quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Aberta consulta pública para a escolha do Selo dos Produtos Orgânicos no Brasil


Foi aberta a consulta pública para a escolha do Selo dos Produtos Orgânicos em nosso país.

Esse selo passará a estar presente em todos os produtos orgânicos em que a avaliação da conformidade tenha sido realizada por organismos credenciados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a partir de 2010.

No site do Ministério da Agricultura, você poderá escolher o selo que passará a identificar todos os produtos orgânicos brasileiros inseridos no Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. Este mostrado na imagem é uma das opções!

A votação vai até 19 de março. Vote e incentive outras pessoas a votar.

Clique aqui e vote em um dos selos dos orgânicos!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Brasil é terceiro maior país com áreas destinadas à plantação de orgânicos


O Brasil é o terceiro maior país com áreas destinadas à plantação de orgânicos: 1,8 milhões de hectares. A informação é da Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica International. A pesquisa foi divulgada pelos organizadores da BioFach 2009, aberta nessa quarta, dia 18, em Nurenberg, na Alemanha, e considerada a mais importante feira de produtos orgânicos do mundo

Em termos de área cultivada com orgânicos, o Brasil só perde para a Austrália (12 milhões de hectares) e para a Argentina (2,8 milhões de hectares). Para Ming Liu, coordenador executivo do Organics Brasil, programa criado para promover produtos orgânicos brasileiros no mercado internacional, o resultado da pesquisa é positivo pois o país começa a ser visto como mais que um fornecedor de matéria-prima.

A Organics Brasil levou para a feira 32 empresas de produtos orgânicos da área de cosméticos e alimentos de estados como São Paulo, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná. Este é o quarto ano que o país participa do encontro.
Ming Liu ressalta que a participação brasileira no encontro é uma forma de mostrar para o mundo o que o país produz na área. "É a imagem do país no centro do comércio de produtos orgânicos, nessa feira que lança tendências no mundo inteiro", avaliou.

Para Liu, a BioFach, que reúne cerca de 120 países até o próximo domingo, dia 22, é uma boa oportunidade de fechar negócios e de saber como o setor está enxergando a atual crise mundial.
- As empresas que estão aqui estão procurando fechar negócios. No ano passado, nós fechamos negócios da ordem de U$30 milhões de dólares. A nossa expectativa este ano era uma incógnita, mas, se for considerar que pouco mudou, acho que a gente consegue repetir o resultado de 2008.

A Organics Brasil foi criada em 2005 por meio de uma parceria entre a organização não-governamental paraense Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Desenvolvimento (Apex-Brasil) e Federação das Indústrias do Paraná. Hoje, o programa concentra 71 empresas nacionais de orgânicos sob a marca única Organics Brasil.

AGÊNCIA BRASIL

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Reportagem sobre as Redes de Referências vai ao ar em programa da rádio Brasil Sul, de Londrina



O Programa Dia de Campo, da Rádio Brasil Sul (AM 1290), exibiu neste domingo (15) reportagem mostrando uma síntese do trabalho desenvolvido pelas Redes de Referências para Agricultura Familiar. O repórter da Brasil Sul, Flávio Almeida, entrevistou o coordenador das Redes do IAPAR Rafael Fuentes Llanillo e o extensionista da EMATER Luiz Arthur B. Rosa.

O Programa Dia de Campo, que tem como apresentador e coordenador o jornalista Lino Tucunduva Neto, vai ao ar todos os domingos das 8 às 9 da manhã e traz informações sobre novas tecnologias, orientações técnicas, recomendações e alternativas para o desenvolvimento da agropecuária paranaense.

As Redes de Referências para Agricultura Familiar têm o apoio do programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).

Ouça a entrevista concedida à Rádio Brasil Sul

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Agricultura familiar impulsiona a indústria de máquinas no Paraná

A agricultura familiar é a principal responsável pelos bons resultados do setor de máquinas agrícolas neste início de ano. Veja a situação no Paraná.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Reportagem sobre as Redes de Referências vai ao ar em programa da radio londrinense Brasil Sul


Neste domingo (15), a partir das 8 da manhã, o Programa Dia de Campo, da Rádio Brasil Sul, apresenta uma reportagem mostrando uma síntese do trabalho desenvolvido pelas Redes de Referências para Agricultura Familiar. Durante a última semana, o repórter da rádio Flávio Almeida entrevistou o coordenador das Redes do IAPAR Rafael Fuentes Llanillo, além do extensionista da EMATER Luiz Arthur B. Rosa.


