinhança e discutindo com eles a implantação de tecnologias.
Destas nove propriedades de referências, quatro são acompanhadas pelo CONTAGRI, que é um sistema de monitoramento contábil. Com isso, foi possível verificar o crescimento, assim como o incremento da atuação da pesquisa e da extensão na implantação de pastagens perenes.
Outro dado importante é que os custos de produção destas propriedades eram verificados apenas pelos gastos diretos, mas agora todos os dados são acompanhados, fato que permite identificar qual item dá mais despesa, por exemplo. O gerenciamento melhorou o processo de verificar onde investir, a porcentagem de animais em produção em relação ao rebanho, dentre outros detalhes.
As famílias podem verificar e discutir ao final de cada período junto com pesquisadores e extensionistas, podem identificar quais resultados conseguiram e ao final, avaliar o saldo das receitas e despesas. Também através do trabalho das Redes, os vizinhos conseguem ver e implantar em suas propriedades as tecnologias apropriadas da atividade.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Projeto Redes Oeste resgata produtores de leite

 
O pesquisador das Redes pelo Iapar, Luiz Moreira Coelho Junior, orientando o produtor Pedro Marin, do município de Missal
As Redes de Referências da região Oeste do estado voltam a acompanhar o trabalho de seis produtores de leite. De acordo com o pesquisador da Unidade Regional de Pesquisa Oeste (URP-Oeste) do Iapar, Luiz Moreira Coelho Junior, o Projeto estava em compasso de espera desde 2008. “A intenção, daqui para frente, é ampliar o número de estabelecimentos rurais atendidos pelas Redes”, acrescenta.
Já para José Luiz Bortoluzzi da Silva, especialista em pecuária leiteira que acompanha pequenos agricultores vinculados às Redes desde o ano de 2005, “o Projeto passou por um período de carência de extensionistas de Redes para o acompanhamento de propriedades, mas agora está se recompondo com o reforço da equipe do Iapar”. Bortoluzzi acrescenta que a sua principal função, no caso da bovinocultura de leite, que é a atividade predominante na região, consiste em orientar o pequeno produtor no planejamento forrageiro, no manejo do rebanho e na qualidade do leite.

Estatísticas
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar acompanham cerca de 250 produtores familiares e têm 35 sistemas de referências descritos em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Na região Oeste, além dessas seis propriedades leiteiras, a equipe acompanha 17 famílias das Redes Orgânicas, está iniciando trabalho nas Redes Integração Lavoura-Pecuária em parceria com a Coopavel e também existe a possibilidade de aproximação com o Frigorífico Diplomata.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
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Redes de Referências intensificam ações de validação no Norte Pioneiro


O pesquisador da Área de Melhoramento Vegetal do Iapar, Tumoru Sera, em visita à propriedade do produtor Eliseu Menin, de Carlópolis

Os pesquisadores do Iapar Dimas Soares Júnior e Tumoru Será, além do bolsista Henrique Navarro Fonseca, estiveram em cinco propriedades do Território Norte Pioneiro entre os dias 19 e 22 de setembro com o objetivo de planejar Unidades de Teste e Validação (UTVs) em implantação de lavouras cafeeiras na região. Dentre as famílias que receberam os profissionais do Instituto, estão a de Eliseu Menin (Carlópolis), José Avilar Rissa Filho (Ribeirão Claro), Orlando de Campos (Ibaiti), Orlando da Silva Pires (Japira) e Jeremias De Col (Pinhalão).
De acordo com Dimas Soares Júnior, as Redes de Referências buscam o apoio dos demais programas e áreas técnicas do Iapar para a instalação das UTVs. “Nós já trabalhávamos em sistemas leiteiros com manejo de pastagens e balanceamento e também com rotação de culturas em sistemas de grãos, mas a novidade agora é a implantação da validação em lavouras de café em parceria com o Programa Café e a Área de Melhoramento Vegetal do Iapar, que possui um trabalho forte de melhoramento de café”, complementa o pesquisador.
As UTVs implantadas nessas cinco propriedades receberão a supervisão do pesquisador da Área de Melhoramento Vegetal, Tumoru Sera, que disponibilizará sete diferentes cultivares de café visando a adequação climática e o escalonamento da colheita. Os profissionais já fizeram um primeiro contato com as famílias e um reconhecimento das áreas onde serão implantadas as Unidades. “A partir de agora, será feito um plano para a implantação das lavouras cafeeiras nas UTVs e dentro de algumas semanas, começaremos as ações para concretizar esse plano”, acrescenta Soares Júnior.
Já para Tumoru Sera, a parceria entre as Redes de Referências para a Agricultura Familiar e a Área de Melhoramento Vegetal do Iapar, que inclui o Programa Café, reveste-se de grande importância, uma vez que “os novos materiais com características superiores estarão cada vez mais disponíveis aos  pequenos produtores da região”, conclui o pesquisador.

