segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Técnico do Emater avalia o trabalho das Redes de Referências


O técnico agrícola e extensionista das Redes, Antonio Carlos Gerva

Antonio Carlos Gerva é técnico em agropecuária, licenciado em Ciências Biológicas pela Unicentro e especialista em bovinocultura de leite pela Universidade Federal de São Carlos. Iniciou a carreira profissional em 1983, atuando na iniciativa privada. Quatro anos depois, começou a trabalhar na área de mecanização agrícola e irrigação na antiga Companhia Agrícola de Fomento Econômico (CAFE) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento do Paraná.
Em 1991 passou a atuar no Instituto Emater de Inácio Martins. Foi transferido para o município de Rio Azul em 1994 e a partir de 2001 passou a ser assessor da Cooperativa FRIMESA, na região de Irati, onde ficou até 2006. No ano seguinte, foi transferido para a unidade local do Emater, em Irati, onde atua até hoje na função de técnico nas áreas de bovinocultura de leite e de merenda escolar, juntamente com o trabalho das Redes nos sistemas leiteiros.

Qual a sua função nas Redes?
A minha função nas Redes é de extensionista, onde atuo desde o ano de 2007. O Projeto Redes de Referências é aliado do trabalho de leite em Irati.

Qual a avaliação que você faz do trabalho da equipe?
A situação de trabalho em termos de pesquisa e extensão melhorou porque ambos promovem a contínua inovação das atividades dos pequenos produtores.

Quais os pontos positivos e negativos no trabalho cotidiano das Redes?
Dentro do Emater o trabalho é muito diversificado, não tendo um trabalho específico, atendemos vários programas de governo, o que dificulta o acompanhamento da contabilidade e a visita agendada. Por outro lado, a aproximação da família facilita e permite ao técnico conviver melhor com ela, entendendo seu dia-a-dia, o que aperfeiçoa o trabalho de obtenção de referências técnicas e econômicas.
Outra situação é que com o acompanhamento mensal das propriedades existe uma possibilidade de organizar e planejar melhor a atividades e os serviços de cada período, principalmente através dos acompanhamentos de receitas e despesas, do investimento a ser feito e do fluxo de caixa do empreendimento.

Em relação à região na qual você atua, houve algum progresso dos produtores?
Sim. Atualmente, o município conta com aproximadamente 300 produtores de leite e uma produção diária de quase 30.000 litros. Com este trabalho, conseguimos instalar nove unidades de referências, formando grupos de vizinhança e discutindo com eles a implantação de tecnologias.
Destas nove propriedades de referências, quatro são acompanhadas pelo CONTAGRI, que é um sistema de monitoramento contábil. Com isso, foi possível verificar o crescimento, assim como o incremento da atuação da pesquisa e da extensão na implantação de pastagens perenes.
Outro dado importante é que os custos de produção destas propriedades eram verificados apenas pelos gastos diretos, mas agora todos os dados são acompanhados, fato que permite identificar qual item dá mais despesa, por exemplo. O gerenciamento melhorou o processo de verificar onde investir, a porcentagem de animais em produção em relação ao rebanho, dentre outros detalhes.
As famílias podem verificar e discutir ao final de cada período junto com pesquisadores e extensionistas, podem identificar quais resultados conseguiram e ao final, avaliar o saldo das receitas e despesas. Também através do trabalho das Redes, os vizinhos conseguem ver e implantar em suas propriedades as tecnologias apropriadas da atividade.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar / CNPq/ IAPAR / EMATER
Telefone: (43) 3376 – 2274
E-mail:
comunicacaoredes@iapar.br

Projeto Redes Oeste resgata produtores de leite

 
O pesquisador das Redes pelo Iapar, Luiz Moreira Coelho Junior, orientando o produtor Pedro Marin, do município de Missal
As Redes de Referências da região Oeste do estado voltam a acompanhar o trabalho de seis produtores de leite. De acordo com o pesquisador da Unidade Regional de Pesquisa Oeste (URP-Oeste) do Iapar, Luiz Moreira Coelho Junior, o Projeto estava em compasso de espera desde 2008. “A intenção, daqui para frente, é ampliar o número de estabelecimentos rurais atendidos pelas Redes”, acrescenta.
Já para José Luiz Bortoluzzi da Silva, especialista em pecuária leiteira que acompanha pequenos agricultores vinculados às Redes desde o ano de 2005, “o Projeto passou por um período de carência de extensionistas de Redes para o acompanhamento de propriedades, mas agora está se recompondo com o reforço da equipe do Iapar”. Bortoluzzi acrescenta que a sua principal função, no caso da bovinocultura de leite, que é a atividade predominante na região, consiste em orientar o pequeno produtor no planejamento forrageiro, no manejo do rebanho e na qualidade do leite.

