sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Coordenação das Redes de Referências discute dinâmica de capacitação para dar suporte metodológico para até 300 técnicos do Emater a partir de março

Da esquerda para a direita: o coordenador estadual das Redes pelo Emater, Edson Luiz Diogo de Almeida, o coordenador regional de leite do Emater de Pato Branco, José Antonio Nunes Vieira, o gerente de operações estadual do Emater, Diniz Dias de Oliveira, o gerente regional do Emater de Pato Branco, Luiz Francisco Lovato e o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo

A coordenação das Redes de Referências para a Agricultura Familiar está discutindo a dinâmica de capacitação que dará suporte metodológico para até 300 técnicos do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A iniciativa tem por objetivo atender 3000 Unidades Referencias de Difusão da instituição. No final do ano passado, a equipe já visitou doze regiões do estado do Paraná para apresentar essa ideia aos chefes regionais em atendimento ao solicitado pelas Diretorias Técnicas do Emater e do Iapar.
De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, a metodologia do Projeto é de ampla adaptação e existem pelo menos 50 bons exemplos de sucesso em relação à melhoria dos sistemas. “A metodologia das Redes já foi comprovada como eficiente e o que nós buscamos agora é aplicá-la de forma mais ampla e fácil de aplicar nas Unidades Referenciais do Emater para difundir os resultados obtidos em maior escala”, acrescenta o pesquisador.
Fuentes também reforça o compromisso estabelecido com as diretorias do Emater e do Iapar no desenvolvimento desse trabalho de expansão da metodologia do Projeto. “Nós temos a oportunidade de expandir a utilização do nosso método e o nosso compromisso principal com as diretorias de ambas as instituições é efetuar a qualificação dos técnicos que vão trabalhar no campo”, afirma.
Já segundo o coordenador das Redes pelo Emater, Edson Luiz Diogo de Almeida, os meses de janeiro e fevereiro foram agendados para a preparação da dinâmica dos cursos de capacitação. “Nós acreditamos que o ideal desse curso seria, além de apresentar uma parte teórica, garantir um exemplo de aplicação prática no campo para que o rendimento dos técnicos seja melhor”, acrescenta. De acordo com Diogo de Almeida, a capacitação desses técnicos terá início na segunda quinzena de março deste ano e cada curso contará com 32 horas de treinamento, divididas em dois módulos de 16 horas cada.

Crédito de imagem: Arquivo/ Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar / CNPq/ IAPAR / EMATER
Telefone: (43) 3376 – 2274
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br

Bolsista das Redes em 2009 e 2010 desenvolve dissertação de mestrado inspirada nos problemas vivenciados pelos produtores

Da esquerda para a direita: o bolsista das Redes, Jorge Falkoski Filho, e o pesquisador da área de solos do Iapar, Antonio Costa, em visita à propriedade do produtor Nicolas Araújo Fonseca, de Tamarana, em 21 de junho de 2010

Jorge Falkoski Filho se formou em agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2008. No ano seguinte foi selecionado para ser engenheiro agrônomo no projeto Redes de Inovação e Transferência de Tecnologias nos Assentamentos de Tamarana e Ortigueira do Iapar e do Emater.  Nesse trabalho Falkoski era assistente técnico no processo de diagnóstico, acompanhamento e planos de melhoria de propriedades com sistemas de grãos, hortaliças e leite.
De acordo com Falkoski, a experiência de 21 meses nas Redes levou ao desenvolvimento de sua dissertação de mestrado. “A questão da fertilidade dos solos das propriedades que eu acompanhava era muito limitante. A convivência com o especialista e pesquisador da Área de Solos do Iapar, Antonio Costa, permitiu montar um plano de recomendação de adubação para esses sistemas. Além disso, Dr. Costa me envolveu num experimento seu relacionado com o tema e me encaminhou para o mestrado da Unesp Botucatu para ser orientado pelo Dr. Ciro Rosolem nessa área de fertilidade mesmo” explica.
A dissertação de mestrado do bolsista possui dois focos, um em relação à antecipação da adubação nitrogenada em sistemas de produção de algodão e o outro, é o estudo do grau de acidificação do solo pelo uso contínuo da mesma fonte nitrogenada, experimento que é conduzido no Iapar. Falkoski deverá defender sua dissertação de mestrado no início do próximo ano.

Crédito de imagem: Arquivo/ Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Pesquisador das Redes de Referências avalia o trabalho da equipe

O gerente do Projeto Rede de Agricultores Familiares de Base Ecológica no Centro Sul do Paraná, Dirk Cláudio Ahrens

Dirk Cláudio Ahrens é pesquisador da Área de Propagação Vegetal da Unidade Regional de Pesquisa Centro-Sul do Iapar em Ponta Grossa, líder do Programa Agroecologia do Instituto e gerente do Projeto Rede de Agricultores Familiares de Base Ecológica no Centro Sul do Paraná. Na entrevista abaixo, Ahrens faz um balanço do trabalho da equipe das Redes e explica a questão da universalidade da metodologia do Projeto.

Qual a sua função nas Redes de Referências?
Sou gerente do Projeto Rede de Agricultores Familiares de Base Ecológica no Centro Sul do Paraná, que envolve parceiros agricultores em conversão agroecológica nos municípios de Porto Vitória, União da Vitória, Rio Azul, Inácio Martins e São Mateus do Sul. A equipe do Iapar é composta por Cátia C. Rommel e Flávia Comiran (ambas da Área de Fitotecnia), Roger D.S. Milléo (Área de Socioeconomia), Dácio A. Benassi (Área de Solos) e eu, Dirk C. Ahrens (Área de Propagação Vegetal).

Quais os pontos positivos e negativos no trabalho cotidiano da equipe?
Os pontos positivos são a grande interação entre pesquisa, agricultores e extensão, permitindo desenvolver trabalhos voltados à realidade local, além da disseminação das tecnologias de agricultor para agricultor, que é muito eficiente. Já o principal ponto negativo é o número reduzido de técnicos e pesquisadores do Iapar e do Emater, o que dificulta a realização de um trabalho de maior amplitude, a coleta mais detalhada dos dados e a divulgação dos resultados.

O que deve ser feito para aprimorar o trabalho das Redes?
O aprimoramento do trabalho só será possível com uma equipe maior e também com um número maior especialistas para estudarem os problemas encontrados.

Recentemente, a Embrapa Pesca e Aquicultura solicitou uma capacitação metodológica aos pesquisadores das Redes de Referências. O senhor acredita na possibilidade de aplicação da metodologia das Redes em qualquer sistema de produção?
Acredito que sim, pois a Rede de Base Ecológica teve a sua metodologia adaptada das Redes de Referências em função de algumas especificidades. A metodologia das Redes oferece excelentes ferramentas para uma interação maior entre agricultores, pesquisadores e extensionistas.

Crédito de imagem: Arquivo/ Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar / CNPq/ IAPAR / EMATER
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