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Redes de Referências promovem mais um Dia de Campo no Norte Pioneiro

120 agricultores participaram de Dia de Campo em São José da Boa Vista, na região do Norte Pioneiro do estado do Paraná
Mapa da propriedade da família Lima, que sediou o Dia de Campo no final do último mês

A família Lima, colaboradora das Redes de Referências há quase dois anos, abriu as porteiras da propriedade com o objetivo de disseminar práticas utilizadas no sistema de produção de leite em pasto, que levaram as 11 vacas Jersey-Holandesas em lactação a produzir cerca de 190 litros de leite por dia, com uma média diária de 17 litros por animal. Antes do acompanhamento das Redes, a família possuía 8 vacas que produziam 72 litros de leite, com uma média diária igual a 9 litros por animal.
De acordo com Jovanete José Lima, proprietário do sítio que sediou o Dia de Campo, o evento mostrou novas técnicas de manejo de solo para produção de leite em pasto e só foi realizado graças a uma parceira entre produtores e instituições. “A experiência que tivemos nas Redes de Referências é muito boa e a tendência dessa parceria com o Iapar e o Emater é que ela aumente os benefícios para nós, pequenos produtores”, comenta.
Já para o vice-prefeito de São José da Boa Vista, Wagner Mattos Cardoso, as culturas mais tradicionais da região (milho e feijão) dificultavam a obtenção de lucro constante por parte dos pequenos produtores e o leite foi a alternativa mais viável que eles encontraram. “Nós temos produtores aqui da região que começaram produzindo 10 litros de leite por dia, mas graças aos recursos do PRONAF, à pesquisa,  à assistência técnica e aos treinamentos, eles já aumentaram esse valor e passaram a ter uma renda mensal”, acrescenta.

Assistência
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar acompanham cerca de 250 produtores familiares e têm 35 sistemas de referências descritos em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Na região do Norte Pioneiro, a equipe desenvolve sistemas melhorados junto à 19 famílias desde o ano de 2009. Depois do acompanhamento das Redes, a família Lima, que é formada por Jovanete José Lima, Índia Estela Araújo Lima e João Alexandre Lima, também implantou o sistema silvipastoril em uma área equivalente a 1,47 hectares.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
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Integrantes do Programa de Sistemas de Produção do Iapar redefinem metas

Cerca de 30 pesquisadores do Iapar estiveram reunidos nos dias 31 de agosto e 01 de setembro para rediscutir o planejamento estratégico do Programa de Sistemas de Produção do Instituto