Estatísticas
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar acompanham cerca de 250 produtores familiares e têm 35 sistemas de referências descritos em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Na região Oeste, além dessas seis propriedades leiteiras, a equipe acompanha 17 famílias das Redes Orgânicas, está iniciando trabalho nas Redes Integração Lavoura-Pecuária em parceria com a Coopavel e também existe a possibilidade de aproximação com o Frigorífico Diplomata.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Redes de Referências intensificam ações de validação no Norte Pioneiro


O pesquisador da Área de Melhoramento Vegetal do Iapar, Tumoru Sera, em visita à propriedade do produtor Eliseu Menin, de Carlópolis

Os pesquisadores do Iapar Dimas Soares Júnior e Tumoru Será, além do bolsista Henrique Navarro Fonseca, estiveram em cinco propriedades do Território Norte Pioneiro entre os dias 19 e 22 de setembro com o objetivo de planejar Unidades de Teste e Validação (UTVs) em implantação de lavouras cafeeiras na região. Dentre as famílias que receberam os profissionais do Instituto, estão a de Eliseu Menin (Carlópolis), José Avilar Rissa Filho (Ribeirão Claro), Orlando de Campos (Ibaiti), Orlando da Silva Pires (Japira) e Jeremias De Col (Pinhalão).
De acordo com Dimas Soares Júnior, as Redes de Referências buscam o apoio dos demais programas e áreas técnicas do Iapar para a instalação das UTVs. “Nós já trabalhávamos em sistemas leiteiros com manejo de pastagens e balanceamento e também com rotação de culturas em sistemas de grãos, mas a novidade agora é a implantação da validação em lavouras de café em parceria com o Programa Café e a Área de Melhoramento Vegetal do Iapar, que possui um trabalho forte de melhoramento de café”, complementa o pesquisador.
As UTVs implantadas nessas cinco propriedades receberão a supervisão do pesquisador da Área de Melhoramento Vegetal, Tumoru Sera, que disponibilizará sete diferentes cultivares de café visando a adequação climática e o escalonamento da colheita. Os profissionais já fizeram um primeiro contato com as famílias e um reconhecimento das áreas onde serão implantadas as Unidades. “A partir de agora, será feito um plano para a implantação das lavouras cafeeiras nas UTVs e dentro de algumas semanas, começaremos as ações para concretizar esse plano”, acrescenta Soares Júnior.
Já para Tumoru Sera, a parceria entre as Redes de Referências para a Agricultura Familiar e a Área de Melhoramento Vegetal do Iapar, que inclui o Programa Café, reveste-se de grande importância, uma vez que “os novos materiais com características superiores estarão cada vez mais disponíveis aos  pequenos produtores da região”, conclui o pesquisador.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
Bolsista de Comunicação Social – Jornalismo
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Redes de Referências promovem mais um Dia de Campo no Norte Pioneiro

120 agricultores participaram de Dia de Campo em São José da Boa Vista, na região do Norte Pioneiro do estado do Paraná
Mapa da propriedade da família Lima, que sediou o Dia de Campo no final do último mês

