quarta-feira, 27 de julho de 2011

Proposta de reestruturação do CPRA visa implantar Redes de Referências em todo o estado do Paraná


Sede do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), em Pinhais, região metropolitana de Curitiba

O Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) foi criado em 2005 com o objetivo de difundir, capacitar e validar a agroecologia no estado do Paraná. Ele é composto por 28 funcionários emprestados de outras instituições, como o Iapar e o Emater, além de 19 estagiários. Dentre as ações promovidas pelo Centro, destacam-se os Dias de Campo e as oficinas, ambos decorrentes de parcerias com outros órgãos de pesquisa.
Diante desse cenário, a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB) requisitou uma proposta de reestruturação à diretoria do CPRA para avaliar a continuidade dos trabalhos da instituição. De acordo com o diretor-adjunto do Centro, Márcio Miranda, essa proposta foi apresentada em uma reunião interna na sede do órgão, localizada na cidade de Pinhais, ainda neste mês, e logo depois, foi encaminhada para a SEAB.
Dentre os principais itens da proposta de reestruturação, destacam-se a necessidade de um quadro próprio e mais amplo de funcionários, além da criação de uma área de articulação e informação por meio de um site que disponibilize dados de todos os projetos promovidos pela instituição. O diretor-adjunto do órgão acrescenta que o item de maior importância é a criação de Redes de Referências em Agroecologia, uma vez que o CPRA precisa de uma articulação mais ampla em todo o estado.
Miranda também afirma que a expectativa dos colaboradores da instituição é de que a SEAB aprove essa proposta de reestruturação. “Com isso, o CPRA vai se transformar em um Centro que possa cumprir efetivamente a sua missão, que é a de promover a agroecologia em todo o estado do Paraná”, conclui. A Secretaria de Agricultura já está analisando a documentação encaminhada pelo órgão e até o final desta semana pode emitir um parecer sobre o assunto.


Crédito de imagem: Site/CPRA
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Projeto Redes retoma desenvolvimento de novo sistema para monitoramento de propriedades


Integrantes do Projeto Redes estiveram reunidos, na última semana, para a apresentação final do novo sistema de monitoramento de propriedades

Integrantes das Redes de Referências para a Agricultura Familiar estiveram reunidos, na última semana, para a apresentação do novo sistema de monitoramento de propriedades. De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Emater, Edson Luiz Diogo de Almeida, esse novo software foi desenvolvido exclusivamente para atender as necessidades do trabalho, mas ainda precisa receber alguns retoques para ser usado de forma efetiva.
Segundo Diogo de Almeida, os integrantes das Redes utilizavam um sistema de planilhas para gerir as propriedades, denominado Rede de Propriedades de Referências (RPRs). Logo depois, passaram a fazer uso do software SAP, desenvolvido pela OCEPAR. Entretanto, tais ferramentas se mostraram limitadas para uma análise dos locais monitorados dentro das exigências metodológicas.
Diante disso, pesquisadores e extensionistas das Redes começaram a usar o software catarinense CONTAGRI. Ele faz um monitoramento mais abrangente, mas, como foi desenvolvido pela EPAGRI, está mais adequado à realidade do estado de Santa Catarina. “Acreditamos que esse novo software possa fazer o gerenciamento das propriedades com maior controle, mas por precaução, continuaremos fazendo uso do CONTAGRI”, afirma.
Já o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, destaca que o novo sistema possui uma solução via web, ou seja, possibilita o acesso on-line dos dados de todas as unidades produtivas monitoradas. Segundo Fuentes, tal acessibilidade proporciona um acompanhamento mais ágil e preciso das propriedades. “Tem tudo para ser uma ferramenta de agilização do processo, preenchendo essa rotina tão característica que é o acompanhamento de propriedades”, conclui.

A empresa LidaWeb
A LidaWeb é uma empresa com foco no agrobusiness e conta com mais de 2.400 propriedades rurais ativas em seus sistemas de monitoramento, dentre elas, 1.072 são predominantemente leiteiras. Os softwares desenvolvidos por ela utilizam a ferramenta Java Flex, que permite o acesso simultâneo de mais de 1.000 usuários.
De acordo com Ademir Morgenstern, um dos sócios da empresa, o novo software desenvolvido exclusivamente para as Redes gerencia grupos de propriedades e, ao mesmo tempo, analisa o trabalho da equipe como um todo. A previsão para este ano é de, finalizando o desenvolvimento, motivar os integrantes do Projeto para que o software passe a ser utilizado em todas as propriedades trabalhadas.
Segundo Morgenstern, o novo sistema de monitoramento é simples de ser usado. Por isso, técnicos, extensionistas e pesquisadores vão aprender a gerenciar as propriedades apenas na prática, sendo desnecessária qualquer tipo de capacitação. Os dados armazenados estarão protegidos por senha e apenas a equipe das Redes terá acesso aos mesmos. A divulgação desses números poderá ser feita, por diferentes meios, entre os quais o boletim das Redes, veiculado de forma periódica via email.


