segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos é lançado em Londrina

O Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos é lançado em Londrina, lançado no dia 10, em Londrina, vai certificar gratuitamente 300 propriedades do Paraná que cultivam produtos orgânicos. A solenidade, realizada na Universidade Estadual de Londrina (UEL), contou com a presença da secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, do diretor-presidente do Tecpar, Aldair Rizzi, e de aproximadamente 100 pequenos e médios produtores de orgânicos.

O programa é financiado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) por meio das universidades estaduais do Paraná e do Fundo de Ciência e Tecnologia e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
Segundo a secretária Lygia, o programa vai ajudar os pequenos e médios agricultores a comercializar e valorizar seus produtos. “O programa será levado para todo o Estado, disponibilizando aos produtores um serviço que jamais foi oferecido gratuitamente”.
Aldair Rizzi agradeceu a secretária por implantar o programa e, principalmente, pela parceria com as universidades. “Iniciativas como essa representam o desenvolvimento do Paraná e a política que o governo do Estado está desenvolvendo em benefício da população. Com a certificação, os agricultores vão ter mais sustentabilidade e dar credibilidade aos seus produtos”, afirmou.
O Tecpar treinou diversas pessoas graduadas nos cursos de agronomia, engenharia de alimentos, engenharia ambiental, biologia e medicina veterinária para formar o núcleo de orgânicos, que será responsável por fazer a avaliação nas propriedades levando em consideração o que deve ser modificado de acordo com as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e repassá-las ao Tecpar.
O secretário da Agricultura de Londrina, Gervásio Vieira, ressaltou que “é fundamental para o Estado a interação da Secretaria da Ciência e Tecnologia com as universidades estaduais e o Tecpar. “Conheço o Tecpar e sei do potencial que tem. É o maior e mais consagrado instituto de pesquisa do país, e talvez, da América Latina”, afirmou.
Também participaram da solenidade de lançamento do programa a coordenadora do projeto no Estado do Paraná e gerente da Divisão de Certificação do Tecpar, Tânia Carvalho, e o coordenador do programa em Londrina, Maurício Cursi.
Fonte: Agência de Notícias Estado do Paraná

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Seminário sobre legislação ambiental para a agricultura familiar acontece quinta (3)

Em um cenário rural que promete mudanças, seguindo as novas diretrizes da Legislação Ambiental, o IAPAR e o Instituto Emater promovem, na próxima quinta-feira (3), no Centro Regional de Eventos do município de Pato Branco, sudoeste do Paraná, o “Seminário técnico: Legislação Ambiental – Benefícios, obrigações e oportunidades para a agricultura familiar”.
Durante todo o dia, cerca de 400 convidados, entre agricultores familiares, técnicos, universitários, estudantes de colégios agrícolas e interessados no assunto, poderão adquirir informações concretas sobre a Legislação Ambiental nessa área, que está gerando muita discussão devido à proximidade da alteração na lei ambiental. “Como o conhecimento dos produtores não é amplo no assunto, quando se reúnem para discutir a Legislação Ambiental o clima é, em grande parte, contestatório e reivindicativo. O caráter negativo deixa a impressão de que ela só existe para impor dificuldades aos agricultores. Por isso, queremos mostrar as vantagens e oportunidades que a lei oferece”, relata Márcio Miranda, gerente do projeto do Programa Sistemas de Produção do IAPAR intitulado “Pesquisa e desenvolvimento dos sistemas de produção familiar da região sudoeste do Paraná”, apoiado financeiramente pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.Esse projeto, no qual o seminário compõe uma das atividades, também contou com um estudo feito a partir de um levantamento de campo, que analisou a repercussão da implantação da legislação rural em alguns sistemas de produção familiares. “A inspiração para formulação do projeto foi em 2004, pelas Redes de Referências para a Agricultura Familiar”, explica Miranda, que também é articulador mesorregional das Redes no estado. Na primeira atividade do seminário, ele irá apresentar os resultados do estudo, utilizando como parâmetro de análise o levantamento realizado e as referências obtidas pelas Redes. Logo em seguida, haverá dois painéis. O primeiro com o tema “Legislação Ambiental: benefícios e obrigações”, que abordará a importância da Área de Preservação Permanente (APP) e da Reserva Legal, em palestra ministrada pelo professor Maurício Romero Gorenstein, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – campus Dois Vizinhos. Ainda o técnico do Instituto Ambiental do Paraná Celso Alves de Araújo fará a apresentação da legislação com destaque para as particularidades da agricultura familiar.No segundo painel: “Oportunidades para o agricultor”, serão apresentados o uso da Reserva Legal, pelo componente da “Câmara técnica de metodologias para a recuperação da Reserva Legal”, técnico da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Erich Schaitza, e o “Pagamento de serviços ambientais”, pelo técnico do Ministério do Meio Ambiente Luiz Oliveira. Fechando o seminário, haverá o lançamento da cartilha “Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal: o que dizem as leis para a agricultura familiar?”, contendo os principais aspectos do código, voltado fundamentalmente para os produtores familiares.
Serviço: "Seminário técnico: Legislação Ambiental - Benefícios, obrigações e oportunidades para a agricultura familiar"
Dia: 3 de dezembro de 2009 (quinta-feira)
Local: Centro Regional de Eventos de Pato Branco
Horário: das 8h às 17h
Informações: 46 3213-1140 (IAPAR)/ 46 3220-5900 (EMATER)
Equipe Comunicação Redes de Referências para Agricultura Familiar

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Equipe das Redes Agroecológicas do Vale do Ivaí participa do VI Congresso Brasileiro de Agroecologia

Os bolsistas e o coordenador das Redes Agroecológicas do Vale do Ivaí Paulo Henrique Lizarelli, participaram do VI Congresso Brasileiro e II Congresso Latino Americano de Agroecologia, realizado entre os dias 9 e 12 novembro, na Universidade Positivo em Curitiba.

Esse ano com o tema principal “Agricultura Familiar e Camponesa: Experiências passadas e presentes construindo um futuro sustentável”, o congresso reuniu aproximadamente 4 mil pessoas. Também contou com a presença do Governador Roberto Requião, dos Secretários do Meio Ambiente e da da Agricultura Rasca Rodrigues e Valter Bianchini, além dos Presidentes da Associação Brasileira e Latino-Americana de Agroecologia (Socla) Francisco Caporal e Miguel Altieri.
A agricultura familiar camponesa para uma sociedade ambiental; comercialização de produtos orgânicos; olericultura orgânica; pragas, doenças e integração lavoura-pecuária e risco de agrotóxicos na agroecologia foram pautas de alguns painéis, palestras, seminários, conferências e oficinas que o público teve acesso.
A bolsista Juliana Baptistella contou que “através dos resultados dos trabalhos apresentados, podemos perceber a evolução da agroecologia que era pouca divulgada.”
Já a bolsista Gisely Gomes destacou a visita de campo no Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, onde observaram vários experimentos, técnicas de manejo e conservação do solo. “Todas as informações que recebemos, tanto no congresso como na visita de campo, vamos poder utilizá-las no nosso projeto”, ressaltou.
Resultados parciais
As Redes Agroecológicas do Vale do Ivaí apresentaram através de pôster no II Encontro de Avaliação de Projetos da Seti, no dia 6 de novembro na Universidade Estadual de Londrina, os resultados parciais do projeto.
Segundo Lizarelli, foram entrevistadas 128 famílias em 18 municípios e detectou-se 76 famílias de produção orgânica consolidada. A partir daí, classificaram as principais atividades e selecionaram para acompanhamento 22 propriedades que integram os três principais sistemas: Fruticultura Orgânica, Grãos e Cereais Orgânicos e Olericultura Orgânica.
Além disso, os participantes do encontro tiveram oportunidade de uma palestra sobre “Sociedade e Conhecimento”, ministrada pela Secretária de Estado da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior Lygia Pupatto.
As Redes Orgânicas do Vale do Ivaí têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Ana Carolina Oldemburgo
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Reunião das Redes de Referências apresenta os próximos passos dos projetos

Na última segunda-feira (16), bolsistas e coordenadores das Redes de Referências para Agricultura Familiar, do Iapar e Emater, do Vale do Ivaí, Assentamentos Rurais de Tamarana e Ortigueira e Território Norte Pioneiro estiveram reunidos para discutir os próximos passos a serem tomados depois dos resultados dos diagnósticos.