Integrantes do Programa de Sistemas de Produção (PSP) rediscutiram a orientação de trabalho em reunião realizada no começo deste mês. De acordo com o coordenador adjunto da Diretoria de Inovação Tecnológica (DIT) do Iapar, Marcos Valentin Ferreira Martins, o PSP surgiu em 1985 com a função de testar e validar tecnologias em nível de propriedade, com total integração entre os demais Programas do Instituto. “Na reunião, essa missão foi revisitada e serviu para discutir o que mais pode ser feito para melhorar o trabalho da equipe”, acrescenta.
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar fazem parte do PSP, sendo um dos principais projetos deste. Segundo o coordenador estadual das Redes pelo Iapar e também líder do Programa, Rafael Fuentes Llanillo, o Projeto ocupa um papel de destaque dentro do PSP porque busca validar sistemas de produção melhorados e oferecer alternativas econômicas mais viáveis para a melhoria da qualidade de vida dos produtores. “O objetivo agora é fazer um balanço de tudo o que já foi feito nas Redes e nos demais projetos e apresentar soluções que melhorem as deficiências”, conclui.

Objetivos estratégicos
Dentre os principais objetivos estratégicos traçados pela equipe do Programa de Sistemas de Produção, destacam-se: atualização da leitura sobre as características regionais da agropecuária paranaense, articulação com programas de pesquisa do Iapar, teste e validação de tecnologias junto aos produtores medindo impactos técnicos, sociais, econômicos e ambientais nos sistemas de produção, fornecimento de subsídios para a formulação de políticas públicas junto com os demais agentes e o desenvolvimento de metodologia com enfoque sistêmico.

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Redes de Referências ampliam número de Unidades de Teste e Validação (UTVs)

Pesquisadores das Redes em visita à propriedade da família Francelino, de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro

As Redes de Referências para a Agricultura Familiar pretendem aumentar o número de Unidades de Teste e Validação (UTVs)  implantadas em propriedades de colaboradores em diferentes regiões do estado do Paraná. A família Francelino, de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro, se prepara para a inclusão neste trabalho. De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, as atividades com os produtores do Norte Pioneiro começaram no ano de 2009 em ação apoiada pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).
Segundo Fuentes, os sistemas de produção trabalhados no Território estão baseados, essencialmente, nas culturas de café, grãos, morango, pecuária de leite e na olericultura. “Então, no decorrer de 2009, foram elaborados 21 planos de propriedades visando à melhoria desses sistemas de produção”, reforça. O pesquisador acrescenta que a implantação de uma UTV proporcionará um aperfeiçoamento técnico da família Francelino e dos demais produtores da região, uma vez que ela servirá de referência para os demais.
Com a inclusão da família, a equipe de validação de rotação de culturas de grãos passa a possuir cinco UTVs, localizadas nos municípios de Arapongas, Santa Mariana, Cafeara, Umuarama e Wenceslau Braz. “Já foi feita a escolha da área e as primeiras amostragens de solo, que são os passos iniciais da implantação de uma UTV", conta Fuentes. Por parte do Emater, existe uma boa expectativa em relação à melhoria dos sistemas de grãos na região. O extensionista Sidney Barros Monteiro revela que "algumas ações já estavam sendo levadas adiante na pecuária leiteira, no café e no morango, mas nos sistemas de grãos, a atuação é inédita junto à família do agricultor”.

A família Francelino
De acordo com o extensionista Luiz Carlos Pereira, a família é composta por Jabur Francelino, Benedita Francelino e Paula Gabriela da Silva. Em relação à produção de grãos, a família conta com aproximadamente 30 hectares, sendo uma sucessão contínua de soja no verão e aveia no inverno. "Temos muito trabalho daqui para frente porque pretendemos, juntamente com o produtor, desenvolver um sistema de rotação de culturas baseado no plantio direto com qualidade", conclui.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Integrantes das Redes apresentam metodologia para empresa Diplomata

Reunião entre a equipe das Redes e da Diplomata na última semana apresentou a metodologia do Projeto à empresa