Crédito de texto e imagem: Cinthia Milanez
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terça-feira, 5 de julho de 2011

Coordenador estadual das Redes pelo Iapar avalia o trabalho da equipe

O engenheiro agrônomo e coordenador estadual do Projeto Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo

Rafael Fuentes Llanillo se formou em 1978 pela Esalq/USP, de Piracicaba, em São Paulo. Seis anos depois, defendeu sua tese de mestrado em economia agrária também pela Esalq. Em 2007, adquiriu o título de doutor em solos pela UEL. Começou a trabalhar no Iapar como pesquisador em 1979 e assim continua até então.
Além disso, foi líder do Programa Sistemas de Produção do Iapar no período de 1985 a 1991, voltando a atuar com a mesma função neste ano. É coordenador estadual do Projeto Redes pelo Iapar desde 2009. Na entrevista abaixo, Fuentes expõe e avalia o papel da pesquisa no setor agrícola paranaense e, mais especificamente, no Projeto que ele coordena.

Rafael, qual a função do coordenador estadual das Redes pelo Iapar?
A minha principal função é articular a execução dos trabalhos das Redes entre o Iapar e o Emater, garantir recursos financeiros para execução de pesquisa adaptativa nas propriedades, constituir as equipes mesorregionais com dois pesquisadores cada e articular a participação de pesquisadores especialistas quando necessário.

Quais os benefícios que o Projeto oferece às famílias vinculadas a ele?
O principal benefício das famílias é a obtenção de conhecimentos e inovações em primeira mão e de servir de exemplo para milhares de produtores que usam sistemas de produção do mesmo tipo.

O que deve ser feito para melhorar o desempenho dessas famílias?
Na maior parte dos casos, trata-se de adaptar soluções e inovações já existentes às condições locais, mas existem situações em que é necessário voltar aos laboratórios de pesquisa para obter as soluções.

Qual o papel da pesquisa no setor agrícola paranaense e, mais especificamente, no Projeto Redes?
A pesquisa desempenha papel crucial na obtenção de inovações que melhorem a renda e o bem-estar das populações que vivem no meio rural, assim como que atendam aos interesses dos consumidores e das agroindústrias com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. As Redes, por sua vez, são uma zona de contato entre produtores, extensionistas e pesquisadores, onde o papel da pesquisa é testar e validar as inovações em condições reais de produção.


Crédito de texto e imagem: Cinthia Milanez
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Doutorando belga visita propriedades das Redes

O doutorando belga, Bert Vander Vennet, volta para o seu país na próxima semana

O belga Bert Vander Vennet é formado em agronomia e é mestre em sociologia rural. Neste ano, ele começou o doutorado e veio ao Brasil com o intuito de complementar as suas pesquisas. Ele conta que o foco do seu trabalho é a sustentabilidade na produção de suínos e, consequentemente, no cultivo de soja, porque o grão serve de alimento para esses animais. “Eu queria fazer essa pesquisa para saber as histórias que estão por trás desses produtos, as histórias dos agricultores”, complementa Vennet.
O doutorando está no Brasil há apenas três meses e já visitou algumas propriedades familiares vinculadas ao Projeto Redes. Segundo ele, o trabalho dos extensionistas e dos pesquisadores da equipe é semelhante ao desenvolvido pelas instituições da Bélgica porque os agricultores de ambos os países possuem características parecidas. “A imagem que os brasileiros têm da Europa é que tudo vai bem, mas os pequenos produtores de lá enfrentam as mesmas dificuldades que os daqui”, acrescenta Vennet.
De acordo com o doutorando, as principais dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores belgas e brasileiros são, principalmente, a baixa lucratividade e o êxodo rural, ou seja, o deslocamento da população do campo para as grandes cidades. “A atuação do Projeto Redes aqui no estado do Paraná é essencial para ajudar os agricultores a enfrentar essas dificuldades. O Projeto, definitivamente, é um exemplo a ser seguido”, conclui.


Crédito de texto e imagem: Cinthia Milanez
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Iapar e Ipardes definem planos de ação voltados à agropecuária paranaense


O gráfico mostra a distribuição dos alimentos produzidos pela agricultura familiar brasileira com base no Censo Agropecuário de 2006

Pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e técnicos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) participaram de uma reunião, no início deste mês, que discutiu planos de ação voltados à área rural paranaense. Tais planos são baseados nos resultados do Censo Agropecuário de 2006, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o coordenador mesorregional norte do Projeto Redes e um dos pesquisadores do Iapar que participou da reunião, Dimas Soares Júnior, esse último Censo Agropecuário oferece subsídios para o trabalho das Redes. “O que o Censo pode oferecer é subsídios para a escolha de produção, além da definição do tipo do produtor e do sistema em que ele está inserido”, complementa.

Censo Agropecuário
O Censo Agropecuário é realizado somente a cada dez anos, porque é uma pesquisa nacional que precisa de tempo e de recursos financeiros. Ele define o perfil da agropecuária de cada região do país. No Paraná, foram analisados 371 mil estabelecimentos rurais e as principais características do estado são, dentre outras, uma forte presença da agricultura familiar e uma elevada produção de grãos.
Segundo Soares Júnior, o objetivo do IBGE para os próximos anos é tornar essa pesquisa anual, o que deixa os dados obtidos sempre atualizados. “Mas, por hora, enquanto não dispomos desse instrumento, a equipe do Projeto Redes continua fazendo uso dos dados resultantes do Censo Agropecuário mais recente”, ressalta o pesquisador.


Crédito de imagem: Google Imagens
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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