O Programa Dia de Campo, que tem como apresentador e coordenador o jornalista Lino Tucunduva Neto, vai ao ar todos os domingos das 08 às 09 da manhã e traz informações sobre novas tecnologias, orientações técnicas, recomendações e alternativas para o desenvolvimento da agropecuária paranaense. Para ouvir a programação da Brasil Sul, basta sintonizar o rádio em 1290 kHz, na região de Londrina.
As Redes de Referências para Agricultura Familiar têm o apoio do programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).

Victor Lopes
Jornalista
Programa Universidade Sem Fronteiras / SETI / IAPAR
Endereço eletrônico: comunicacaoredes@iapar.br

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Agricultura Familiar: alimentos cultivados por pequenos produtores estarão na merenda escolar

Um incentivo à produção da agricultura familiar de todo o Brasil. Conheça a lei que está tramitando no Congresso Nacional e deve beneficiar produtores e escolas. A cidade de Suzano, no interior paulista, se antecipou ao projeto de lei e, na merenda escolar da cidade, já estão os alimentos cultivados por pequenos produtores da região

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Estudo mostra que reserva legal prejudicará economia do país

Pesquisa divulgada nesta segunda, dia 9, pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul mostrou cenário preocupante para o agronegócio, principalmente para os pequenos agricultores. Veja as projeções do estudo no vídeo abaixo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Brasil: orgânico por natureza


Solidificando-se cada vez mais como um dos maiores fornecedores de matéria prima orgânica do mundo, o Brasil chega à maior e mais importante feira do setor, a BioFach, com 32 empresas, um número recorde para o país. Também pela primeira vez, o Brasil vai ocupar cinco (5) estandes no Pavilhão Vivaness, destinado exclusivamente aos cosméticos. Otimistas, as brasileiras estarão lado a lado com outras 1200 empresas de 116 países exibindo-se de 19 a 22 de fevereiro em Nuremberg, na Alemanha.


"As perspectivas para 2009 continuam positivas, apesar do atual desaquecimento da economia mundial", acredita Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil. Suas razões para este otimismo serão explicadas na palestra "Brazil: More than just a supply market", marcada para as 15 horas, do dia 20 no Hall 2 330 Vivaness Hall 7A 460. "O Brasil é mais do que apenas um produtor agrícola e extrativista de orgânicos", diz. E explica: "O país é também um fornecedor de produtos de alto valor agregado, processados e industrializados e que se diferencia pelo conceito de sustentabilidade de comunidades étnicas e de cooperativas".

Em 2008, as 64 empresas associadas ao Projeto Organics Brasil exportaram US$ 58 milhões para 70 países, um aumento de 176% em relação a 2007(veja quadro abaixo) e que reflete na 3ª posição mundial - recentemente anunciada pela IFOAM - em área certificada para orgânicos, com 1,8 milhões de hectares. E desde o início deste ano, seis (6) novas empresas se uniram ao projeto. Agora são 70 empresas associadas: do extrativismo ao pequeno produtor rural; de indústrias às empresas de comércio exterior. Os produtos que mais se destacam são bebidas alcoólicas (cachaça) e não alcoólicas (chás, café e sucos); ingredientes de base para cosméticos; insumos e ingredientes amazônicos (andiroba) e exóticos (camu-camu, cupuaçu), frutas (açaí, guaraná, uva, abacaxi) legumes e carne bovina. E os mecanismos de certificação e rastreabilidade habilitam o país a ampliar sua base de exportação.

Números do projeto Organics Brasil:
Ano Empresas participantes Volume de exportação
2005 12 US$ 9,5 milhões
2006 33 US$ 15 milhões
2007 42 US$ 21 milhões
2008 64 US$ 58 milhões

O Organics Brasil surgiu para promover os produtos orgânicos brasileiros no mercado internacional, reunindo empresas e produtores em torno de uma marca única, atendendo aos mais exigentes padrões de adequação sócio-ambiental. O Projeto Organics Brasil é resultado de uma ação conjunta da iniciativa privada (Instituto de Promoção do Desenvolvimento e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e entidade governamental (Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), compondo uma sólida base institucional criada para fortalecer o setor brasileiro de orgânicos e viabilizar sua expansão no mercado internacional. [ Projeto Organics Brasil Biofach Hall 2 330 e Vivaness Hall 7A 460 | www.organicsbrasil.org ].

