Projeto Redes discute experiência positiva da Coopeler em Umuarama

Integrantes do Projeto Redes se reuniram em Umuarama para discutir o impacto de um projeto aplicado junto a associados da Coopeler

Integrantes do Projeto Redes se reuniram com gerências do Emater no Escritório Regional do Instituto em Umuarama, na última semana, para discutir o êxito do Projeto Rede de Transferência Tecnológica na Coopeler: Validação de um Novo Modelo de Assistência Técnica na Atividade Leiteira, que foi desenvolvido junto a alguns produtores de leite da Coopeler, a Cooperativa dos Produtores de Leite do Território Entre Rios, com sede em São Jorge do Patrocínio, região noroeste do estado do Paraná.

O projeto, realizado graças a uma parceria entre o Iapar, o Emater e a Coopeler, com apoio financeiro da SETI, a Secretaria de Estado da Ciência e da Tecnologia, e das Prefeituras Municipais do Território Entre Rios, tem como objetivo aumentar a produtividade de leite com qualidade e, por consequencia, aumentar também a renda dos associados à cooperativa agrícola por meio da melhoria dos sistemas de produção.

Além disso, o trabalho visa consolidar um modelo de assistência técnica que contribua para uma produção de leite mais sustentável na região noroeste do Paraná a partir da adoção da metodologia utilizada pelo Projeto Redes, que consiste em escolher determinada comunidade, tipificá-la, diagnosticar seus principais problemas e difundir possíveis soluções.

Resultados

Dos 172 cooperados da Coopeler, 33 aceitaram participar do projeto, que durou exatamente 21 meses. De acordo com a pesquisadora do Iapar de Paranavaí e uma das responsáveis pela concretização do projeto, Simony Marta Bernardo Lugão, esses cooperados tiveram um aumento de 50% na produção de leite e também um aumento de renda de aproximadamente 1,2 salários mínimos mensais. “Com esses resultados, iniciamos uma discussão com as lideranças do Emater para ampliar o número de beneficiados”, ressalta a pesquisadora.

E essa discussão já começou na semana passada com uma reunião entre os integrantes do Projeto Redes em Umuarama, onde estavam presentes o chefe regional do Emater Orivaldo da Silva, o coordenador estadual do Projeto Redes pelo Iapar Rafael Fuentes Llanillo, o coordenador estadual do Projeto Redes pelo Emater Edson Luis Diogo de Almeida, o gerente operacional da Macro-Noroeste Belmiro Ruiz Marques, o diretor técnico do Emater Natalino Avance de Souza e os responsáveis pelo projeto da Coopeler, Simony Marta Bernardo Lugão, do Iapar, e Joaquim Martins, do Emater.

Crédito de imagem: Edson Luis Diogo de Almeida
Crédito de texto: Cinthia Milanez
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Técnicos da Guatemala visitam o Iapar

Em uma semana, técnicos da Guatemala visitaram pólos regionais do Iapar, produtores rurais e a Cooperativa Agropecuária e Industrial, a COCARI

Técnicos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), da Guatemala, visitaram os Pólos Regionais de pesquisa do Iapar na última semana. Eles fazem parte de um projeto que objetiva fortalecer a segurança alimentar por meio do apoio aos pequenos agricultores. Os pesquisadores do instituto Rafael Fuentes Llanillo, Ademir Calegari e Augusto Araújo recepcionaram os visitantes.
Na sede do Iapar, em Londrina, eles tiveram a oportunidade de conhecer os métodos de pesquisa do instituto e a realidade agrícola do estado do Paraná. No dia seguinte, visitaram o pólo regional de Ponta Grossa, onde conheceram equipamentos usados no sistema de plantio direto em pequenas propriedades.
O grupo também visitou produtores rurais dos municípios de Irati e de São Pedro do Ivaí, além da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Mandaguari, Cocari. Por fim, antes partir, os técnicos guatemaltecos visitaram o estande do Iapar e a Via Rural, também conhecida como Fazendinha, na 51ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. Lá, eles conheceram algumas tecnologias destinadas aos pequenos produtores.
De acordo com o pesquisador Rafael Fuentes, a visita ao instituto permitiu aos técnicos conhecer tecnologias voltadas à sustentabilidade, como o sistema de plantio direto em pequenas propriedades, a agricultura orgânica e a agroindustrialização em cooperativas.
A primeira prática consiste em plantar sem revolver o solo para evitar que este sofra com o processo de erosão. Já a agricultura orgânica evita o uso de agroquímicos para o controle de pragas, ao passo que a industrialização via cooperativas permite ao agricultor beneficiar determinado produto in natura para agregar valor à atividade agrícola.
O plantio direto foi tema de destaque para técnicos da Guatemala em razão do sistema estar presente em grande parte da área plantada no Paraná: são cinco milhões de hectares de área plantada, além de corresponder a 20% da área nacional também destinada a lavouras anuais.
O Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar do IAPAR e do Emater concede especial atenção ao sistema de plantio direto à tração animal e mecanização de baixa potência na região centro-sul do Paraná, tendo sido um grande destaque da visita.
Os visitantes da Guatemala se impressionaram diante dessas três atividades. Mario de León, chefe do projeto da FAO da Guatemala já pensa em colocar em prática tudo o que viu aqui no Paraná. “Estamos profundamente agradecidos. Já queremos implantar essas práticas, mas levando em conta, é claro, a realidade dos pequenos agricultores do nosso país”, conclui o técnico.