Cerca de seis produtores de leite da Região Oeste do Paraná podem receber assistência da empresa Diplomata com base na metodologia do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar. Na última semana, funcionários da empresa participaram de uma reunião em Cascavel e visitaram a propriedade da família Valente, que fica na Região de Cantuquiriguaçu, para ter um primeiro contato com a metodologia do Projeto.
De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, o objetivo dessa parceria público-privada é a melhoria do atendimento aos produtores fornecedores da área de laticínios da Diplomata. “A nossa reunião teve o foco de capacitar um pouco os funcionários da empresa para que eles reproduzam as formas de elaboração de um plano de propriedade, que é o principal instrumento de melhoria dos sistemas de produção utilizado pelas Redes”, acrescenta.
Logo depois da reunião de apresentação da metodologia do Projeto, os funcionários da Diplomata, Valdir José Meinerz, Eduardo Grillo de Almeida, Gilvan Brizola e Julio Passamani, seguiram para a propriedade da família Valente, em Campo Bonito, na Região de Cantuquiriguaçu, acompanhados pelo coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, pelo pesquisador das Redes da Região Oeste, Luis Moreira Coelho Júnior, e pelo extensionsita do Emater vinculado ao Projeto, Valério Moro.
Segundo o superintendente do setor de laticínios da Diplomata, Paulo Maurício Bernardini Basto da Silva, a discussão dessa parceria já foi encaminhada para as diretorias de ambas as instituições. Bernardini acrescenta que uma futura reunião entre as Redes e a Diplomata vai discutir o perfil dos produtores que poderiam receber assistência após uma possível assinatura de contrato. “A nossa expectativa é de que essa parceria seja firmada porque todo mundo vai ganhar com isso, desde o pequeno produtor até o consumidor final”, conclui.

Redes de Referências
A metodologia de pesquisa e desenvolvimento (P&D) do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar foi adaptada a partir da experiência do Institut de l’Elevage, da França, e tem como principal objetivo difundir soluções para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares que fazem parte das Redes. Esses agricultores servem de referência técnica e econômica para um grande número de produtores por eles representados em termos de sistemas de produção.
Atualmente, o Projeto trabalha com cerca de 250 produtores familiares e tem 35 sistemas de referências descritos em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Na Região de Cantuquiriguaçu, a equipe das Redes atende cinco propriedades, incluindo a da família Valente. De acordo com Valério Moro, a família começou a ser assistida em 2006 e tinha 17 vacas em lactação que produziam apenas 70 litros de leite por dia. Agora, a família possui 20 vacas em lactação que chegam a produzir 515 litros de leite por dia. Diante desses dados, a renda do grupo passou de R$3.000,00 para R$13.000,00 ao mês em menos de cinco anos.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
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Propriedade das Redes “de porteiras abertas” para a difusão

Dia de Campo na propriedade da família Silva reuniu mais de 130 produtores da Região do Norte Pioneiro

A família Silva, colaboradora das Redes de Referências há quase dois anos, abriu as porteiras da propriedade com o objetivo de disseminar práticas utilizadas no sistema de produção de leite em pasto, que levaram as 40 vacas Jersey-Holandesas em lactação a produzir cerca de 850 litros de leite por dia, com uma média diária de 21 litros por animal.
De acordo com Maria Odete Silva, integrante da família que recebeu os produtores no Dia de Campo, o grupo começou a trabalhar com leite há 21 anos, mas o negócio não seguiu adiante. Depois disso, eles trabalharam em lavouras de feijão, fato que colocou em risco a saúde da família por conta do uso abusivo de agrotóxicos.
Mas foi há seis anos que o produtor catarinense Nivaldo Michetti levou à região técnicas adequadas de manejo que aumentariam a produtividade das vacas leiteiras, como o cocho trenó, o pastejo rotacionado e a adubação de cobertura. Tais novidades fizeram com que a família voltasse a trabalhar com leite. “No começo foi difícil, nós ficamos com medo de perder o sítio, mas pouco tempo depois, nós já sentimos os resultados. Hoje eu espero continuar crescendo e espero contribuir para que os outros também cresçam”, acrescenta Maria Odete.
Já para José Milton Silva, filho de Maria Odete, a entrada da família nas Redes, há dois anos, fez com que eles continuassem a fazer uso das práticas disseminadas por Nivaldo Michetti. “Se chega uma orientação, tudo o que eles me passam, eu vou atrás, é um prazer trabalhar com esse pessoal. Tenho uma gratidão imensa por tudo o que eles já fizeram para a gente”, comenta o produtor.

