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sexta-feira, 27 de abril de 2012
Unidade Regional de Umuarama finaliza capacitação metodológica para Diagnóstico, Planejamento e Acompanhamento de Unidades Referenciais
Extensionistas da região de Umuarama foram a campo após primeiro contato com a metodologia das Redes de Referências |
A região de Umuarama finalizou nos dias
24 e 25 de abril a capacitação metodológica visando o trabalho em
Unidades Referenciais. De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Emater, Edson Luiz Diogo de Almeida, os extensionistas tiveram a oportunidade de conhecer a metodologia do Projeto
e de aplicá-la em quatro propriedades da região. “A primeira etapa das
oficinas foi concluída com sucesso, porque já preparamos a síntese do
diagnóstico das propriedades visitadas. Já na segunda e última etapa de
capacitação, em Umuarama, realizada agora no final de abril, fizemos o
planejamento dessas mesmas unidades, discutimos o processo de
acompanhamento e definimos estratégias para a continuidade do trabalho”,
completa.
Diogo de Almeida
acrescenta que serão acompanhadas 102 Unidades Referenciais de Difusão
do Emater na região de Umuarama, sendo que 76 delas têm foco na produção
de leite e o restante, em sistemas diversificados, como mandioca, café e
frutíferas. “Após a realização da segunda etapa das oficinas, os
extensionistas já estarão aptos para acompanharem todas essas Unidades
Referencias sozinhos, sob a supervisão de um coordenador mesorregional
do Emater e um outro do Iapar”, acrescenta.
O coordenador do Projeto
pelo Emater faz um balanço positivo desse contato com os extensionistas
do Emater da região de Umuarama. “A mensagem mais forte que a gente
queria passar era de que este instrumento de trabalho pode ser útil para
a rotina de execução das tarefas dos próprios extensionistas, porque
eles passarão a trabalhar sob a perspectiva do sistema produtivo e de
unidades familiares que sejam referência”, conclui.
Já para Rafael Fuentes Llanillo, coordenador estadual das Redes
pelo Iapar, "na capacitação foi feito o planejamento preliminar de
quatro propriedades do município de Umuarama. O aprimoramento desse
trabalho inicial pela equipe regional servirá de base para a implantação
do trabalho em 21 Unidades Referenciais em sistemas leiteiros. Esse
será o primeiro passo rumo à implantação em 102 URs".
Crédito
de imagens: Arquivo/Projeto Redes
Crédito
de texto: Cinthia Milanez
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar / CNPq/ IAPAR / EMATER
Telefone: (43) 3376 – 2274
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar / CNPq/ IAPAR / EMATER
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E-mail: comunicacaoredes@iapar.br
Pesquisadora das Redes de Referências da região Centro Sul ressalta a visão sistêmica, a participação e a proximidade de agricultores, extensionistas e pesquisadores como atributos do Projeto
A pesquisadoras das Redes da região Centro Sul, Cátia Cristina Rommel |
A pesquisadora Cátia Cristina Rommel se formou em
agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em
2006. Possui uma especialização em Agricultura Familiar (UFRGS) e outra
em Soberania Alimentar e Agroecologia Emergente (UNIA, Espanha). Obteve o
título de mestre em Fitotecnia no ano de 2009, também pela UFRGS. Neste
mesmo ano começou a trabalhar como pesquisadora no Iapar e, desde o
princípio, participa das Redes de Referências atuando na região Centro Sul do Paraná.
Qual a sua atuação nas Redes de Referências?
Atuo principalmente na Rede de Propriedades de Referência em Sistemas de Produção de Base Familiar Agroecológica no Centro Sul do Paraná. Nesta, a atuação é maior no braço da Rede em Inácio Martins, que tem se configurado uma Rede sobre transição agroecológica. A atuação é como especialista, conduzindo unidades de teste e validação (UTV) e pesquisas, e como articuladora da Rede.
Como é desenvolvido o trabalho das Redes na região Centro-Sul?
A Rede no Centro Sul tem três enfoques principais: agroecologia, grãos e leite. Dentre estes, como já dito, atuo principalmente na "Rede Agroecológica", portanto centrarei sobre este enfoque as considerações. O trabalho é desenvolvido junto a propriedades, cuja produção agrícola tem bases agroecológicas, em diversos municípios da região: Rio Azul, União da Vitória, São Mateus do Sul, Porto Vitória e Inácio Martins. Além dos agricultores e agricultoras, participam do trabalho extensionistas da Emater e Fundação Terra, representantes de Secretarias Municipais de Agricultura e de Sindicatos. A Rede Agroecológica começou a ser formada em 2004 e desde lá, através das diversas parcerias, tem trazido alguns bons resultados: referências para diversificação de sistemas de produção que incluem o cultivo de tabaco (com diversas publicações que podem ser conferidas no site das Redes de Referências); referências em sistemas silvipastoril que desfecharam em política pública; UTVs de pastagens visando diminuição de vazios forrageiros, UTVs de manejo de solos e plantas de coberturas, UTVs de avaliação participativa de cultivares de milho, participação do Observatório de Soberania Alimentar e Agroecologia Emergente (Espanha) através de sistematização de experiência; melhoria de propriedades e facilitação no fluxo de informações com outras redes.