Revista Fator

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Em alta, setor de orgânicos amplia canais de comunicação com o consumidor

Depois de conseguir um espaço reservado nos supermercados e a realização de grandes feiras internacionais, o setor de orgânicos amplia os canais de comunicação com o consumidor. Algumas empresas estão vendendo os produtos por telefone e até pela internet e, o melhor, entregando fresquinho direto na mesa do cliente. Confira o vídeo abaixo!

Editorial: O desafio da agropecuária paranaense


A atual discussão sobre a reforma do Código Florestal é muito importante para o estado do Paraná. A aplicação do Código Florestal, que está sendo feita com rigor nos últimos tempos, pode tirar da agropecuária paranaense 4,8 milhões de hectares, mostrou reportagem da Gazeta do Povo da última quinta-feira (29/01).

Descontando as áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal definidas no texto atual do Código, a área total dos estabelecimentos rurais paranaenses, que pode ser usada realmente na agricultura e na pecuária, recuará dos atuais 15,9 milhões de hectares para 11,1 milhões de hectares



Isto representará uma redução de 30% da área destinada à produção. Este dado por si só é preocupante e pode significar um baque econômico para o estado: do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense, a agropecuária continua tendo um peso significativo, quase 20% do total.

Como mostrou a Gazeta, estudo do professor João Batista Padilha Júnior, do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal do Paraná (UFPR), indica que, se for levada em conta apenas a reserva legal das propriedades rurais - parte de 20% da área do imóvel em que é obrigatória a preservação ou recomposição da vegetação nativa -, o Paraná vai perder 3,2 milhões de hectares. Além disso, as APPs tiram outro 1,6 milhão de hectares de áreas com potencial produtivo, hoje.

Em vigor desde 1965, o Código Florestal sempre foi falho na sua aplicação, por incompetência dos governos e por má vontade política. Somente nos anos mais recentes é que a lei vem sendo aplicada com mais rigor. Agora, no governo Lula, como demonstrou o embate entre os ministros, a questão ganhou destaque de primeira grandeza. Afinal, mesmo com um código tão rígido, os abusos contra o meio ambiente, principalmente o desmatamento e as queimadas, nunca foram contidos, no Brasil. Ao mesmo tempo, esta legislação vem se mostrando temerária para o setor produtivo.

Analisando este quadro, é compreensível a postura do ministro paranaense Reinhold Stephanes, que defende a flexibilização do Código Florestal, indo ao encontro com o que pensa e quer o setor produtivo agropecuário. O principal motivo de seu desentendimento com Carlos Minc foi justamente, nas recentes discussões sobre o tema, em Brasília, a proposição do Ministério da Agricultura de diminuir as restrições do Código Florestal, que proíbe o desmatamento em 80% das propriedades.

As florestas paranaenses somam hoje uma área de cerca de 3,4 milhões de hectares, o que equivale dizer que a cobertura florestal do estado chega perto de 18%, sendo cerca de 10% com florestas bem conservadas, segundo dados do pesquisador Carlos R. Sanquetta, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nunca se demonstrou tanto interesse pelo debate desse tema como agora, tanto pelo aumento da consciência ambiental como pela valorização econômica do patrimônio natural, para a sua utilização racional e sustentável. Por isso, as discussões estão acirradas.

O grande desafio do Paraná, diante desse dilema, é encontrar alternativas sólidas para continuar mantendo seu nível de produção agropecuária, dentro de uma perspectiva cada vez mais centrada na preservação do meio ambiente. Se o Código Florestal não mudar, haverá com certeza um baque na agropecuária. E a única saída para os produtores será investir grandes somas de recursos em tecnologia para ganhar em produtividade. Hoje, entretanto, esses recursos estão escassos. Dessa forma, essa mudança, se ocorrer, não se dará da noite para o dia.

Gazeta do Povo (Editorial)
Publicado em 02/02/2009