No período da manhã, os bolsistas apresentaram a situação atual dos projetos que se encontram na etapa de diagnóstico. Ao finalizar essa etapa, os bolsistas farão o tratamento dos dados, os quais embasarão o planejamento das propriedades. Segundo o coordenador estadual das Redes, Rafael Fuentes Llanillo, durante o planejamento das propriedades, deve-se considerar principalmente os objetivos de cada família, pois são as perspectivas de vida daquelas pessoas que serão consideradas nos planos das propriedades.
Já à tarde, o coordenador mesorregional da região norte das Redes, Dimas Soares Junior, mostrou aos participantes como irá funcionar o acompanhamento nas propriedades. Durante esse período, os produtores integrantes das Redes receberão um kit, contendo um fichário, uma pasta e três cadernos dentro de uma bolsa personalizada. “Os materiais desses kits, permitem com que acompanhemostodas as atividades do produtor, os gastos com insumos e a receita com a produção. Também aquelas famílias que tiveram um resultado melhor nas suas propriedades, servirão de exemplos para outros produtores e receberão um caderno de visitas, pois o seu trabalho deve ser valorizado e registrado”, ressaltou Soares Junior.
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Ana Carolina Oldemburgo
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras/ Seti/ IAPAR

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ministério da Agricultura cria selo único para produtos orgânicos

O Ministério da Agricultura instituiu o selo único oficial para os produtos orgânicos. O selo só pode ser usado nos orgânicos produzidos em unidades credenciadas pelo ministério. A instrução normativa foi publicada no Diário Oficial da União no dia 6.

A exceção da obrigatoriedade de certificação dos orgânicos vale para os produtos da agricultura familiar, que podem ser vendidos diretamente aos consumidores, desde que os agricultores estejam vinculados a uma organização de controle social (OCS).
O selo de certificação serve para dar ao consumidor a certeza de estar levando para casa um produto sem contaminação química. Os orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas, o que os torna mais saudáveis.
A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservando a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo. O agricultor orgânico se preocupa com a preservação do meio ambiente e não cultiva produtos transgênicos porque não quer arriscar a diversidade de variedades existentes na natureza.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o selo só é conferido após rigorosos exames de controle de qualidade de solo, da água e reciclagem de matéria orgânica.

Agência Brasil

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cooperativas familiares terão acesso ao Pronaf Agroindústria

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, na semana passada, ajustes no enquadramento das cooperativas e produtores cooperados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A medida será benéfica no Paraná, Estado que tem um cooperativismo forte, porque permite ampliar o número de agricultores vinculados a cooperativas de produção que podem ser atendidos com crédito do Pronaf, explicou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini.
A resolução permite que cooperativas ou associações de produtores que tenham no mínimo 70% de participantes como agricultores familiares possam ser enquadradas como beneficiárias do crédito estabelecido para o Pronaf Agroindústria. E ainda que cooperativas ou associações que tenham no mínimo 55% da produção beneficiada ou processada seja oriunda de associados ou cooperados enquadrados no Pronaf possam ser beneficiárias da mesma linha de crédito.
Bianchini lembrou que essa resolução foi encaminhada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para voto no CMN a pedido da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. O secretário defende a participação das cooperativas no Pronaf, medida que vai auxiliar a Secretaria a implementar os programas de diversificação nas propriedades da agricultura familiar.
“Esse ajuste vai alavancar ainda mais os investimentos estratégicos em programas da Secretaria como Trator Solidário, fortalecimento da cadeia do leite, irrigação e diversificação da produção e agregação de valor por meio da agroindústria”, justificou.
Em reunião realizada na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) em abril deste ano, na presença do secretário nacional da Agricultura Familiar, Adoniram Sanches Peraci, o presidente do órgão, João Paulo Koslovski, defendeu a inclusão dos cooperados, a maioria agricultores familiares, ao crédito do Pronaf, medida que irá impulsionar os investimentos em agregação de valor e na agroindústria.
Segundo Bianchini, a Secretaria da Agricultura tem parceiros tanto na Unicafes (União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária) e Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), cujas cooperativas vinculadas poderão ser beneficiadas por linhas de crédito com juros subsidiados que podem variar de 1% a 2% ao ano. “Com os ajustes será possível ao Paraná avançar ainda mais na política de diversificação da produção”, disse o secretário.
Essas cooperativas a serem enquadradas também terão acesso a capital de giro, conforme previsto pelo Pronaf, e participação no de Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e da merenda escolar. Recentemente, decreto do presidente da República determinou que pelo menos 30% das compras destinadas à merenda escolar sejam compostas por produtos oriundos da Agricultura Familiar.
Fonte: Agência de Notícias Estado do Paraná

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Porque as arvores caem na cidade e no campo não?


O fenômeno acontece em todas as cidades. Bastou um vento um pouco mais forte e vemos árvores caindo sobre carros, fechando ruas, derrubando postes. O efeito nas pessoas destes acontecimentos, presenciados ou apenas na forma de notícia, é o surgimento de um temor cego às árvores, principalmente as grandes, que são vistas como ameaças iminentes de acidentes.
Isso nas cidades. Já no campo, ao contrário, as pessoas se valem das árvores para proteger seus lares contra o vento e o sol forte. Segundo Evandro Firmino, da Vigilância Sanitária de Apucarana-PR “nas fazendas sempre se plantaram grandes árvores ao lado das casas, são como guardiãs que amenizam o vento frio do inverno e o calor do verão. Árvore só cai no campo quando está velha e seca”.
Para descobrir o porquê dessa fragilidade da árvore urbana que o site entrevista o colaborador da ONG TudoVerde, José Carlos Vieira de Almeida.
O pesquisador aponta sem pestanejar a alta impermeabilização da cidade como causa principal da queda de árvores urbanas, e sugere a adoção imediata de calçadas ecológicas nas cidades.




S – O senhor pode nos explicar porque as árvores na cidade caem com tanta facilidade?
V - Primeiro tenho que contar como funciona a fisiologia dos vegetais. Qualquer planta é dividida em duas partes: a parte aérea e a radicular. No caso das árvores, a relação de peso entre estas partes é de um por um.
S – Quer dizer que existem duas árvores?
V – Sim! Pra baixo há outra árvore. E, às vezes, a árvore subterrânea é maior que a árvore aérea. Mas ninguém imagina isso porque não vê a parte de baixo. Todo mundo acha que a raiz é pequena porque quando se arranca vê-se apenas uns 10% dela. A raiz de uma árvore não está apenas sob o tronco, mas atinge uma grande área, muito além da copa.
S – Isso por acaso é para equilibrar a árvore, como os barcos que usam peso no fundo do casco para evitar que virem?
V – Exato. A natureza é muito sábia.
S – A primeira vista causa mesmo estranhamento uma estrutura tão grande apoiada apenas sobre um pilar!
V – Por isso fixar a planta é uma função da raiz. Mas a função vital é absorver água e nutrientes do solo. Essas substâncias são enviadas para as folhas, na parte aérea, onde se transformam no alimento da planta.
S – A famosa fotossíntese...
V – Isso acontece nas folhas, elas usam a luz solar e o gás carbônico (CO2) da atmosfera, somado aos nutrientes e principalmente a água que vêm das raízes para produzir glicose e oxigênio. Todo o oxigênio que existe no planeta apareceu livre por causa da fotossíntese das plantas.
S – O que permitiu surgirem os animais?
V – Os animais não têm capacidade de criar o próprio alimento, por isso são eternos dependentes das plantas. E, na verdade, elas estão preparadas e se aproveitam dessa dependência. Os frutos carnosos, com sementes dentro, são prova de como as plantas alimentam os animais em troca da dispersão de suas sementes, por exemplo.
Voltando ao ponto onde parei. A planta faz fotossíntese para gerar glicose, energia, e manter-se viva. A raiz, por estar no escuro, não faz fotossíntese, e, portanto, ela tem que se alimentar da parte aérea. A glicose das folhas é transformada em sacarose e enviada para as raízes se manterem e crescerem. As raízes usam o oxigênio do solo para queimar a sacarose através da respiração para manter seu sistema energético e liberando CO2 para o solo.
S – Mas então as raízes respiram?
Sim, essa é uma confusão comum. A planta faz a fotossíntese na sua parte aérea, que é a fixação de carbono e a liberação de oxigênio, ao mesmo tempo em que respira, liberando CO2 tanto pelas folhas como pelas raízes. Mas a taxa de fotossíntese é muito maior que a taxa de respiração, então se fixa mais carbono que se libera, e isso faz a planta crescer.
Com o aquecimento global fica evidente que temos que tirar CO2 da atmosfera. Essa é a razão das árvores serem importantes, principalmente nas cidades, onde geramos muito gás carbônico.
S – E como as raízes conseguem respirar debaixo da terra?
Quando as raízes respiram para queimar a sacarose e produzir energia, elas, idênticas a nós, retiram oxigênio e liberam CO2. Como o oxigênio chega à raiz? O solo ideal é poroso, comumente constituído de 50% de minerais e 50% de espaço poroso. Esse espaço é metade água e metade ar. E é esse ar que a planta usa para respirar e continuar viva debaixo da terra. Como o CO2 é pesado ele fica no solo. Para tirar esse CO2 é necessária a entrada de água, que expulsa o CO2, e, depois que a água infiltra, o solo se enche de novo de ar, com 21% de puro oxigênio novo.
S – E se não houver a renovação do ar no solo?
Simplesmente a raízes vão morrendo. Quando o oxigênio some a raiz pára de respirar, de funcionar, e ela morre. Primeiro as raízes mais finas, o que faz a árvore engrossas suas raízes superficiais. Depois ela engrossa a base do tronco, mas continua a perder massa radicular até todo sistema morrer. Enquanto houver um fiapo de raiz ela continua viva, mas o primeiro ventinho mais forte que der, ela cai.
Mas como haverá troca do ar do solo na cidade se está tudo impermeabilizado pelas calçadas, concreto, cimento e asfalto? Existe no máximo uma pequena passagem do tronco, e olha lá!
S – Qual a solução para as árvores não caírem mais?
V – A área permeável, canteiros, em torno das árvores é tão essencial para elas como é o ar para nós. A melhor solução para evitar a queda de árvore são canteiros extensos, as calçadas ecológicas, e de preferência com cobertura de gramados ou forrageiras, isto para evitar a compactação do solo.
S – Cada vez mais prefeituras têm dados descontos no IPTU para imóveis com árvores e calçadas ecológicas.
V – É uma forma inteligente de proteger a arborização e a cidade.
Dr. José Carlos Vieira de Almeida - Eng. Agrônomo
Universidade Estadual de Londrina