A família Lima, colaboradora das Redes de Referências há quase dois anos, abriu as porteiras da propriedade com o objetivo de disseminar práticas utilizadas no sistema de produção de leite em pasto, que levaram as 11 vacas Jersey-Holandesas em lactação a produzir cerca de 190 litros de leite por dia, com uma média diária de 17 litros por animal. Antes do acompanhamento das Redes, a família possuía 8 vacas que produziam 72 litros de leite, com uma média diária igual a 9 litros por animal.
De acordo com Jovanete José Lima, proprietário do sítio que sediou o Dia de Campo, o evento mostrou novas técnicas de manejo de solo para produção de leite em pasto e só foi realizado graças a uma parceira entre produtores e instituições. “A experiência que tivemos nas Redes de Referências é muito boa e a tendência dessa parceria com o Iapar e o Emater é que ela aumente os benefícios para nós, pequenos produtores”, comenta.
Já para o vice-prefeito de São José da Boa Vista, Wagner Mattos Cardoso, as culturas mais tradicionais da região (milho e feijão) dificultavam a obtenção de lucro constante por parte dos pequenos produtores e o leite foi a alternativa mais viável que eles encontraram. “Nós temos produtores aqui da região que começaram produzindo 10 litros de leite por dia, mas graças aos recursos do PRONAF, à pesquisa,  à assistência técnica e aos treinamentos, eles já aumentaram esse valor e passaram a ter uma renda mensal”, acrescenta.

Assistência
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar acompanham cerca de 250 produtores familiares e têm 35 sistemas de referências descritos em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Na região do Norte Pioneiro, a equipe desenvolve sistemas melhorados junto à 19 famílias desde o ano de 2009. Depois do acompanhamento das Redes, a família Lima, que é formada por Jovanete José Lima, Índia Estela Araújo Lima e João Alexandre Lima, também implantou o sistema silvipastoril em uma área equivalente a 1,47 hectares.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Integrantes do Programa de Sistemas de Produção do Iapar redefinem metas

Cerca de 30 pesquisadores do Iapar estiveram reunidos nos dias 31 de agosto e 01 de setembro para rediscutir o planejamento estratégico do Programa de Sistemas de Produção do Instituto

Integrantes do Programa de Sistemas de Produção (PSP) rediscutiram a orientação de trabalho em reunião realizada no começo deste mês. De acordo com o coordenador adjunto da Diretoria de Inovação Tecnológica (DIT) do Iapar, Marcos Valentin Ferreira Martins, o PSP surgiu em 1985 com a função de testar e validar tecnologias em nível de propriedade, com total integração entre os demais Programas do Instituto. “Na reunião, essa missão foi revisitada e serviu para discutir o que mais pode ser feito para melhorar o trabalho da equipe”, acrescenta.
As Redes de Referências para a Agricultura Familiar fazem parte do PSP, sendo um dos principais projetos deste. Segundo o coordenador estadual das Redes pelo Iapar e também líder do Programa, Rafael Fuentes Llanillo, o Projeto ocupa um papel de destaque dentro do PSP porque busca validar sistemas de produção melhorados e oferecer alternativas econômicas mais viáveis para a melhoria da qualidade de vida dos produtores. “O objetivo agora é fazer um balanço de tudo o que já foi feito nas Redes e nos demais projetos e apresentar soluções que melhorem as deficiências”, conclui.

Objetivos estratégicos
Dentre os principais objetivos estratégicos traçados pela equipe do Programa de Sistemas de Produção, destacam-se: atualização da leitura sobre as características regionais da agropecuária paranaense, articulação com programas de pesquisa do Iapar, teste e validação de tecnologias junto aos produtores medindo impactos técnicos, sociais, econômicos e ambientais nos sistemas de produção, fornecimento de subsídios para a formulação de políticas públicas junto com os demais agentes e o desenvolvimento de metodologia com enfoque sistêmico.

Crédito de texto e imagem: Cinthia Milanez
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Redes de Referências ampliam número de Unidades de Teste e Validação (UTVs)

Pesquisadores das Redes em visita à propriedade da família Francelino, de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro

