quinta-feira, 26 de maio de 2011

Diretoria do Iapar discute práticas conservacionistas de plantio em Castro

Na foto, uma das propriedades da Fundação ABC de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, sediada no município de Castro

A reunião entre representantes do Iapar, do Emater e da Fundação ABC de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, na última semana, teve como principal objetivo estabelecer um plano de trabalho que viabilizasse a produção agrícola sustentável na região centro-sul do estado do Paraná. Esse tipo de atividade, que visa principalmente à conservação dos solos, está prevista no Decreto Estadual nº. 6120/1985.
De acordo com Augusto Guilherme de Araújo, diretor-adjunto da Área Técnica e Científica do Iapar, a erosão dos solos é agravada pela falta de espaço para escoamento da água das chuvas. Para conter esse processo de degradação, os agricultores devem fazer um planejamento conservacionista específico para cada propriedade.
Diante dessa situação, a SEAB, em parceria com o Iapar, o Emater e a Fundação ABC de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, vai promover um curso de capacitação para profissionais da área. O objetivo é desenvolver práticas conservacionistas de plantio junto aos agricultores da região centro-sul do estado. Mais de 100 técnicos vão participar do evento, que ainda não tem data definida.

Legislação
Uma das primeiras leis referentes à conservação dos solos no estado do Paraná foi decretada no ano de 1985, mas recebeu nova redação em 1998. Ela prevê notificação e autuação de agricultores negligentes em relação ao processo de erosão dos solos de suas propriedades. Depois de notificados, os produtores podem pagar uma multa que varia entre R$121,40 e R$1031, 90.


Crédito de imagem: Rafael Fuentes
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Projeto Redes realiza Dia de Campo em Saudade do Iguaçu

Integrantes do Projeto Redes promovem Dia de Campo sobre a qualidade do leite na região sudoeste do Paraná
 
Integrantes do Projeto Redes participam de um Dia de Campo em Saudade do Iguaçu, região sudoeste do estado do Paraná, nesta quinta-feira. O evento, que acontece entre 9h e 16h no Condomínio Pizzolatto, vai ser realizado com recursos do CNPq, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
De acordo com a pesquisadora das Redes, Norma Kiyota, o Dia de Campo vai reunir famílias vinculadas ao Projeto e alguns grupos de agricultores atendidos pelo Iapar e pelo Emater, como os associados do Laticínio Alto Alegre, de Verê, e a Comunidade Anita Garibaldi, de Coronel Vivida.
Norma acrescenta que o evento vai envolver apenas produtores de leite, uma vez que essa é a principal atividade da região. “Nós priorizamos o trabalho nos sistemas de produção que incluem a atividade leite no Projeto CNPq. Assim, o objetivo final é o processo de formação dos agricultores do Projeto Redes na atividade leiteira”, conclui.

Serviço
Evento: Dia de Campo sobre manejo de bezerras e qualidade do leite
Data: 26/05/2011
Horário: Das 9h às 16h
Local: Condomínio Pizzolatto – Saudade do Iguaçu – PR


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Um olhar de quem está chegando agora

O engenheiro agrônomo e pesquisador voluntário do Projeto Redes, Rodolfo Monice

O fitotecnista Rodolfo Monice se formou em 1971 pela Esalq/USP, de Piracicaba, em São Paulo. Logo depois, se mudou para Ribeirão Preto, também em São Paulo, onde trabalhou por nove anos na Multinacional Dupont. Em 1980, começou a atuar na sede do Iapar, em Londrina, como pesquisador da área de produção e experimentação até se aposentar, em 2003.
A partir daí, trabalhou por oito anos na Cooperativa Agropecuária dos Cafeicultores de Porecatu e há um mês, foi convidado para fazer parte do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar como pesquisador voluntário. Na entrevista abaixo, Rodolfo expõe e avalia o papel da pesquisa e da extensão no setor agrícola paranaense.

Rodolfo, qual a sua função no Projeto Redes?
Eu gostaria de deixar claro que a minha presença aqui, ela não se encaixa dentro da área de socioeconomia. Eu sou agrônomo, sempre trabalhei na área de fitotecnia, de engenharia agrícola, de física de solos, etc. Então, eu estou aqui justamente para fazer um acompanhamento mais técnico e menos sociotécnico da situação.

