terça-feira, 30 de junho de 2009

Programa amplia incentivo à agricultura familiar e orgânica

O Alimenta Paraná, um novo programa do governo do estado, pretende incentivar o comércio de produtos da agricultura familiar e orgânica e aumentar a oferta à população. As ações incluem a implantação, reforma e ampliação de mercados municipais e feiras, fornecimento de equipamentos e instalação de unidades de beneficiamento e Centrais de Abastecimento (Ceasas), além da qualificação técnica.
Para a definição dos equipamentos que serão instalados e ações a serem desenvolvidas em cada município, será realizada uma análise prévia da relação entre a sua função e as características da produção local ou regional. A intenção é evitar sobreposições e ameaças ao comércio tradicional da cidade ou região. Nas feiras livres em bairros, o estado vai fornecer um kit básico, no valor de R$ 4 mil cada, contendo barraca, balança, kit água, uniforme e cesto de lixo. O número de barracas a serem implantadas será definido de acordo com a população total, podendo variar de 10, para as cidades com até 5 mil habitantes, a 80, para aquelas com mais de 50 mil habitantes.
Fonte: Gazeta do Povo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Paraná terá "Patrulha Rural"


O governador Roberto Requião lançou em Londrina, nesta sexta-feira (26), o projeto "Patrulha Rural Comunitária", com a entrega de 57 viaturas para zonas rurais do Paraná. De todos os véiculos, três ficarão na região de Londrina enquanto os demais serão distribuídos por diversas regiões do estado.

O projeto atende reivindicação antiga dos produtores rurais que, com o passar dos anos, têm sido vítimas constantes de assaltos e furtos.
Fonte: Loriane Comeli- Redação Bonde

Visita ao Território Cantuquiriguaçu


O coordenador da região norte das Redes, Dimas Soares Junior, e o pesquisador do IAPAR, Nilceu Lemos da Silva, além bolsistas da SETI Mônica Ricci, Hildemar Zago, Daniela Inoue, Aline Gomes e Luis de Lara estiveram em Laranjeiras do Sul e Nova Laranjeiras nesta semana para definir os próximos passos do trabalho nas propriedades do Território Cantuquiriguaçu.
A visita também marcou o início das atividades na produção de um documento que será publicado com o intuito de mostrar os “casos de sucesso” de algumas propriedades acompanhadas pelas Redes nestes 11 anos.
Um dos casos é o da Família Nunes. Na foto acima, o casal Antonio e Arlete e suas duas filhas, com os prêmios conquistados na Agroshow de Laranjeiras de 2008 e 2009, no concurso de Bezerras da região.

Jornalista Victor Lopes
IAPAR/Universidade Sem Fronteiras/SETI

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Plano de Safra soma R$ 107,5 bilhões e foca médio produtor

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, apresentou durante entrevista coletiva, na tarde deste domingo (21) em Londrina, os detalhes do Plano Safra 2009/2010, que será lançado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (22). Segundo Stephanes, o governo federal vai destinar R$ 107,5 bilhões para o setor agrícola. Também participaram da coletiva, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o secretário estadual da Agricultura, Valter Bianchini.