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Bolsistas das Redes participaram do 3° Encontro de Ciência e Tecnologia do Paraná


Os bolsistas das Redes de Referências para Agricultura Familiar Ana Carolina Oldemburgo, Julia Viana Rubeiro e Yuri Lazarini participaram do 3° Encontro de Ciência e Tecnologia do Paraná com o tema “Ano da França no Brasil”, realizado de 7 a 9 de outubro, no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, no município de Maringá.

O congresso reuniu aproximadamente três mil pessoas e contou com participação do Governador do Estado do Paraná Roberto Requião, a Secretária Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Lygia Pupatto, o Ministro de Ciência e Tecnologia Sergio Resende, o Ministro de Assuntos Estratatégicos Daniel Barcelos Vargas, o Vice-presidente do ensino superior da Região de Rhône Alpes na França Roger Fougéres entre outras autoridades.
Os participantes tiveram acesso a conferências, debates, rodada de negócios, feira de produtos, exposição de projetos, palestras de diversos temas como economia do conhecimento, energias renováveis para o desenvolvimento sustentável do Paraná, o Plano de Desenvolvimento Educacional e o apoio às Licenciaturas, além do jornalismo científico.
Segundo o bolsista das Redes, Yuri Lazarini, o congresso trouxe a oportunidade dos bolsistas conhecerem os projetos desenvolvidos em todo o estado. “Nós trocamos e buscamos informações que acrescentaram tanto para o próprio projeto quanto para a carreira profissional. As palestras e os paineis que colocaram temas atuais em debates também foram bem interessantes”, disse.
Além disso, Lygia Pupatto relatou a importância de manter um laço entre mundo econômico societário com as forças universitárias e cientificas nos projetos da Seti desenvolvidos para a agricultura familiar. “Como em qualquer outro setor, a lógica é a mesma: contribuir com o desenvolvimento econômico sustentando o movimento do estado. Queremos transferir conhecimento e aumentar a riqueza na agricultura familiar utilizando as características do estado”, ressaltou.
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Assessoria de Comunicação das Redes
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Blog das Redes estreia Podcast

A partir desta quinta-feira, 1º de outubro, as Redes de Referências para Agricultura Familiar estreiam um Podcast em seu blog. Todas as notícias sobre o trabalho das Redes ficaram disponíveis em áudio através do ipod abaixo. Entrevistas, depoimentos e informações passadas diretamento a todos os visistantes. Ao lado, clique na sessão PODCAST e ouça mais informações sem ser necessário o download do arquivo!

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Bolsista das Redes conquista terceiro lugar em 7 ª gincana do Congresso Brasileiro de Economia



A bolsista das Redes de Referências para Agricultura Familiar e estudante do 5º ano do curso de Economia da UEL Juliana Carolina Frigo Baptistella e a estudante Renata de Souza Carvalho (também do 5º ano de economia da UEL e ex-bolsista das Redes) ficaram em terceiro lugar na 7ª Gincana Brasileira de Economia. Promovida pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo, a gincana fez parte do XVIII Congresso Brasileiro de Economia que se realizou entre 16 e 18 de setembro, em São Paulo e reuniu diversos especialistas e personalidades da área.

O objetivo da gincana é proporcionar integração entre estudantes de faculdades de Economia de todo o país e estreitar o relacionamento entre o CORECON-SP e as faculdades. A competição se dá por meio do software “Brincando de Ministro: o jogo da economia brasileira”, um jogo virtual de cartas criado pelo economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Sandroni, como ferramenta para aprimorar o aprendizado dos alunos por meio da interação. O jogo consiste na disputa por soluções de problemas econômicos entre duas equipes por partida, em que o adversário lança na tela do concorrente, situações a serem dominadas como: "aumento da taxa de juros", "inflação", "valorização da moeda", entre outros.
O 1º lugar da gingana ficou com a Universidade Federal da Bahia, o 2º lugar com a Unesp de Araraquara e o 3º lugar com a UEL. Além de medalhas e troféus os integrantes das duplas vencedoras receberam os seguintes prêmios: 1º lugar: R$1.500,00 (R$3.000,00 a dupla); 2º lugar: R$1.000,00 (R$2.000,00 a dupla); 3º lugar: R$500,00 (R$ 1.000,00 a dupla).
As participantes da UEL salientaram que o resultado pode ser considerado muito satisfatório, pois, segundo elas, a maioria dos adversários já haviam disputado a gincana e tinham experiência com o jogo.
Fonte: Agência UEL (editado)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Paraná coloca orgânicos à disposição dos países do Mercosul

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, disse nesta quarta-feira (16) durante palestra no I Encomex-Mercosul, em Foz do Iguaçu, que uma das prioridades do Governo do Paraná é colocar a disposição dos demais países do bloco econômico toda a tecnologia adquirida ao longo dos anos na produção de produtos orgânicos.

Segundo ele, a agricultura orgânica é encarada com muita seriedade pelo governo do Estado, que tem feito investimentos em pesquisa e na abertura de mercado, através principalmente da Feira do Produtor. “Nossa palestra girou em torno das linhas de crédito que o Paraná tem do Pronaf – Programa Nacional da Agricultura Familiar, para investir nas propriedades que produzem orgânicos, e do apoio que é dado à pesquisa do Iapar, do Centro Paranaense de Agroecologia e Emater. Tudo isto está sendo colocado a disposição dos países do Mercosul”, reforçou.
Bianchini revelou que o resultado deste apoio que o governo vem dando a agricultura orgânica fez do Paraná o segundo maior produtor do país, com cerca de 100 mil toneladas e mais de 5 mil produtores envolvidos. “Vale destacar ainda que temos um leque enorme de produtos, desde hortifrutigranjeiros até linhas como café, soja e derivados, onde há um interesse complementar no Mercosul”.
Para o secretário, o Paraná tem interesse na importação de alguns produtos, como os derivados de oliva, que não são encontrados no Estado. “Mas por outro lado, existe o interesse do Paraná em exportar seus principais produtos orgânicos. Portanto, acredito que o maior objetivo do Encomex é justamente incrementar o comércio entre os países produtores do bloco econômico. Agora, é preciso apresentar uma maior diversidade de produtos para os consumidores”.
Além do secretário Valter Bianchini, as palestras sobre produtos orgânicos foram feitas por João José Passini, gestor do Projeto Regional de Agricultura Orgânica da Itaipu Binacional, e Ming Liu, gerente do Projeto Organics Brasil da Apex-Brasil.
Fonte: Agência Estadual de Notícias

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Secretários querem fortalecer agricultura familiar