Do ponto de vista técnico, o que deve ser feito para garantir a produtividade do pequeno agricultor?
Olha, em primeiro lugar, a gente tem que olhar muito bem na questão do manejo do solo. Quer dizer, não existe uma receita de bolo, porque o Paraná é um estado que é uma colcha de retalhos. Eu trabalhei no Iapar por 35 anos, depois eu fui trabalhar em uma cooperativa na região do Paranapanema e parecia outro mundo. Você não pode olhar a tecnologia agrícola como uma receitinha de bolo. É aí que entra o papel do técnico e onde se tenta destruir os pacotes tecnológicos, que dentro do processo de modernização da agricultura, na década de 1970, foram um veneno.

E qual o papel da pesquisa nesse cenário que você caracterizou como sendo uma colcha de retalhos?
O papel da pesquisa é o de colocar uma equipe multidisciplinar para analisar cada situação de acordo com sua especificidade, porque cada caso é um caso. Mesma coisa se você tiver 10 filhos e comprar um livro que ensine como educar um filho, você vai ver que não vai adiantar nada porque cada um é de um jeito. Então, eu acho importante o técnico envolvido ter a consciência de qual tecnologia vai usar. E a função da pesquisa é de conscientizar esse técnico.

Em relação ao trabalho que você desenvolveu na região do arenito por oito anos, surtiu algum resultado?
Nesse período, eu consegui construir uma ponte muito grande entre o Iapar, a Embrapa e a Cooperativa Agropecuária dos Cafeicultores de Porecatu. Foi aí que nós demos um passo muito importante, porque a região é marginal, precisava da nossa atenção. Nós montamos uma mini-estação experimental e desenvolvemos um projeto de integração lavoura-pecuária. E eu estou aqui tentando levar o Projeto Redes para essa região também.


Crédito de texto e imagem: Cinthia Milanez
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Projeto Redes participa da 1ª Mostra de Bezerras e Novilhas da Coopeler

1ª Mostra de Bezerras e Novilhas reúne produtores, pesquisadores e extensionistas do Projeto Redes em São Jorge do Patrocínio


Integrantes do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar participam da 1ª Mostra de Bezerras e Novilhas, que acontece no dia 17 de junho na Sociedade Rural de São Jorge do Patrocínio, região noroeste do estado do Paraná. O evento conta com o apoio do Iapar, do Emater e da Coopeler, a Cooperativa de Produtores de Leite do Território Entre Rios.
De acordo com o extensionista do Projeto Redes, Joaquim Rocha Martins, produtores de oito municípios da área de atuação da Cooperativa vão participar da Mostra. “O evento abrangerá produtores dos oito municípios da área de atuação da Cooperativa e faz parte da programação de aniversário de São Jorge do Patrocínio”, acrescenta Joaquim.
A 1ª Mostra de Bezerras e Novilhas do Plano de Assistência Técnica Coopeler começa às 10h com uma palestra sobre criação de bezerras, ministrada pelo pesquisador da Unidade Regional Sudoeste do Iapar, João Ari Gualberto Hill. Além disso, logo no início da tarde, acontecerá o julgamento de animais, conduzido por Pedro Guimarães Neto, da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, a APCBRH.

Serviço
Evento: 1ª Mostra de Bezerras e Novilhas do Plano de Assistência Técnica Coopeler
Data: 17/06/2011
Horário: A partir das 10h
Local: Sociedade Rural de São Jorge do Patrocínio


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Pesquisadores do Projeto Redes visitam agricultores de Arapongas e de Santa Mariana

Pesquisadores do Projeto Redes visitaram e orientaram agricultores dos municípios de Arapongas e de Santa Mariana na última semana