Crédito de imagem: Rafael Fuentes Llanillo
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Mais três dissertações vinculadas às Redes são defendidas em universidades paranaenses

O Projeto Redes busca orientar o pequeno produtor para que este pratique uma agricultura mais sustentável. E esse é o assunto comum das três dissertações apresentadas

No trabalho intitulado Irrigação de plantas forrageiras tropicais e sorgo granífero na região do Arenito Caiuá – PR, o hoje coordenador estadual das Redes pelo Emater, Edson Luis Diogo de Almeida traça as principais características climáticas e edáficas do Noroeste do estado, dentre elas, as altas temperaturas, as chuvas mal distribuídas e os solos arenosos. E é neste cenário pouco favorável que a pecuária se tornou a atividade de maior importância econômica para a região. Diante de tal realidade, Edson avaliou o potencial de resposta de quatro forrageiras tropicais e quatro variedades de sorgo granífero, em sistema de cultivo irrigado e não-irrigado em estudo conduzido na Unidade Regional de Pesquisa Noroeste do IAPAR, em Paranavaí, estudo que levou à conclusão de sua tese de mestrado defendida na Universidade Estadual de Maringá em fevereiro deste ano.
Já Valério Moro, extensionista de Redes no território Cantuquiriguaçu, defendeu sua dissertação na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a UTFPR, campus Pato Branco, em dezembro último com o trabalho intitulado Manejo de alturas da pastagem de aveia preta mais azevém e uso de suplementação para cabras pré e pós parto. No estudo, conduzido na Unidade Regional de Pesquisa Sudoeste do IAPAR em Pato Branco, foram analisadas, durante seis meses, duas alturas de pastejo e dois níveis de suplementação energética no manejo de cabras em pré e pós parto.
Por fim, a turismóloga Flávia Vasconcellos Sella, aborda em sua dissertação, construída a partir de entrevistas com agricultores participantes e não participantes do Projeto Redes, a importância da metodologia do mesmo, no sentido de validar e transferir os resultados das pesquisas básicas e aplicadas para a prática no campo. O trabalho, intitulado Estrutura e Agência no meio rural: um estudo do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar a partir da teoria neoinstitucional, foi defendido no final de 2009 junto ao Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá.

Crédito de imagem: Divulgação
Crédito de texto: Cinthia Milanez

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Projeto Redes ganha novo coordenador pelo Emater

Os coordenadores estaduais do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar. Da esquerda para a direita: Rafael Fuentes Llanillo (IAPAR) e Edson Luis Diogo de Almeida (Emater)

O engenheiro agrônomo Edson Luis Diogo de Almeida assume agora o cargo de coordenador estadual do Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar pelo Emater, o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, no lugar do também engenheiro agrônomo Sérgio Luis Carneiro.
Edson se formou em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras, a UFLA-MG, em 1989. Dois anos depois foi embora para Maringá, onde começou a trabalhar no Emater. Fez mais duas especializações após a graduação, uma em Administração Rural pela UFLA-MG em 1994 e outra em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UEM, a Universidade Estadual de Maringá, em 2007. Por fim, neste ano, defendeu sua tese de mestrado, também pela UEM.
De acordo com o novo coordenador, a principal meta da sua gestão é a reestruturação da equipe, de forma que esta amplie o trabalho das redes. Tal ampliação, segundo ele, só é possível caso haja recursos suficientes e equipes bem treinadas. “Na perspectiva dos dois institutos, [o IAPAR, Instituto Agronômico do Paraná, e o Emater] o objetivo para os próximos quatro anos é reestruturar a equipe para ampliar o trabalho das redes”, reforça o engenheiro.
Edson também acrescenta que a principal dificuldade enfrentada pelos agricultores paranaenses é a ausência de sucessão familiar, isto é, a nova geração não se sente mais estimulada a viver no campo e a dar continuidade ao trabalho da família. “O estado do Paraná já possui políticas de incentivo à permanência dos jovens na zona rural, mas precisa desenvolvê-las melhor”, orienta o novo coordenador.
O projeto - O Projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar existe desde 1998 e é uma iniciativa tanto do IAPAR quanto do Emater. Por isso, existem dois coordenadores estaduais: Edson Luis Diogo de Almeida, pela Emater e Rafael Fuentes Llanillo, pelo IAPAR.
A metodologia de pesquisa e desenvolvimento (P&D) foi adaptada a partir da experiência do Institut de l’Elevage, da França, e tem como principal objetivo difundir soluções para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores que fazem parte das Redes. Esses agricultores servem de referência técnica e econômica para um grande número de produtores por eles representados em termos de sistema de produção. Atualmente, o projeto atende cerca de 250 produtores familiares e tem 50 sistemas de referência em 17 regiões de todo o estado do Paraná.

Crédito de texto e imagem: Cinthia Milanez

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