Os quatro governadores do Codesul, reunidos na cidade gaúcha de Esteio, receberam, na tarde de sexta-feira (4), das mãos do secretário paranaense da Agricultura, Valter Bianchini, uma lista de deliberações dos representantes estaduais do setor no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, entre elas que 30% da merenda escolar sejam de produtos da agricultura familiar.
Os secretários de agricultura do Codesul se encontraram na quinta-feira (3) e elaboraram um documento que estabelece um intercâmbio de normas fiscais e sanitárias, trânsito interestadual e internacional de produtos de origem animal e vegetal. Eles discutiram também uma emenda de lei federal que cria um programa nacional de assistência técnica e extensão rural.
Bianchini explicou que os governos estaduais participam atualmente de quase todo apoio de orçamento nos programas de extensão rural, como acontece no Paraná com a Emater. Segundo ele, é preciso retomar a discussão para a criação de um programa nacional que retome a participação do Governo Federal neste processo.
Bianchini afirmou que existe hoje um esforço do Ministério do Desenvolvimento Agrário para promover a capacitação, mas ainda é preciso regulamentar uma lei federal sobre o assunto. “Os governadores do Codesul vão enviar uma moção de apoio aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para que a lei que já tramita seja aprovada”, explicou.
Bianchini classifica a destinação de 30% da verba investidas em merendas escolares para a compra de produtos da agricultura familiar - regulamentada por Lei Federal, como uma oportunidade de intercâmbio de normativas, ofertas e mercados entre os estados do Codesul. “O Paraná tem uma experiência grande com o Leite das Crianças, já é uma regra do governador Requião para que o Estado apóie as compras locais”. Segundo o secretário foi decidido que um intercâmbio entre os estados, junto com o Governo Federal, estabeleça a prioridade na compra de produtos locais para as merendas.
Outro item discutido assinala, segundo Bianchini, preocupação dos Estados do Codesul com o fortalecimento dos mercados frente a programas de grandes produtores, como o caso de São Paulo e Minas Gerais, que tornam menos competitivos os produtos de estados menores. “Por isso conversamos sobre um intercâmbio cada vez mais forte, uma harmonização cada vez maior entre os quatro estados, que gere políticas específicas integrando a agroindústria do Codesul e fortalecendo a produção regional”, afirmou.
Fonte: Agência Estadual de Notícias

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Redes de Referências realizam Dia de Campo na 12ª edição da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial da Região de Cornélio Procópio


Pelo terceiro ano consecutivo, as Redes de Referências para Agricultura Familiar, do IAPAR e Instituto Emater, realizam Dia de Campo no dia 3 de setembro na 12ª edição Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Cornélio Procópio.

As atividades começam às 13h e contarão com a participação de aproximadamente 100 produtores. Divididos em turmas, os agricultores assistirão a palestras de aproximadamente 40 minutos cada distribuídas em três estações temáticas.
A primeira estação apresentará o efeito da rotação de culturas na rentabilidade, na física e na química do solo e será ministrado pelo pesquisador e coordenador das Redes, Rafael Fuentes Llanillo. Na segunda, o extensionista da Emater Nelson Harger colocará em pauta a adubação econômica para culturas de grãos. E por fim, o pesquisador do Iapar da área de Fitotecnia José Salvador Simoneti Foloni, discutirá as alternativas de inverno para a produção de biodiesel.
Segundo o articulador do evento, o extensionista da Emater Ciro Marcolini, o objetivo é levar aos agricultores novos ciclos de produção. “Os produtores terão oportunidade de conhecer novas tecnologias para melhorar o rendimento nas propriedades e evitar certos danos, como infecção de doenças no campo”, relata.
O coordenador das Redes, Rafael Fuentes, acrescenta que serão apresentados dados reais acerca das Unidades de Teste e Validação (UTVs) das Redes aos participantes, removendo a subjetividade da discussão sobre o tema. “A argumentação utilizando dados reais facilita o convencimento dos produtores que estarão no evento. O objetivo é incentivar os agricultores a explorar outras culturas além da soja e do milho safrinha, que acabam limitando os benefícios do plantio direto. A rotação da soja com o milho de verão e a utilização de aveia, trigo, triticale e nabo no inverno trazem qualidade ao sistema e podem ser mais rentáveis”, finaliza.
As Redes de Referências para Agricultura Familiar têm o apoio do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Ana Carolina Oldemburgo
Bolsista na Área de Comunicação Social (Jornalismo)
Programa Universidade Sem Fronteiras / SETI / IAPAR
Endereço eletrônico: Comunicação Redes

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Coordenador das Redes alerta para cuidados com preparo de solo


No Paraná,em entrevista exclusiva para o Canal Rural, o coordenador das Redes Rafael Fuentes Llanillo alerta os produtores para os cuidados com o preparo do solo para a próxima safra de soja.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Bolsista das Redes vence prêmio de economia no Paraná



A estudante do quinto ano de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e integrante das Redes de Referências para Agricultura Familiar, Juliana Baptistella, foi a vencedora do 19º Prêmio Paraná de Economia, na categoria Artigo de Estudante. A premiação contemplou ainda vencedores nas categorias Economia Paranaense, Economia Pura e Aplicada e Artigo de Economista. O prêmio é promovido pelo Conselho Regional de Economia (Corecon) do Paraná e tem como objetivo estimular e valorizar a produção científica sobre temas ligados à economia paranaense.
Juliana, que veio do estado de São Paulo para estudar em Londrina, participa desde o primeiro ano de projetos de pesquisa que estudam a economia paranaense. No artigo em que foi premiada, que se estende por 17 páginas, a estudante aprofunda a composição do rendimento dos trabalhadores no Paraná. “Analisei os principais componentes da renda dos trabalhadores no estado”, explicou.

Segundo ela, a principal fonte de renda dos paranaenses é o próprio trabalho, que ocupava 76% da composição da renda em 2001, primeiro ano estabelecido pela pesquisa, e caiu para 75% em 2006. “O artigo demonstrou que o trabalho está perdendo espaço para outros tipos de rendas”, afirmou. Os dados foram baseados na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD).

Seguido pelo trabalho, a renda do paranaense é composta por aposentadorias e pensões, que passou de 15,7% em 2001 para 16,5% em 2006. Em terceiro lugar, vêm outros tipos de renda, como juros de aplicações financeiras e programas de transferências de renda do governo. Esse tipo de renda passou de 1,4% da composição em 2001 para 2,3 em 2006. “Observamos que, assim como no Brasil, isso contribuiu para a queda na desigualdade de renda.”

O prêmio pela pesquisa será entregue no próximo dia 26 em Campo Mourão, Noroeste do estado. “É muito significativo para o meu currículo, já que nem sempre as pesquisas feitas na universidade são divulgadas ou reconhecidas”, afirmou.

Fonte: JL/Fabio Luporini

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Dia de Campo em Candói



O pesquisador do IAPAR e integrante das Redes de Referências para agricultura Familiar, Ademir Calegari, esteve no último dia 22 de julho na cidade de Candói, Território Cantuquiriguaçu, para participar de mais um Dia de Campo. O evento foi realizado pelo Instituto Emater do município e coordenado pelo técnico extensionista Edílson Moreira.

Contando com 22 pessoas entre técnicos e produtores da comunidade “Três Passos”, Calegari tratou de diferentes assuntos relacionados ao manejo de solo, sua grande especialidade. “A produção dos agricultores da comunidade gira em torno do milho, feijão, soja e também de leite, sendo que eles têm dificuldade no manejo de solos.”, comenta o pesquisador.

Dentre os temas ministrados por Ademir, destacaram-se o sistema de plantio direto, rotação de culturas, microbacias, plantas de cobertura e adubos verdes. “Como a região em questão é bem montanhosa, os problemas de erosão de solo são recorrentes”, retrata Calegari.

Outro assunto elucidado pelo pesquisador foi acerca da semeadura de cultivares de aveia IAPAR 61 e IPR 126 do Instituto em comparação à aveia preta comum para fins de alimentação de vacas de leite. “A utilização desses dois cultivares têm dupla finalidade. Além de servir como adubação verde para a melhoria da fertilidade do solo, elas apresentam grande importância na alimentação de bovinos leiteiros, por se tratar de um alimento de baixo de custo de produção para os agricultores”, finaliza.


Jornalista Victor Lopes
Programa Universidade Sem Fronteiras / Seti / IAPAR
Telefone: 43 3376 2249
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

Bolsas das Redes


Essas são as novas bolsas produzidas para os produtores que participam das Redes de Referências para Agricultura Familiar.
Confira o modelo que breve ser distribuído em todo o Paraná

terça-feira, 21 de julho de 2009

Governo aplica 99,9% dos recursos previstos na safra 2008/2009

Dos R$ 65 bilhões programados para o crédito rural da agricultura comercial na safra 2008/2009 foram aplicados R$ 64,9 bilhões, o que corresponde a 99,9% do total. Lembremos que esse desempenho foi alcançado em plena crise financeira mundial, agravada em setembro, destaca o diretor do Departamento de Economia Agrícola (Deagri), Wilson Araújo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
No segundo semestre de 2008, houve redução do crédito privado e da demanda internacional por commodities, cujos preços caíram consideravelmente, além de adversidades climáticas, o que resultou numa retração de 7,2% na produção de grãos, fibras e oleaginosas, observa Araújo.
A aplicação total de R$ 74,4 bilhões na agropecuária durante a safra 2008/2009 indica um aumento de 0,7% nas operações totais no crédito rural, em relação ao da safra anterior, que foi de R$ 73,8 bilhões.
Considerados todos os recursos destinados ao financiamento do setor rural no ano safra 2008/2009, verifica-se que 82,6% foram aplicados a taxa de juros fixa.
Fonte: Agência Safras