Dia de Campo
Nem mesmo a chuva impediu que produtores da região visitassem a propriedade da família Silva, em Santana do Itararé, durante o Dia de Campo, que aconteceu no último dia 30. O evento contou com três baterias explicativas distribuídas ao longo do sítio.
A primeira delas falava sobre as técnicas de manejo de solo utilizadas pela família. A médica veterinária Vanessa Miyakawa e alguns integrantes da COOQUALI, grupo informal de produtores da comunidade local, falaram sobre a importância de investimentos na alimentação e na sanidade das vacas para garantir uma boa produtividade de leite.
Já a segunda bateria, explicava os resultados alcançados pela família durante o acompanhamento das Redes de Referências. O coordenador mesorregional norte das Redes pelo Iapar, Dimas Soares Júnior, o bolsista Henrique Navarro Fonseca e o produtor José Milton Silva mostraram aos visitantes que, em pouco menos de dois anos, o grupo apresentou uma evolução considerável na própria qualidade de vida.
Na última bateria, produtores da COOQUALI defenderam a importância da organização para a sobrevivência no campo. O grupo se formou em outubro de 2004 com o objetivo de conciliar rentabilidade e conservação ambiental. Atualmente, conta com quase 30 participantes que produzem mais de 12.000 litros de leite por dia, escoando parte da produção para a Cooperativa Agropecuária Castrolanda.
De acordo com o extensionista do Emater e o idealizador do Dia de Campo, Eugênio Pedroso, o evento mostrou os bons resultados alcançados pela família no sistema de produção de leite. “É possível realizar, em áreas pequenas e em um tempo razoavelmente curto, uma excelente evolução da qualidade de vida dos agricultores”, comenta o técnico.
Já para a jovem produtora de Santana do Itararé, Adriana Raquel de Oliveira, o Dia de Campo proporcionou uma troca de conhecimento entre produtores. Ela também afirma que as famílias da região só têm a ganhar com a aplicação de práticas conservacionistas. “Por conta disso, eu estou tendo uma oportunidade de crescer aqui, não penso em ir embora nem em ficar longe dos meus pais”, conclui.

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Propriedades das Redes de Referências recebem visita de técnicos africanos

Os 25 técnicos africanos que visitaram o estado do Paraná no último mês pertencem aos seguintes países: Ghana, Tanzânia, Quênia, Zâmbia, Moçambique, Malawi, Mali, Mauritânia e Lesotho
Técnicos africanos responsáveis por projetos de manejo integrado de solos vieram ao Paraná com o objetivo de participar de um workshop, promovido pela Fundação La Guardia e pela Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP). O evento, que aconteceu entre os dias 09 e 16 de julho, contou com apresentações de projetos executados no continente africano e com visitas técnicas em três regiões do estado.
No Centro-Sul, cujo foco foi a cidade de Irati, os técnicos africanos entraram em contato com duas famílias vinculadas às Redes de Referências. Elas fazem uso do sistema de tração animal em suas propriedades. Tais agricultores utilizam esse sistema desde o ano de 1993 por conta da iniciativa do Iapar, do Emater e da FEBRAPDP.
Ainda em Irati, a extensionista do Emater, Lutécia Beatriz Canalli, explicou que a integração de instituições, como a Federação de Plantio Direto, o Iapar, o Emater, as pequenas empresas de máquinas e de crédito rural foi a mola propulsora da adoção do sistema de plantio direto em pequenas propriedades sob uma escala que impactou toda a região Centro-Sul do Paraná naquela época e assim permanece até hoje.
Já no Sudoeste, cujos focos foram as cidades de Pato Branco e de Coronel Vivida, os africanos também conheceram produtores que fazem uso de práticas inerentes ao sistema de plantio direto. Mas o destaque da visita foi o incentivo, por parte da prefeitura desses municípios, na diversificação da produção e na agregação de valor através das agroindústrias.
Na Região Oeste, foram visitados diversos empreendimentos rurais nos municípios de Santa Helena e de Missal. Nesses locais, os africanos conheceram as diferentes formas de comercialização e de agroindústrias. O pleno funcionamento desses setores só é possível graças à integração entre instituições, como já mencionado por Lutécia. Um exemplo disso é o Centro Municipal de Desenvolvimento Tecnológico de Santa Helena (CAP), uma vez que ele é mantido pela prefeitura da cidade, pelo Iapar e pela Itaipu Binacional.