O valor total previsto para financiar a agricultura em 2009 é 37% maior do que o ano passado. O governo destinará R$ 92,5 bilhões para a agricultura comercial e R$ 15 bilhões para a familiar. De acordo com o ministro, este ano a liberação das verbas terá um controle maior para garantir que os recursos cheguem efetivamente aos produtores. Stephanes admitiu que, em 2008, parte do valor destinado no Plano Safra não chegou aos agricultores.
Durante a coletiva, o ministro da Agricultura o foco do Plano Safra 2009/2010 será o incentivo ao médio produtor rural, ao cooperativismo e à produção agropecuária sustentável. Stephanes também anunciou um aumento dos recursos que serão utilizados pelos programas de investimento. Este ano, os programas que envolvem a política agrícola vão contar com R$ 14 bilhões.
Entre as novidades anunciadas pelo ministro para os programas de investimento está a criação do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), e a ampliação do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural) e o Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa).
Os recursos para custeio e comercialização a juros controlados serão acrescidos em 20,8%, para R$ 54,2 bilhões. Os preços mínimos fixados para 33 culturas foram reajustados em até 65%, informou o ministério. Entre as culturas cujos valores serão aumentados estão o arroz (20%), o leite (15%), a raiz de mandioca (12%), a soja (10%) e o milho (6%). Para a safra 2009/2010, o governo aumentará de 25 para 39 o número de culturas contempladas pelo zoneamento agrícola de risco climático, programa que tem por objetivo reduzir as perdas nas lavouras ocasionadas pelo clima.
Médio produtor e cooperativas
O médio produtor agrícola terá na safra 2009/2010 R$ 5 bilhões para financiar a lavoura, uma alta de 72% nos recursos previstos no ciclo anterior. Esses recursos serão ofertados por meio do Proger Rural, programa que foi reformulado pelo ministério para facilitar o acesso ao crédito com condições facilitadas. Além da ampliação do volume financeiro, o programa dobrou o limite de renda do produtor que pode ter acesso aos recursos. Agora, será necessário comprovar uma renda superior a R$ 110 mil e inferior a R$ 500 mil. Os limites de crédito para custeio, investimento e comercialização, subiram de R$ 150 mil para R$ 250 mil.
O cooperativismo, responsável por quase 40% da produção nacional de grãos, foi contemplado no Plano de Safra com R$ 2 bilhões por meio do Procap Agro, programa criado para desenvolver a ampliação do capital de giro e a reestruturação patrimonial das cooperativas de produção agropecuária, agroindustrial, aquícola e pesqueira.
Segundo as regras do programa, os recursos poderão financiar a aquisição ou a integralização das cotas-parte do capital social das cooperativas e também será possível aumentar o capital de giro associado ou não a um projeto de investimento, além do saneamento financeiro da cooperativa. O limite de financiamento será de R$ 25 mil por associado e o limite da cooperativa foi fixado em R$ 50 milhões. A linha de crédito, com prazo de reembolso de até seis anos, tem taxa de juro anual de 6,75%.
Fonte: Jornal de Londrina

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Governo federal vai cadastrar produtores orgânicos em todo o país

O governo federal vai cadastrar os produtores orgânicos em todo o país para saber quantos são e qual a real produção brasileira sem o uso de agrotóxicos em frutas, legumes, hortaliças, leite, carnes, mel de abelha, produtos cosméticos e de limpeza. Ao anunciar a medida no dia 30 de maio, o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, informou que o objetivo é fazer um banco de dados para elaborar, pela primeira vez, uma estatística oficial sobre o setor de orgânicos no Brasil.

Ele lembrou que somente a partir da regulamentação da atividade com a Instrução Normativa n° 17, publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de maio, é que o perfil do setor orgânico brasileiro poderá ser conhecido.
Ao participar do Rio Orgânico 2009, evento que marcou no estado encerramento da quinta edição da Semana Nacional Orgânica, Dias listou uma série de ações que o Ministério da Agricultura vem fazendo para aumentar a produção dos orgânicos e torná-los mais acessíveis à população. "Estamos assinando um protocolo com os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia para a criação de núcleos de agroecologia nas escolas técnicas e universidades. Além disso, o governo federal já paga 30% a mais pelo produto orgânico nas compras institucionais. A inclusão dos orgânicos na merenda escolar é nosso próximo passo", disse.
Para o representante do Ministério da Agricultura, no entanto, é preciso maior engajamento da sociedade. "A população precisa cobrar do comerciante a oferta do produto orgânico nas prateleiras", pois, conforme acrescentou Dias, esta é uma forma de estimular a produção e, assim, reduzir o preço final do produto.
"Hoje já temos algumas tecnologias melhores, algumas políticas públicas como o pagamento de 30% a mais pelo produto orgânico. Então, nós já temos coisas acontecendo, mas quanto mais a gente entenda a importância desse processo, muita coisa vai acontecer", defendeu.
Ainda na defesa do consumo dos orgânicos, Rogério Dias enfatizou que o Banco do Brasil e o Programa Nacional de Assistência a Agricultura Familiar (Pronaf) têm linhas de crédito diferenciadas com juros mais baixos e prazo de carência maior para que o produtor faça a conversão do produto convencional para o orgânico.

Fonte: Agência Brasil