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Governo garante R$ 15 bilhões para agricultura familiar

Os ministros Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) entregaram, na última quarta, dia 15, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) a resposta às revindicações da 5ª Jornada Nacional de Lutas. O Governo reafirmou que o próximo Plano Safra terá R$ 15 bilhões. O aumento do volume de crédito para custear a produção dos agricultores familiares era uma das principais demandas do movimento.
Cassel destacou que a mobilização da Fetraf e de outros movimentos ligados à terra ajudam a refinar as políticas públicas desenvolvidas pelo Governo Federal.
— Neste ano, além de aumentar o volume de recursos, estamos também ampliando o sistema de seguro que passará a cobrir os contratos de investimento. Antes apenas as operações de custeio tinham cobertura — explicou o ministro.
Outro destaque feito por Cassel foi a sanção da Lei 11.947. A nova lei garante que pelo menos 30% dos recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao Programa Nacional de Alimentação Escolar devem ser utilizados para a compra de produtos da agricultura familiar. A medida ampliará a capacidade de comercialização dos produtores rurais familiares.
A presidente da Fetraf, Elisângela Santos Araújo, fez uma avaliação positiva do processo de negociação entre a entidade e o Governo Federal.
— O aumento de recursos para o Plano Safra e as diversas linhas do Programa , como o Pronaf Mulher, por exemplo, tem um significado muito especial para nós. No entanto, ainda é preciso enfrentar alguns desafios como a aceleração da reforma agrária e a questão da moradia rural”, ressaltou a dirigente.
Também participaram da reunião o presidente do Incra, Rolf Hackbart, e os secretários do MDA, Adoniran Sanches (Agricultura Familiar), Humberto Oliveira (Desenvolvimento Territorial) e Adhemar Lopes de Almeida (Reordenamento Agrário).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Orgânico na merenda pode ser lei, mas faltam recursos


Um projeto de lei aprovado na segunda-feira (29/06) pela Assembleia Legislativa determina que as escolas públicas do Paraná adotem apenas alimentos orgânicos para a merenda. O problema é que esses produtos chegam a ser 40% mais caros. “Com esse valor é inviável. Tem que ser apenas alguns produtos. Além disso, nem temos produção orgânica suficiente no nosso estado para isso”, afirma a coordenadora do programa estadual de alimentação escolar, Márcia Cristina Stolarski.

A ideia do projeto, que aguarda a sanção do governador para entrar em vigor, é que os alunos tenham uma alimentação mais saudável, além de auxiliar e incentivar a produção orgânica no estado.
Hoje a maior parte do recurso para a merenda vem do governo federal, que paga R$ 0,22 por aluno em cada dia letivo. O governo estadual completa esse valor com R$ 0,05. Conforme dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em média, o preço dos orgânicos supera o dos alimentos convencionais em 30% a 40%, por isso a preocupação é se o valor repassado será suficiente para adquirir a mesma quantidade de alimentos.
O projeto de lei prevê que a implantação de orgânicos seja gradual e por isso não há uma data específica para que toda a merenda seja substituída. De acordo com o autor do projeto, o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB), uma das funções da medida é que a produção paranaense aumente e que consequentemente o preço caia. “Pode até ser que no começo a gente precise importar alimentos de outros estados. Mas o objetivo é estimular o crescimento do mercado interno.” Quando elaborou o projeto, o deputado previu que os custos com a merenda aumentariam apenas 10%, mas esse número não condiz com o valor dos orgânicos vendidos hoje.
A ideia de fazer com que as crianças ingiram alimentos mais saudáveis é bem-vista pelas escolas e por quem trabalha com alimentação. De acordo com o membro do Conselho Estadual de Merenda Escolar José Valdivino de Morais, essa seria a alimentação ideal para os estudantes e também poderia se transformar em uma discussão pedagógica dentro da sala de aula. “O único problema é que os recursos são poucos, mas se o estado quiser fazer isso, vai ter que bancar as despesas.”
Os produtos não perecíveis são comprados pelo governo do estado e enviados para as escolas, enquanto os perecíveis, como frutas e verduras, são comprados por cada escola que pode escolher – dentro do orçamento – os alimentos que os alunos preferem. A diretora da Escola Estadual Arthur de Macedo, Carla Cristina Boscardin Noering, conta que lá eles já usam arroz integral e açúcar mascavo e que no começo achou que os alunos não fossem gostar, mas que os alimentos mais saudáveis foram aceitos. Por isso, ela acredita que os orgânicos também serão.
A medida provisória que estabelecia que 30% dos recursos do governo federal para merenda deveriam ser usados para compra da agricultura familiar virou lei no mês passado. Márcia explica que hoje esse valor é usado para comprar os produtos não perecíveis, mas que com a nova lei o estado vai precisar se reorganizar para fazer o controle. “Essa lei federal casa com a proposta de comprar produtos orgânicos para as escolas. Só temos que ver ainda como vamos fazer isso, porque compra de orgânico é sempre mais complicada.”
O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claúdio Romanelli (PMDB), diz que não sabe qual a chance de o projeto ser sancionado pelo governador e que isso vai depender da possibilidade de tornar a proposta financeiramente viável.
Fonte: Gazeta do Povo

terça-feira, 30 de junho de 2009

Programa amplia incentivo à agricultura familiar e orgânica

O Alimenta Paraná, um novo programa do governo do estado, pretende incentivar o comércio de produtos da agricultura familiar e orgânica e aumentar a oferta à população. As ações incluem a implantação, reforma e ampliação de mercados municipais e feiras, fornecimento de equipamentos e instalação de unidades de beneficiamento e Centrais de Abastecimento (Ceasas), além da qualificação técnica.
Para a definição dos equipamentos que serão instalados e ações a serem desenvolvidas em cada município, será realizada uma análise prévia da relação entre a sua função e as características da produção local ou regional. A intenção é evitar sobreposições e ameaças ao comércio tradicional da cidade ou região. Nas feiras livres em bairros, o estado vai fornecer um kit básico, no valor de R$ 4 mil cada, contendo barraca, balança, kit água, uniforme e cesto de lixo. O número de barracas a serem implantadas será definido de acordo com a população total, podendo variar de 10, para as cidades com até 5 mil habitantes, a 80, para aquelas com mais de 50 mil habitantes.
Fonte: Gazeta do Povo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Paraná terá "Patrulha Rural"


O governador Roberto Requião lançou em Londrina, nesta sexta-feira (26), o projeto "Patrulha Rural Comunitária", com a entrega de 57 viaturas para zonas rurais do Paraná. De todos os véiculos, três ficarão na região de Londrina enquanto os demais serão distribuídos por diversas regiões do estado.

O projeto atende reivindicação antiga dos produtores rurais que, com o passar dos anos, têm sido vítimas constantes de assaltos e furtos.
Fonte: Loriane Comeli- Redação Bonde

Visita ao Território Cantuquiriguaçu


O coordenador da região norte das Redes, Dimas Soares Junior, e o pesquisador do IAPAR, Nilceu Lemos da Silva, além bolsistas da SETI Mônica Ricci, Hildemar Zago, Daniela Inoue, Aline Gomes e Luis de Lara estiveram em Laranjeiras do Sul e Nova Laranjeiras nesta semana para definir os próximos passos do trabalho nas propriedades do Território Cantuquiriguaçu.
A visita também marcou o início das atividades na produção de um documento que será publicado com o intuito de mostrar os “casos de sucesso” de algumas propriedades acompanhadas pelas Redes nestes 11 anos.
Um dos casos é o da Família Nunes. Na foto acima, o casal Antonio e Arlete e suas duas filhas, com os prêmios conquistados na Agroshow de Laranjeiras de 2008 e 2009, no concurso de Bezerras da região.

Jornalista Victor Lopes
IAPAR/Universidade Sem Fronteiras/SETI

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Plano de Safra soma R$ 107,5 bilhões e foca médio produtor

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, apresentou durante entrevista coletiva, na tarde deste domingo (21) em Londrina, os detalhes do Plano Safra 2009/2010, que será lançado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (22). Segundo Stephanes, o governo federal vai destinar R$ 107,5 bilhões para o setor agrícola. Também participaram da coletiva, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o secretário estadual da Agricultura, Valter Bianchini.