Os pesquisadores do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar, Rodolfo Monice e Rafael Fuentes, visitaram duas propriedades na última semana, uma em Arapongas e outra em Santa Mariana. De acordo com a avaliação técnica de Rodolfo Monice, ambas as famílias apresentam um sistema de produção bem organizado. “São propriedades de alto padrão técnico-administrativo. Os proprietários, embora de relativa pequena escala, são muito bem organizados”, comenta o pesquisador.
Nessas propriedades, desde 2004 e 2005, respectivamente, são testadas diversas combinações de rotações de culturas em comparação com as do produtor e com o padrão regional dentro de padrões do Sistema de Plantio Direto com Qualidade. Entretanto, esse elevado padrão técnico inerente às propriedades de Arapongas e de Santa Mariana diverge da realidade agrícola do Paraná.
Segundo Rodolfo, muitos produtores familiares na região do Arenito arrendam suas propriedades para usinas de cana-de-açúcar e vão tentar a sorte na cidade. E é em regiões com essa característica que a pesquisa realmente deve atuar. “A pesquisa deve agir em regiões onde você tem problemas e onde está tudo indo bem, a ênfase seria na atuação da extensão. A idéia da minha participação como pesquisador é atuar também no Arenito e em Tamarana”, acrescenta.

Ajuste tecnológico
As famílias Menotti, de Arapongas, e Saito, de Santa Mariana, são colaboradoras do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar há, respectivamente, 13 e 7 anos e são especializados na produção de soja, trigo e milho em Sistema de Plantio Direto com qualidade. De acordo com Rodolfo Monice, o Projeto Redes desenvolve esses sistemas de produção com o objetivo de mantê-los em alto padrão. “Nós levamos novos cultivares e mostramos os benefícios da rotação de culturas do ponto de vista econômico e ambiental”, explica o pesquisador.


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Projeto Redes retoma atividades em Tamarana

A visita técnica de integrantes do Projeto Redes a três produtores do município de Tamarana marcou a retomada das atividades da equipe no local

O fim do Projeto Universidade Sem Fronteiras, no ano passado, fez com que produtores familiares do município de Tamarana perdessem dois bolsistas que acompanhavam regularmente a atividade agrícola no local. Só agora, integrantes do Projeto Redes conseguiram retomar os trabalhos na cidade. Os pesquisadores do Iapar, Rafael Fuentes Llanillo e Rodolfo Monice, e os extensionistas do Emater, Edson Pellegrini e Paulo Marcondes, visitaram três propriedades de Tamarana na última semana.
Na propriedade do agricultor Nicola de Araújo Fonseca, a equipe analisou a unidade de teste e validação de cultivares de feijão. E nas propriedades de João Maria Borges e de Lourenço da Silva, o grupo verificou o andamento do plano de melhoria da produtividade. A avaliação final do desempenho de todas as propriedades de Tamarana vai ser feita em uma reunião marcada para o início de junho.

Avaliação
Das três propriedades de Tamarana analisadas pelos integrantes do Projeto Redes, a do agricultor Lourenço da Silva está mais avançada em relação às demais. “O melhor resultado que eu vi lá foi na unidade do Lourenço, que é um produtor de leite. A pastagem está muito boa e a aveia já foi plantada”, reforça o extensionista Paulo Marcondes.
Já Edson Pellegrini, também extensionista do Emater, adiantou que a visita técnica ao município preparou os produtores de leite para receberem a pesquisadora do Iapar, Simony Lugão, no próximo dia 20. Ela vai avaliar o planejamento do sistema leiteiro de todas as propriedades que estejam vinculadas ao Projeto Redes.

Cultivares
De acordo com o pesquisador do Iapar, Rodolfo Monice, um dos objetivos da equipe do Projeto Redes em Tamarana é mostrar, aos produtores do município, algumas cultivares promissoras de feijão para o plantio de inverno. Segundo o pesquisador, a variedade que apresentou mais resistência na região foi a do feijão de terceira safra, porque ela se adapta melhor ao frio.

Assistência
O Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar atende cerca de 250 produtores familiares e tem 50 sistemas de referências em 17 regiões de todo o estado do Paraná. Em Tamarana, 14 famílias são assistidas pelo Projeto desde 2009, sendo nove produtoras de leite, quatro de grãos e uma de olerícolas.


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