Pesquisadores e extensonistas das Redes promovem capacitações sobre a metodologia do mesmo, como ocorre agora no acompanhamento de Unidades Referenciais do Emater. Você acredita na universalidade da metodologia do Projeto?
Com certeza, os quase 14 anos de caminhada das Redes de Referências trouxeram inúmeras aprendizagens. Mas nenhum caminho é igual ao outro. Pode-se ter subido 10, 15, 20 montanhas, mas não se pode subestimar a que se está subindo agora. A experiência mostra justamente que não há regras rígidas e caminhos fixos, mas sim sinais que indicam onde não pisar, quando dar passos mais largos, quando acelerar, quando recuar e do que desviar. E estes sinais nunca são os mesmos. Por isso não é necessário conhecer os sinais, mas sim conhecer como perceber os sinais. O que quero dizer com isso é que nenhum "modo de fazer", nenhum método, é universal. O método das Redes sempre precisará de adaptações, mas a experiência tem ensinado a perceber os sinais, que vem configurando a essência das Redes: a visão sistêmica, a participação e proximidade de agricultores, extensionistas e pesquisadores.
Para finalizar, qual a sua expectativa em relação ao Projeto para os próximos anos? O que deve ser mudado? O que deve ser mantido?
Acredito que apesar de necessário em alguns momentos e ocasiões, as validações de tecnologias precisam evoluir para pesquisa participativa, pelo simples fato que nenhuma forma de conhecimento, inclusive o científico, tem capacidade de dar conta de toda riqueza e diversidade do mundo. Portanto, não é apenas questão de validar e adaptar, mas também de dar espaço para outras formas de saber e realizar uma tradução de saberes, isto é, ver o que há de comum entre as várias formas de conhecimento sobre um determinado assunto, sem que uma forma seja mais valorada que as outras. Além disso, sou da opinião de que os trabalhos, tanto de pesquisa, quanto de validação ou melhorias de sistemas, devem ser focados em tecnologias e/ou processos que trazem autonomia, evoluindo para uma autogestão. Sem dúvidas, a visão sistêmica e a proximidade entre diversos atores deve ser mantida, para manter também a essência das Redes.
Qual a sua atuação nas Redes de Referências?
Atuo principalmente na Rede de Propriedades de Referência em Sistemas de Produção de Base Familiar Agroecológica no Centro Sul do Paraná. Nesta, a atuação é maior no braço da Rede em Inácio Martins, que tem se configurado uma Rede sobre transição agroecológica. A atuação é como especialista, conduzindo unidades de teste e validação (UTV) e pesquisas, e como articuladora da Rede.
Como é desenvolvido o trabalho das Redes na região Centro-Sul?
A Rede no Centro Sul tem três enfoques principais: agroecologia, grãos e leite. Dentre estes, como já dito, atuo principalmente na "Rede Agroecológica", portanto centrarei sobre este enfoque as considerações. O trabalho é desenvolvido junto a propriedades, cuja produção agrícola tem bases agroecológicas, em diversos municípios da região: Rio Azul, União da Vitória, São Mateus do Sul, Porto Vitória e Inácio Martins. Além dos agricultores e agricultoras, participam do trabalho extensionistas da Emater e Fundação Terra, representantes de Secretarias Municipais de Agricultura e de Sindicatos. A Rede Agroecológica começou a ser formada em 2004 e desde lá, através das diversas parcerias, tem trazido alguns bons resultados: referências para diversificação de sistemas de produção que incluem o cultivo de tabaco (com diversas publicações que podem ser conferidas no site das Redes de Referências); referências em sistemas silvipastoril que desfecharam em política pública; UTVs de pastagens visando diminuição de vazios forrageiros, UTVs de manejo de solos e plantas de coberturas, UTVs de avaliação participativa de cultivares de milho, participação do Observatório de Soberania Alimentar e Agroecologia Emergente (Espanha) através de sistematização de experiência; melhoria de propriedades e facilitação no fluxo de informações com outras redes.
Pesquisadores e extensonistas das Redes promovem capacitações sobre a metodologia do mesmo, como ocorre agora no acompanhamento de Unidades Referenciais do Emater. Você acredita na universalidade da metodologia do Projeto?