O valor total previsto para financiar a agricultura em 2009 é 37% maior do que o ano passado. O governo destinará R$ 92,5 bilhões para a agricultura comercial e R$ 15 bilhões para a familiar. De acordo com o ministro, este ano a liberação das verbas terá um controle maior para garantir que os recursos cheguem efetivamente aos produtores. Stephanes admitiu que, em 2008, parte do valor destinado no Plano Safra não chegou aos agricultores.
Durante a coletiva, o ministro da Agricultura o foco do Plano Safra 2009/2010 será o incentivo ao médio produtor rural, ao cooperativismo e à produção agropecuária sustentável. Stephanes também anunciou um aumento dos recursos que serão utilizados pelos programas de investimento. Este ano, os programas que envolvem a política agrícola vão contar com R$ 14 bilhões.
Entre as novidades anunciadas pelo ministro para os programas de investimento está a criação do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), e a ampliação do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural) e o Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa).
Os recursos para custeio e comercialização a juros controlados serão acrescidos em 20,8%, para R$ 54,2 bilhões. Os preços mínimos fixados para 33 culturas foram reajustados em até 65%, informou o ministério. Entre as culturas cujos valores serão aumentados estão o arroz (20%), o leite (15%), a raiz de mandioca (12%), a soja (10%) e o milho (6%). Para a safra 2009/2010, o governo aumentará de 25 para 39 o número de culturas contempladas pelo zoneamento agrícola de risco climático, programa que tem por objetivo reduzir as perdas nas lavouras ocasionadas pelo clima.
Médio produtor e cooperativas
O médio produtor agrícola terá na safra 2009/2010 R$ 5 bilhões para financiar a lavoura, uma alta de 72% nos recursos previstos no ciclo anterior. Esses recursos serão ofertados por meio do Proger Rural, programa que foi reformulado pelo ministério para facilitar o acesso ao crédito com condições facilitadas. Além da ampliação do volume financeiro, o programa dobrou o limite de renda do produtor que pode ter acesso aos recursos. Agora, será necessário comprovar uma renda superior a R$ 110 mil e inferior a R$ 500 mil. Os limites de crédito para custeio, investimento e comercialização, subiram de R$ 150 mil para R$ 250 mil.
O cooperativismo, responsável por quase 40% da produção nacional de grãos, foi contemplado no Plano de Safra com R$ 2 bilhões por meio do Procap Agro, programa criado para desenvolver a ampliação do capital de giro e a reestruturação patrimonial das cooperativas de produção agropecuária, agroindustrial, aquícola e pesqueira.
Segundo as regras do programa, os recursos poderão financiar a aquisição ou a integralização das cotas-parte do capital social das cooperativas e também será possível aumentar o capital de giro associado ou não a um projeto de investimento, além do saneamento financeiro da cooperativa. O limite de financiamento será de R$ 25 mil por associado e o limite da cooperativa foi fixado em R$ 50 milhões. A linha de crédito, com prazo de reembolso de até seis anos, tem taxa de juro anual de 6,75%.
Fonte: Jornal de Londrina

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Governo federal vai cadastrar produtores orgânicos em todo o país

O governo federal vai cadastrar os produtores orgânicos em todo o país para saber quantos são e qual a real produção brasileira sem o uso de agrotóxicos em frutas, legumes, hortaliças, leite, carnes, mel de abelha, produtos cosméticos e de limpeza. Ao anunciar a medida no dia 30 de maio, o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, informou que o objetivo é fazer um banco de dados para elaborar, pela primeira vez, uma estatística oficial sobre o setor de orgânicos no Brasil.

Ele lembrou que somente a partir da regulamentação da atividade com a Instrução Normativa n° 17, publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de maio, é que o perfil do setor orgânico brasileiro poderá ser conhecido.
Ao participar do Rio Orgânico 2009, evento que marcou no estado encerramento da quinta edição da Semana Nacional Orgânica, Dias listou uma série de ações que o Ministério da Agricultura vem fazendo para aumentar a produção dos orgânicos e torná-los mais acessíveis à população. "Estamos assinando um protocolo com os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia para a criação de núcleos de agroecologia nas escolas técnicas e universidades. Além disso, o governo federal já paga 30% a mais pelo produto orgânico nas compras institucionais. A inclusão dos orgânicos na merenda escolar é nosso próximo passo", disse.
Para o representante do Ministério da Agricultura, no entanto, é preciso maior engajamento da sociedade. "A população precisa cobrar do comerciante a oferta do produto orgânico nas prateleiras", pois, conforme acrescentou Dias, esta é uma forma de estimular a produção e, assim, reduzir o preço final do produto.
"Hoje já temos algumas tecnologias melhores, algumas políticas públicas como o pagamento de 30% a mais pelo produto orgânico. Então, nós já temos coisas acontecendo, mas quanto mais a gente entenda a importância desse processo, muita coisa vai acontecer", defendeu.
Ainda na defesa do consumo dos orgânicos, Rogério Dias enfatizou que o Banco do Brasil e o Programa Nacional de Assistência a Agricultura Familiar (Pronaf) têm linhas de crédito diferenciadas com juros mais baixos e prazo de carência maior para que o produtor faça a conversão do produto convencional para o orgânico.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Downloads referentes ao treinamento do CONTAGRI enviados por Milton Matsushita


Olá, boa tarde a todos.

Segue para download dois arquivos em pdf acerca da instalação, configuração e atualizações de tabelas, backup e exportação de arquivos do CONTAGRI. Segue também algumas tabelas para atualização. Clique aqui para download de todos os arquivos
Grato
Att
Milton Matsushita


sexta-feira, 15 de maio de 2009

DÙVIDAS NO CONTAGRI E ARQUIVOS PARA DOWNLOAD



Pessoal, as dúvidas do CONTAGRI já podem ser solucionadas através desse post. É só deixar um comentário abaixo e serão atendidos imediatamente. Na "sessão CONTAGRI", qualquer atualização de tabela proposta pelo grupo gestor, mediante sugestões dos integrantes das Redes que estão tabulando os dados no software, ficarão disponíveis através de downloads no blog. Nessa sessão, vocês também poderão exportar suas propriedades digitadas para que possamos verificar como vocês estão se adaptando ao CONTAGRI. Para isso, basta enviar os arquivos para o endereço eletrônico comunicacaoredes@iapar.br. Qualquer questionamento e sugestão também podem ser enviados através desse e-mail ou pelo telefone (43) 3376-2249.

Atenção:
Arquivos para download referentes ao treinamento já podem ser baixados. Para baixa-los para sua máquina, clique aqui

Um abraço

Att

Dimas Soares
Henrique Navarro


terça-feira, 12 de maio de 2009

Redes de Referências realizam treinamento de software de gestão rural em Londrina



As Redes de Referências para Agricultura Familiar, do IAPAR e Instituto Emater, realizam nos próximos dias 13 e 14 de maio, no laboratório de informática do SENAI em Londrina, o primeiro módulo de treinamento do software em gerenciamento rural CONTAGRI. O treinamento, que terá uma carga horária de 16 horas, será ministrado pelo pesquisador do IAPAR e coordenador mesorregional das Redes na região norte, Dimas Soares Junior, o coordenador da área de geoprocessamento do Instituto Emater Milton Matsushita, e o administrador em agronegócios e bolsista das Redes do Programa Universidade Sem Fronteiras/SETI, Henrique Navarro Fonseca. No blog, os participantes poderão tirar dúvidas acerca do treinamento na sessão Contagri.

Desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), o CONTAGRI é uma ferramenta de gestão agrícola que permite acompanhar, de forma detalhada, aspectos técnicos e econômicos das propriedades rurais.Com o software implantado nas Redes em outubro de 2007, esse treinamento tem como objetivo capacitar 22 profissionais entre extensionistas da EMATER e novos bolsistas do Programa Universidade Sem Fronteiras – SETI, buscando o desenvolvimento de competências técnicas e habilidades contábeis e gerenciais, voltadas à gestão de propriedades rurais. Para o registro no software dos dados coletados nestes 11 anos das Redes, a equipe de profissionais do IAPAR e Emater trabalha com duas fontes de informações: o inventário das propriedades e os registros do acompanhamento. “Através do inventário pode-se obter informações como as das benfeitorias, máquinas e implementos das propriedades; a mão de obra familiar, assalariada e temporária e outras rendas obtidas fora da propriedade. Já no acompanhamento, são obtidas informações detalhadas das atividades desenvolvidas, como receitas obtidas com animais e vegetais, despesas e custos, investimentos em novas culturas, etc.”, explica Henrique.O trabalho com o software é fundamental para que o agricultor conheça, de forma clara, a evolução dos principais indicadores econômicos de sua propriedade. “A restituição dos dados para o agricultor é essencial. O CONTAGRI é importante para gerar uma padronização na coleta e processamento dos dados, permitindo com que se observe a evolução dos agricultores ao decorrer do tempo e se compare o desenvolvimento de diferentes propriedades e sistemas de produção com o uso do software”, complementa Dimas, que relata ainda que não foi definido quando será o segundo módulo do treinamento. No blog, os participantes poderão tirar dúvidas acerca do treinamento na sessão Contagri. As Redes de Referências para Agricultura Familiar têm o apoio do programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).
Jornalista Victor Lopes

Audiência sobre o Código Florestal lotou o auditório da Unioeste em Francisco Beltrão



A audiência da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Paraná em Francisco Beltrão, realizada em parceria com o Grupo Gestor do Território do Sudoeste – GGETESPA no dia 30 de abril, reuniu 24 instituições, entre entidades que representam os agricultores familiares, sindicatos e organismos de governo, e aproximadamente mil pessoas que lotaram o auditório do campus da Unioeste para discutir a legislação ambiental e as alternativas aos produtores na regularização das áreas ao Código Florestal (Lei federal nº 4.771/65).