Difusão de técnicas
No final do workshop, os técnicos se reuniram na cidade de Foz do Iguaçu, onde discutiram, junto aos cinco orientadores da visita, formas de agregar o conhecimento que adquiriram aqui no Brasil à realidade do continente africano. De acordo com Ademir Calegari, líder do Programa de Manejo de Solos e Água do Iapar, especialista das Redes e um dos monitores do grupo, "o destaque da visita foi a Estação Experimental do Instituto, em Pato Branco, onde eles conheceram o experimento mais antigo de plantio direto do estado do Paraná. O grupo ficou impressionado em ver os resultados alcançados pela adoção do sistema em longo prazo”, conta.
Já para Rafael Fuentes Llanillo, coordenador estadual das Redes pelo Iapar e outro responsável pela recepção do grupo, as principais lições que os técnicos extraíram da visita correspondem à possibilidade de implantação de um sistema de plantio direto em pequena escala, à elevada agregação de valor decorrente das agroindústrias e às diversas formas de comercialização existentes nas propriedades familiares.
Segundo Magalhães Miguel, pesquisador de Moçambique, o grupo teve a oportunidade de conhecer técnicas de plantio direto na palha, disseminadas graças ao trabalho integrado entre os produtores, a pesquisa, a extensão e o poder público. “A avaliação que eu faço é positiva, pretendo levar essa ideia de integração entre instituições ao meu país de origem”, acrescenta Miguel.
O que mais chamou a atenção de Phillis Mwansa, extensionista da Zâmbia, foi a qualidade dos equipamentos usados na agricultura de pequena escala. Phillis também se impressionou com a diversidade de espécies de plantas para cobertura vegetal. “Pretendo adaptar esses implementos agrícolas à realidade do meu país para intensificar a aplicação de práticas de conservação do solo”, conclui a técnica.

Plantio direto
As primeiras experiências com o sistema de plantio direto no Brasil foram realizadas pelo produtor Herbert Bartz, em Rolândia (PR), no ano de 1972. As experiências com pequenos produtores da Região Centro-Sul começaram nos anos de 1980, mas foi na década seguinte que essas práticas se tornaram populares, graças ao incentivo do Iapar, da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP) e também de empresas privadas.
De acordo com Ademir Calegari, mais de 85% da área de grãos do estado está inserida no sistema de plantio direto, o que equivale a aproximadamente 4,8 milhões de hectares. Diante desses dados, o Paraná lidera o ranking brasileiro de produção sustentável. “A previsão para os próximos anos é de que esse número ainda sofra incremento por conta da diversidade de benefícios decorrentes dessa técnica de plantio sustentável”, conclui o pesquisador.

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Projeto Redes negocia parceria com a empresa Diplomata

Diretoria da empresa Diplomata e integrantes do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar podem firmar convênio para o acompanhamento de propriedades leiteiras da Região Oeste do Paraná