As Redes de Referências para a Agricultura Familiar pretendem aumentar o número de Unidades de Teste e Validação (UTVs)  implantadas em propriedades de colaboradores em diferentes regiões do estado do Paraná. A família Francelino, de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro, se prepara para a inclusão neste trabalho. De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, as atividades com os produtores do Norte Pioneiro começaram no ano de 2009 em ação apoiada pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).
Segundo Fuentes, os sistemas de produção trabalhados no Território estão baseados, essencialmente, nas culturas de café, grãos, morango, pecuária de leite e na olericultura. “Então, no decorrer de 2009, foram elaborados 21 planos de propriedades visando à melhoria desses sistemas de produção”, reforça. O pesquisador acrescenta que a implantação de uma UTV proporcionará um aperfeiçoamento técnico da família Francelino e dos demais produtores da região, uma vez que ela servirá de referência para os demais.
Com a inclusão da família, a equipe de validação de rotação de culturas de grãos passa a possuir cinco UTVs, localizadas nos municípios de Arapongas, Santa Mariana, Cafeara, Umuarama e Wenceslau Braz. “Já foi feita a escolha da área e as primeiras amostragens de solo, que são os passos iniciais da implantação de uma UTV", conta Fuentes. Por parte do Emater, existe uma boa expectativa em relação à melhoria dos sistemas de grãos na região. O extensionista Sidney Barros Monteiro revela que "algumas ações já estavam sendo levadas adiante na pecuária leiteira, no café e no morango, mas nos sistemas de grãos, a atuação é inédita junto à família do agricultor”.

A família Francelino
De acordo com o extensionista Luiz Carlos Pereira, a família é composta por Jabur Francelino, Benedita Francelino e Paula Gabriela da Silva. Em relação à produção de grãos, a família conta com aproximadamente 30 hectares, sendo uma sucessão contínua de soja no verão e aveia no inverno. "Temos muito trabalho daqui para frente porque pretendemos, juntamente com o produtor, desenvolver um sistema de rotação de culturas baseado no plantio direto com qualidade", conclui.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
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Integrantes das Redes apresentam metodologia para empresa Diplomata

Reunião entre a equipe das Redes e da Diplomata na última semana apresentou a metodologia do Projeto à empresa

Cerca de seis produtores de leite da Região Oeste do Paraná podem receber assistência da empresa Diplomata com base na metodologia do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar. Na última semana, funcionários da empresa participaram de uma reunião em Cascavel e visitaram a propriedade da família Valente, que fica na Região de Cantuquiriguaçu, para ter um primeiro contato com a metodologia do Projeto.
De acordo com o coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, o objetivo dessa parceria público-privada é a melhoria do atendimento aos produtores fornecedores da área de laticínios da Diplomata. “A nossa reunião teve o foco de capacitar um pouco os funcionários da empresa para que eles reproduzam as formas de elaboração de um plano de propriedade, que é o principal instrumento de melhoria dos sistemas de produção utilizado pelas Redes”, acrescenta.
Logo depois da reunião de apresentação da metodologia do Projeto, os funcionários da Diplomata, Valdir José Meinerz, Eduardo Grillo de Almeida, Gilvan Brizola e Julio Passamani, seguiram para a propriedade da família Valente, em Campo Bonito, na Região de Cantuquiriguaçu, acompanhados pelo coordenador estadual das Redes pelo Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, pelo pesquisador das Redes da Região Oeste, Luis Moreira Coelho Júnior, e pelo extensionsita do Emater vinculado ao Projeto, Valério Moro.
Segundo o superintendente do setor de laticínios da Diplomata, Paulo Maurício Bernardini Basto da Silva, a discussão dessa parceria já foi encaminhada para as diretorias de ambas as instituições. Bernardini acrescenta que uma futura reunião entre as Redes e a Diplomata vai discutir o perfil dos produtores que poderiam receber assistência após uma possível assinatura de contrato. “A nossa expectativa é de que essa parceria seja firmada porque todo mundo vai ganhar com isso, desde o pequeno produtor até o consumidor final”, conclui.

Redes de Referências
A metodologia de pesquisa e desenvolvimento (P&D) do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar foi adaptada a partir da experiência do Institut de l’Elevage, da França, e tem como principal objetivo difundir soluções para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares que fazem parte das Redes. Esses agricultores servem de referência técnica e econômica para um grande número de produtores por eles representados em termos de sistemas de produção.
Atualmente, o Projeto trabalha com cerca de 250 produtores familiares e tem 35 sistemas de referências descritos em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Na Região de Cantuquiriguaçu, a equipe das Redes atende cinco propriedades, incluindo a da família Valente. De acordo com Valério Moro, a família começou a ser assistida em 2006 e tinha 17 vacas em lactação que produziam apenas 70 litros de leite por dia. Agora, a família possui 20 vacas em lactação que chegam a produzir 515 litros de leite por dia. Diante desses dados, a renda do grupo passou de R$3.000,00 para R$13.000,00 ao mês em menos de cinco anos.