Na audiência teve uma apresentação do Instituto Ambiental do Paraná - IAP sobre a legislação em vigor, com ênfase nos procedimentos para adequação das propriedades; uma exposição das alternativas para a viabilização das áreas em sintonia com o Código Florestal, a cargo de técnicos do Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais – Deser, da Secretaria de Estado do Planejamento/Paraná Biodiversidade, da Embrapa Florestas e da coordenação do curso de Engenharia Florestal do campus de Dois Vizinhos da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Depois dessas palestras, houve um debate para discutir problemas, propostas e encaminhamentos.
A carta-proposta do GGETESPA levanta uma série de alternativas e de sugestões ao poder público. “Queremos deixar claro que os agricultores familiares são defensores da preservação e querem continuar tirando sua sobrevivência e sua renda de uma propriedade que respeite as normas ambientais e a natureza em si. Não se trata de mudar o Código Florestal ou tomar iniciativas que vão de encontro à lei, mas fazer com que, nesse processo de recuperação, se leve em conta a realidade da agricultura familiar e dos produtores agroecológicos”, argumenta o coordenador regional da Fetraf-Sul/CUT no Sudoeste do Paraná, Luiz Pirin.
A deputada estadual Luciana Rafagnin, presidente da Comissão que promoveu a audiência, e o deputado estadual Augustinho Zucchi colheram as diversas propostas elaboradas pelo GGETESPA e pelos participantes do evento regional. “Ao final dessa rodada de audiências, teremos um documento que retratará as diversas realidades no estado e as preocupações e propostas dos agricultores”, afirma Luciana
Jornalista: Thea Tavares

Audiência Pública sobre o Código Florestal reúne centenas de agricultores em Prudentópolis



Centenas de agricultores compareceram à audiência pública sobre a legislação ambiental no último dia 24 de abril, em Prudentópolis, promovida pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Paraná. Eles tiraram dúvidas sobre o processo de regularização das propriedades às exigências do Código Florestal (Lei nº 4.771/65) com a procuradora federal e representante do IBAMA, Rita Pulner, que proferiu palestra sobre o tema. Também reclamaram dos problemas existentes na região, da falta de informações detalhadas e apresentaram propostas para solucionar os casos mais dramáticos.


Os agricultores ainda discutiram a proibição do corte de araucárias, espécies protegidas em função do risco de extinção, e a possibilidade de manejo sustentável nos bosques de pastejos para a produção do leite, uma prática muito comum em toda a região compreendida entre a Serra de Guarapuava, o rio Iguaçu em União da Vitória, o município de Palmeira e a divisa com Ponta Grossa nos Campos Gerais, entre outras questões.
A Presidente da Comissão de Agricultura, deputada Luciana Rafagnin, disse que ao final das rodadas regionais, será elaborado um documento com o resumo das discussões e com todas as propostas levantadas nas audiências públicas. “Esse documento será encaminhado aos organismos competentes e encarregados por responder às demandas dos agricultores.O desafio passa por conciliar a preservação ambiental com a sobrevivência das famílias produtoras, num tripé apoiado na sustentabilidade ambiental e sócio-econômica. E a responsabilidade com a preservação do meio ambiente para garantir qualidade de vida às futuras gerações é tanto de quem mora no campo quanto de quem vive nos grandes centros urbanos”, relatou Rafagnin.
Além dela, participaram da audiência pública os deputados estaduais Felipe Lucas e Marcelo Rangel, os prefeitos de Prudentópolis, Gilvan Agibert, o de Guamiranga, Rui Machado, e o Presidente do Conselho do Território Centro Sul e vice-prefeito de Rio Azul, Paulo Henrique Andrade. Representantes da Secretaria de Agricultura do Estado (SEAB), da Emater e dos sindicatos de trabalhadores rurais, de agricultores familiares, dos sindicatos patronais rurais da região e da FAEP também marcaram presença.
Regularização Fundiária
A palestrante do Ibama foi questionada também a respeito da averbação das posses familiares rurais, ou seja, quando não há documento de posse da terra. Ela afirmou que não é necessária a regularização absoluta da titulação fundiária para averbação da reserva legal. “Posse rural pode firmar, sim, um termo de compromisso da reserva legal para averbação”, disse. Rita Pulner também lembrou que em dezembro deste ano vence o prazo para recuperação de uma parte da área a ser preservada e para apresentação do projeto de recomposição gradativa da reserva legal. “É apenas para dizer como e quando vai ser recuperada”, afirmou. No dia 30 de abril, uma nova audiência pública foi realizada em Francisco Beltrão para ouvir os agricultores e lideranças do Sudoeste do Paraná.
Jornalista: Thea Tavares (MTb 3207/PR)

Agricultura familiar venderia pelo menos R$ 7,5 milhões em alimentos para a merenda das escolas estaduais no Paraná



Curitiba, PR (07/05/2009) – A aplicação da Medida Provisória 455/2009 — que, entre outras decisões, institui que pelo menos 30% dos recursos do FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para o programa de alimentação escolar se destinem à compra de produtos da agricultura familiar, com prioridade para os assentamentos de reforma agrária e comunidades tradicionais (indígenas e quilombolas) —pode significar a aquisição mínima de R$ 7,5 milhões em produtos dessa agricultura diferenciada para abastecer as escolas da rede pública estadual. A cifra corresponde a 30% dos recursos da União que são repassados ao governo do estado para a compra da merenda escolar e que no ano de 2009 estão orçados em R$ 25 milhões. Além destes, a alimentação escolar da rede pública estadual conta com R$ 10 milhões provenientes do Tesouro do Estado.
Mas à medida em que o ano letivo avança, que a tramitação da matéria no Congresso Nacional acontece e que a regulamentação da lei é desenhada pelo grupo técnico do FNDE em Brasília, esses recursos vão diminuindo. Até o dia 5 de maio, mais de R$ 16 milhões das fontes da União para o programa da merenda escolar no Paraná já estavam comprometidos com as compras por licitação para vencer a demanda das escolas nesse período. Embora esteja valendo desde a sua publicação em janeiro deste ano, a cobrança de fato da aplicação da MP 455 só vai começar a acontecer dentro dos próximos 15 dias, quando deverão ser concluídas a elaboração das normas operacionais e a análise delas pelo setor jurídico do FNDE. Durante esse tempo, também será atualizada a Resolução nº 32 do órgão com base na MP 455. No Senado Federal, a matéria tramita na Subsecretaria da Coordenação Legislativa, sob a forma do PLV 8/2009, e aguarda sua colocação em pauta para votação em sessão plenária.
O Secretário Nacional de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Adoniram Sanches Peraci, disse esta semana em Curitiba, na abertura de um encontro sobre Diversificação na Agricultura Familiar, que a MP 455 vai garantir aos agricultores familiares a venda de pelo menos R$ 9 milhões ao ano para as escolas municipais de Curitiba e mais de R$ 600 milhões para todo o Brasil, se considerar somente o índice de 30% e podendo chegar aos R$ 2,1 bi do programa integral. Ele apresentou essa nova realidade como uma abertura de mercado aos produtores e também ressaltou que “a partir da crise de alimentos e, mais recentemente, da crise do mercado financeiro, o mundo passou a valorizar sua agricultura praticada nas pequenas e médias propriedades rurais, responsável pelo abastecimento local e diversificado de alimentos”.
Jornalista: Thea Tavares

segunda-feira, 11 de maio de 2009

PRODUTORES ORGÂNICOS PODERÃO EXPORTAR VIA CORREIO

Voltado para o micro e pequeno agricultor orgânico, o acordo que permite esse novo serviço envolve a Grife Orgânica, braço do Parque de Tecnologia Social (PTS), o Instituto de Comércio Exterior do Paraná (Cexpar), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e os Correios.