Com certeza, os quase 14 anos de caminhada das Redes de Referências trouxeram inúmeras aprendizagens. Mas nenhum caminho é igual ao outro. Pode-se ter subido 10, 15, 20 montanhas, mas não se pode subestimar a que se está subindo agora. A experiência mostra justamente que não há regras rígidas e caminhos fixos, mas sim sinais que indicam onde não pisar, quando dar passos mais largos, quando acelerar, quando recuar e do que desviar. E estes sinais nunca são os mesmos. Por isso não é necessário conhecer os sinais, mas sim conhecer como perceber os sinais. O que quero dizer com isso é que nenhum "modo de fazer", nenhum método, é universal. O método das Redes sempre precisará de adaptações, mas a experiência tem ensinado a perceber os sinais, que vem configurando a essência das Redes: a visão sistêmica, a participação e proximidade de agricultores, extensionistas e pesquisadores.
Para finalizar, qual a sua expectativa em relação ao Projeto para os próximos anos? O que deve ser mudado? O que deve ser mantido?
Acredito que apesar de necessário em alguns momentos e ocasiões, as validações de tecnologias precisam evoluir para pesquisa participativa, pelo simples fato que nenhuma forma de conhecimento, inclusive o científico, tem capacidade de dar conta de toda riqueza e diversidade do mundo. Portanto, não é apenas questão de validar e adaptar, mas também de dar espaço para outras formas de saber e realizar uma tradução de saberes, isto é, ver o que há de comum entre as várias formas de conhecimento sobre um determinado assunto, sem que uma forma seja mais valorada que as outras. Além disso, sou da opinião de que os trabalhos, tanto de pesquisa, quanto de validação ou melhorias de sistemas, devem ser focados em tecnologias e/ou processos que trazem autonomia, evoluindo para uma autogestão. Sem dúvidas, a visão sistêmica e a proximidade entre diversos atores deve ser mantida, para manter também a essência das Redes.
Crédito
de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito
de texto: Cinthia Milanez, com informações de Cátia Cristina Rommel
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar / CNPq/ IAPAR / EMATER
Telefone: (43) 3376 – 2274
E-mail: comunicacaoredes@iapar.br
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Redes de Referências reúnem 155 técnicos do Emater na primeira etapa da Capacitação em Diagnóstico, Planejamento e Acompanhamento de Unidades Referenciais
Cumprindo acerto firmado entre as diretorias do Emater e do Iapar em novembro passado, a coordenação das Redes de Referências
finalizou a primeira etapa de treinamento metodológico de técnicos do
Emater nas regiões de Umuarama, Toledo, União da Vitória, Maringá e
Francisco Beltrão. Em Toledo, por exemplo, 25 extensionistas receberam
orientação teórica e prática dos profissionais vinculados ao Projeto.
Cada técnico deverá acompanhar 90 propriedades, distribuídas de três a
seis grupos de aproximadamente 30 propriedades. Em cada um desses
grupos, uma propriedade será selecionada para o trabalho como Unidade
Referencial.
De acordo com
Gelson Hein, articulador regional de pecuária do Emater da região de
Toledo, a capacitação metodológica das Redes é importante
porque orienta os técnicos da instituição para uma visão sistêmica do
funcionamento das propriedades. “O treinamento é altamente positivo,
porque envolve um trabalho mais direcionado”, explica. Hein também
destaca a importância da parceria entre a pesquisa e a extensão, porque a
primeira desenvolve tecnologias que trazem melhorias às propriedades e a
segunda é responsável pela difusão e pela adaptação destas às
necessidades de cada produtor. Já Ivan Decker Raupp, chefe regional do
Emater em Toledo, fala sobre o papel dos chefes regionais da instituição
no andamento dessa iniciativa. “Nós definimos grupos, debatemos com os
colegas da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e
medimos os resultados da extensão”, acrescenta. Programa de trabalho
A primeira etapa da capacitação aborda o papel da extensão rural sob o enfoque de projetos prioritários em unidades referenciais, a elaboração da tipologia de agricultores, os critérios para a seleção de agricultores colaboradores e o diagnóstico de unidades produtivas, sendo finalizada com a realização e a discussão de um exercício a campo. Já na segunda etapa, com datas já programadas para estas regiões, discute-se o planejamento e o acompanhamento das propriedades selecionadas, sendo realizado um exercício prático de planejamento das unidades produtivas visitadas na primeira etapa.
Oficinas
A região de Campo Mourão também está inserida nessa primeira etapa de capacitação metodológica. De acordo com João Ricardo Barbosa Rissardo, coordenador regional de projetos do Emater, extensionistas do local devem trabalhar com 30 propriedades, cujas cadeias produtivas se dividem em leite, grãos, fruticultura, café e cultivo florestal. Após a primeira oficina teórica, realizada no início de março, será definida a data para a capacitação dos técnicos. Nas demais regiões, a realização da capacitação em suas duas etapas vem sendo programada junto às gerências regionais do Emater.
Crédito
de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito
de texto: Cinthia Milanez
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