Cerca de seis produtores de leite da Região Oeste do Paraná podem ser vinculados ao Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar dentro de pouco tempo. O convênio deve ser firmado com a Diplomata. De acordo com o pesquisador da Unidade Regional de Pesquisa Oeste (URP-Oeste) do Iapar, Luiz Moreira Coelho Junior, o Projeto Redes Oeste se encontra em fase de definição de sistemas e de propriedades e, por isso, seria o momento adequado de estabelecer uma parceria. “Esse convênio pode gerar referências em sistemas melhorados de leite na região”, acrescenta.
Segundo Coelho Junior, primeiro é necessário um estreitamento entre as diretorias do Iapar e da Diplomata para a oficialização de um convenio de cooperação. A partir daí, serão deflagrados o diagnóstico e o planejamento de cada propriedade, o que corresponde ao principal instrumento de condução do trabalho. A Diplomata seria a responsável pelo acompanhamento desses produtores e receberia supervisão técnica e metodológica do Projeto Redes Oeste.
A principal motivação da empresa é que o acompanhamento dos estabelecimentos rurais poderá proporcionar melhorias na gestão, redução nos custos de produção e aumento da rentabilidade dessas famílias em um período de tempo de médio prazo, garantindo sustentabilidade na oferta de leite em todas as épocas do ano. “A parceria do Iapar garantiria fundamento técnico e capacitação do pessoal da Diplomata, ao mesmo tempo, fortaleceria a representatividade das Redes de Referências no Oeste do Paraná, onde os sistemas leiteiros vêm sendo trabalhados pelo Emater e pelo Iapar”, conclui o pesquisador.

A empresa Diplomata
A empresa Diplomata Industrial e Comercial está sediada na cidade de Cascavel (PR) e possui filiais em outros cinco estados, dentre eles: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ela trabalha com produção e exportação de aves, suínos, além de produtos derivados do leite, por isso o interesse nas propriedades vinculadas às Redes da Região Oeste do estado.
De acordo com o superintendente do setor de laticínios da empresa, Paulo Maurício Bernardini Basto da Silva, a Diplomata realiza parcerias público-privadas desde o ano de 2006. Segundo ele, o principal objetivo dessa iniciativa é orientar os produtores para que eles aumentem a qualidade da matéria-prima e, consequentemente, do produto que chega até o consumidor final. “Com isso, todo mundo ganha, desde o pequeno produtor até o consumidor final”, conclui o superintendente.


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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Proposta de reestruturação do CPRA visa implantar Redes de Referências em todo o estado do Paraná


Sede do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), em Pinhais, região metropolitana de Curitiba

O Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) foi criado em 2005 com o objetivo de difundir, capacitar e validar a agroecologia no estado do Paraná. Ele é composto por 28 funcionários emprestados de outras instituições, como o Iapar e o Emater, além de 19 estagiários. Dentre as ações promovidas pelo Centro, destacam-se os Dias de Campo e as oficinas, ambos decorrentes de parcerias com outros órgãos de pesquisa.
Diante desse cenário, a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB) requisitou uma proposta de reestruturação à diretoria do CPRA para avaliar a continuidade dos trabalhos da instituição. De acordo com o diretor-adjunto do Centro, Márcio Miranda, essa proposta foi apresentada em uma reunião interna na sede do órgão, localizada na cidade de Pinhais, ainda neste mês, e logo depois, foi encaminhada para a SEAB.
Dentre os principais itens da proposta de reestruturação, destacam-se a necessidade de um quadro próprio e mais amplo de funcionários, além da criação de uma área de articulação e informação por meio de um site que disponibilize dados de todos os projetos promovidos pela instituição. O diretor-adjunto do órgão acrescenta que o item de maior importância é a criação de Redes de Referências em Agroecologia, uma vez que o CPRA precisa de uma articulação mais ampla em todo o estado.
Miranda também afirma que a expectativa dos colaboradores da instituição é de que a SEAB aprove essa proposta de reestruturação. “Com isso, o CPRA vai se transformar em um Centro que possa cumprir efetivamente a sua missão, que é a de promover a agroecologia em todo o estado do Paraná”, conclui. A Secretaria de Agricultura já está analisando a documentação encaminhada pelo órgão e até o final desta semana pode emitir um parecer sobre o assunto.


Crédito de imagem: Site/CPRA
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