Segundo o coordenador da Grife Orgânica, Fábio Carneiro Cunha, o objetivo desse acordo, firmado no dia 20 de abril, é permitir que esses produtores possam levar seus produtos para mercados fora do País.
“Há um projeto piloto para exportar frutas secas, mais especificamente o caqui e o mel. Além desses produtos, atualmente exportamos chá verde orgânico e chá verde com canela orgânico para o Canadá, Estados Unidos, França e Alemanha. Fizemos tudo isso utilizando o serviço Exporta Fácil, dos Correios, que vai viabilizar esse trabalho”, informa Carneiro ao site Paraná Online.
A ideia para esse projeto surgiu após reuniões com cooperativas de produtores orgânicos. Como havia dificuldade em exportar, surgiu essa possibilidade. “O interessante do Exporta Fácil é a ausência de burocracia. Assim, o produtor vai ter uma redução de custos a quase zero e não vai encontrar dificuldades em exportar suas mercadorias. Contudo, esse trabalho também vai dar orientações técnicas para que o produtor saiba, por exemplo, qual mercado consumidor seu produto se adequaria melhor, entre outros tópicos. Qualquer agricultor orgânico que se interessar por esse programa poderá participar, de qualquer agência dos Correios”, garante Cunha.
A principal vantagem do envio via postal é a simplificação do despacho aduaneiro e a redução dos custos de embarque e o valor por remessa, que pode ser de até US$ 50 mil.
O serviço é oferecido hoje através de oito mil agências dos Correios habilitadas, espalhadas por todo País. Assim, o exportador não precisa se deslocar até as capitais ou cidades onde existe autoridade da alfândega para cuidar da liberação das remessas.
A meta é incentivar cada vez mais os micro e pequenos produtores a exportar seus produtos. Por ser um setor formado quase que exclusivamente por agricultores familiares, os custos para enviar a produção para outros países seria elevado, o que acabaria por inviabilizar todo o negócio.
Com esse convênio, a possibilidade disso ocorrer é concreta e em um segundo momento do programa, deverá ocorrer a formação de um consórcio, o que vai permitir aumentar consideravelmente a exportação.
Fonte: Primeira Página

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Bolsistas aplicam questionário de tipologia em Ivaiporã



Oito novos bolsistas ingressantes nas Redes de Referências para Agricultura Familiar visitaram três propriedades da região de Ivaiporã, que estão sendo avaliadas para ingresso nas Redes. O objetivo da visita foi o treinamento da aplicação do questionário pelos bolsistas nos agricultores da região.

Estiveram presentes junto aos estudantes dirigindo as visitas os coordenadores das Redes Rafael Fuentes Llanillo, do IAPAR, Sérgio Carneiro, do Instituto EMATER, o coordenador do projeto das Redes Agroecológicas no Vale do Ivaí, Paulo Lizarelli, o coordenador mesorregional das Redes, Dimas Soares Junior, e os extensionistas da EMATER, Charles Peixoto e Bruno Montanher.
Para baixar as fotos da visita da propriedade "Sítio Primavera", clique aqui.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Stephanes apresenta propostas para aperfeiçoar legisalação ambiental


Curitiba - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, defendeu nessa segunda-feira (27) propostas para aperfeiçoamento da legislação ambiental brasileira. Segundo ele, são alterações que podem viabilizar a agricultura, setor que, mesmo na crise, manteve-se com capacidade de produção e exportação. “Entre os oito itens positivos na pauta das exportações, sete são agrícolas”, disse ele.
Uma das sugestões é manter a permissão de atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente (APPs) já consolidadas (topos de morro, encostas e várzeas). Isto é, somar as APPs com as área de reserva legal, explicou Stephanes, durante encontro com parlamentares na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
Nas várzeas, existem plantações de arroz. Nas encostas, são plantadas frutas. Em Minas Gerais, são as plantações de café que garantem ao estado a condição de maior produtor nacional do grão." No entanto, pela lei, essa produção atualmente é ilegal, mas todas são plantações que não trazem problemas ao meio ambiente.
Para o ministro, se um agricultor já planta 20% da área para preservar nascentes de rios, não precisa manter a reserva legal. As APPs são locais de floresta e vegetação ao longo de rios, nascentes, várzeas, encostas e topos de morro. Já a reserva legal é o percentual de floresta que deve permanecer intacto em propriedades rurais e que varia de acordo com os biomas: 80% na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% nos demais.
De acordo com Stephanes, se o agricultor tem que fazer a reserva legal, mas não tem condições de providenciar isso na propriedade, deveria ter permissão para plantar, como compensação, em outro local, até mesmo em outro estado.
"Isso se aplica muito ao Paraná, que é um estado ambientalmente correto. No entanto, seria preciso sacrificar 4 milhões de hectares para atender as necessidades do Código Florestal. O que preocupa é que milhares de pequenos agricultores perderiam a capacidade de produção, além de uns 15 milhões de toneladas de produtos”, afirmou.
Com isso, Stephanes teme que algumas comunidades e pequenos municípios possam até mesmo desaparecer. Ele defende tratamento especial ao pequeno agricultor que não tem condições de cumprir a legislação ambiental.
Pequenos proprietários poderiam fazer reflorestamento com florestas manejáveis, que tragam rendimento econômico, árvores que pudessem ser exploradas economicamente, como o babaçu e o dendezeiro”, sugeriu.
O ministro elogiou a iniciativa da Ocepar, que elaborou um documento com as sugestões dos paranaenses para o aperfeiçoamento da legislação ambiental. Segundo ele, é preciso que todos participem, pois são muitos os responsáveis pelos danos ao meio ambiente, e quem sai prejudicado é sempre o pequeno agricultor.
Stephanes defendeu uma mobilização nacional nos interesses da agricultura, que responde por um terço do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e riquezas produzidos no país). “Toda essa discussão está nas mãos dos parlamentares, que precisam se articular e definir soluções em curto prazo e incluir no projeto que já está tramitando no Congresso Nacional. A aprovação dessas medidas deve ser por meio de emendas. Uma legislação ambiental simples e de fácil entendimento para os produtores.”


Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil

Agricultores familiares do Paraná queixam-se de corte no Ministério do Desenvolvimento

A questão dos cortes no orçamento brasileiro está preocupando os agricultores familiares do Paraná. Por isso, a repórter Kátia Baggio, do Canal Rural conversou com alguns produtores, para saber o que eles acharam da redução de mais de 30% no orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Assista a matéria.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Exportações de orgânicos passam longe da crise


Curitiba - A exportação brasileira de orgânicos não sofrerá com a crise econômica mundial e deve crescer entre 5% e 10% em volume encaminhado aos Estados Unidos e Europa e não terá alteração nos envios ao Japão. A avaliação é do coordenador do projeto Organics Brasil, Ming Liu, diante da boa resposta aos produtos nacionais pelos países exportadores. Embora não haja números oficiais, a estimativa é que o Brasil gere entre R$ 200 milhões e 250 milhões em receita oriunda do comércio de orgânicos. No mundo, os valores saltam para US$ 43 bilhões.

No primeiro quadrimestre do ano, a Organics Brasil participou de três feiras internacionais e faturou US$ 10 milhões em negócios fechados e US$ 23 milhões em negócios futuros. ''Superou os números do período passado'', afirma Liu que prevê uma alta de 20% nas exportações dos 71 associados do projeto, que em 2008 captaram US$ 58 milhões em divisas. A Organics Brasil, entidade de fomento à exportação, participa ainda neste ano, pela primeira vez, das feiras comerciais na Itália e Reino Unido, e no ano que vem, na Índia, como política de expansão de mercados.
A produção de orgânicos cresce entre 15% a 20% por ano no Paraná segundo a Griffe Orgânica - braço comercial da ONG Parque de Tecnologia Social (PTS) - e, a partir deste ano, a participação no mercado exterior de micro e pequenos produtores deve também aumentar. Um convênio de comercialização que envolve a entidade (marca sob a qual serão vendidos os artigos), o Instituto de Comércio Exterior do Paraná (Cexpar), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e os Correios promete desburocratizar o escoamento de produtos e desonerar taxas aduaneiras.
A viabilização do comércio será pelo programa Exporta Fácil, dos Correios. O sistema permite mandar lotes de até 30 quilos e US$ 50 mil para até 200 países com o preenchimento de um único formulário na própria agência dos Correios. O serviço é oferecido em 8 mil agências dos Correios habilitadas, espalhadas por todo País. A primeira remessa de chá, mel e caqui em passa saiu do Brasil dia 20 de abril rumo ao Canadá e União Européia. ''O projeto permite que produtores de agricultura familiar vendam lá fora, o que antes era inviável por falta de escala e incentivos econômicos'', explica o coordenador da Griffe Orgânica, Fábio Cunha.
O empresário Rodrigo Andreoli exporta chás verde e de erva mate orgânicos há quatro anos e sempre utilizou os Correios para encaminhar produtos ao exterior, principalmente as degustações, no período de captação do cliente. ''O sistema é mais barato e desburocratizado em relação ao transporte aéreo particular ou marítimo, além de ser seguro e rápido'', comenta Andreoli. Para ele, o lançamento do projeto colabora ainda mais com a expansão para o mercado internacional, que no caso do chá, deve atingir a marca entre 20% e 25% neste ano. A empresa de Andreoli exporta para o Japão, Estados Unidos, Alemanha e França e, embora não revele o volume negociado, o empresário espera crescer conforme as previsões de mercado e fortalecer o comércio interno.
Cláudia Palaci
Equipe da Folha