Crédito de imagem: Arquivo/Projeto Redes
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Propriedade das Redes “de porteiras abertas” para a difusão

Dia de Campo na propriedade da família Silva reuniu mais de 130 produtores da Região do Norte Pioneiro

A família Silva, colaboradora das Redes de Referências há quase dois anos, abriu as porteiras da propriedade com o objetivo de disseminar práticas utilizadas no sistema de produção de leite em pasto, que levaram as 40 vacas Jersey-Holandesas em lactação a produzir cerca de 850 litros de leite por dia, com uma média diária de 21 litros por animal.
De acordo com Maria Odete Silva, integrante da família que recebeu os produtores no Dia de Campo, o grupo começou a trabalhar com leite há 21 anos, mas o negócio não seguiu adiante. Depois disso, eles trabalharam em lavouras de feijão, fato que colocou em risco a saúde da família por conta do uso abusivo de agrotóxicos.
Mas foi há seis anos que o produtor catarinense Nivaldo Michetti levou à região técnicas adequadas de manejo que aumentariam a produtividade das vacas leiteiras, como o cocho trenó, o pastejo rotacionado e a adubação de cobertura. Tais novidades fizeram com que a família voltasse a trabalhar com leite. “No começo foi difícil, nós ficamos com medo de perder o sítio, mas pouco tempo depois, nós já sentimos os resultados. Hoje eu espero continuar crescendo e espero contribuir para que os outros também cresçam”, acrescenta Maria Odete.
Já para José Milton Silva, filho de Maria Odete, a entrada da família nas Redes, há dois anos, fez com que eles continuassem a fazer uso das práticas disseminadas por Nivaldo Michetti. “Se chega uma orientação, tudo o que eles me passam, eu vou atrás, é um prazer trabalhar com esse pessoal. Tenho uma gratidão imensa por tudo o que eles já fizeram para a gente”, comenta o produtor.

Dia de Campo
Nem mesmo a chuva impediu que produtores da região visitassem a propriedade da família Silva, em Santana do Itararé, durante o Dia de Campo, que aconteceu no último dia 30. O evento contou com três baterias explicativas distribuídas ao longo do sítio.
A primeira delas falava sobre as técnicas de manejo de solo utilizadas pela família. A médica veterinária Vanessa Miyakawa e alguns integrantes da COOQUALI, grupo informal de produtores da comunidade local, falaram sobre a importância de investimentos na alimentação e na sanidade das vacas para garantir uma boa produtividade de leite.
Já a segunda bateria, explicava os resultados alcançados pela família durante o acompanhamento das Redes de Referências. O coordenador mesorregional norte das Redes pelo Iapar, Dimas Soares Júnior, o bolsista Henrique Navarro Fonseca e o produtor José Milton Silva mostraram aos visitantes que, em pouco menos de dois anos, o grupo apresentou uma evolução considerável na própria qualidade de vida.
Na última bateria, produtores da COOQUALI defenderam a importância da organização para a sobrevivência no campo. O grupo se formou em outubro de 2004 com o objetivo de conciliar rentabilidade e conservação ambiental. Atualmente, conta com quase 30 participantes que produzem mais de 12.000 litros de leite por dia, escoando parte da produção para a Cooperativa Agropecuária Castrolanda.
De acordo com o extensionista do Emater e o idealizador do Dia de Campo, Eugênio Pedroso, o evento mostrou os bons resultados alcançados pela família no sistema de produção de leite. “É possível realizar, em áreas pequenas e em um tempo razoavelmente curto, uma excelente evolução da qualidade de vida dos agricultores”, comenta o técnico.
Já para a jovem produtora de Santana do Itararé, Adriana Raquel de Oliveira, o Dia de Campo proporcionou uma troca de conhecimento entre produtores. Ela também afirma que as famílias da região só têm a ganhar com a aplicação de práticas conservacionistas. “Por conta disso, eu estou tendo uma oportunidade de crescer aqui, não penso em ir embora nem em ficar longe dos meus pais”, conclui.

Crédito de texto e imagem: Cinthia Milanez
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